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segunda-feira, 2 de maio de 2011

A Tarde On Line André Setaro transforma seu blog em território indispensável à cinéfilos

Cássia Candra, - Aviso aos navegantes da web, loucos por cinema, que acessam o site de André Setaro : “Um ser e um nada”, a autodefinição com aura non sense do blogueiro, em seu perfil, não é da boca para fora. “Sou um anarquista”, diz como quem dita RG e CPF, o crítico, pesquisador e professor de cinema da Faculdade de Comunicação da Ufba, André Setaro, 60.

Como duvidar do internauta que em seu Facebook chacoalha a opinião pública virtual com provocações do tipo: “Hoje, Sexta-Feira Santa, vou ao Rincão Gaúcho tomar vinho e comer carne?”. Antes de mais nada é preciso abrir mão dos questionamentos. Mas não é fácil. De cara, ele intriga: homem ou o personagem?

Por trás dos óculos escuros e da cortina de fumaça há um pensador para quem a vida, além das telas de cinema, é um mix de tragédia, absurdo e nonsense. “Concordo com Ingmar Bergman quando disse que o homem está atolado numa grande miséria existencial e que há somente, para mitigar a sua dor de existir, duas formas de escapar: pela arte e pelo amor”. Em seu caso, ambas parecem terem sido propostas pelo cinema.

Experiência sensorial - O encantamento de Setaro pela linguagem impressiona até os que lidam mais intimamente com ela, como a cineasta Sofia Federico, diretora do Departamento de Imagem e Som da Bahia (Dimas). “Depois de tão longa estrada ele ainda consegue expressar sua paixão pelo cinema, o que é um estímulo para quem está começando a incursionar nessa área”.

Para André, todo big bang começa com um “assombro”. Assim, o cinema entrou em sua vida como uma experiência sensorial ainda muito viva. “Não me lembro do filme que vi a semana passada, mas guardo na memória os que vi quando era menino, nas salas do centro da cidade”. Influência de família? Talvez só o caderno de anotações, mania de uma tia, “uma cinéfila empedernida que anotava os filmes que via, com nomes de atores e diretores, preço do ingresso e sala exibidora”.

Formado em Direito e Jornalismo, Setaro é autodidata em cinema. É fruto de seu espírito investigativo o conteúdo acachapante que vem impressionando alunos da disciplina Cinema há três décadas, e leitores das críticas publicadas há 20 anos em jornais baianos e, mais recentemente, no Terra Magazine e no Setaro’s Blog.

Para ele não há como acumular conhecimento sem dedicação. A disciplina auto-imposta fez com que assistisse 50 vezes Cidadão Kane, o longa de Orson Welles ainda no topo da lista do American Film Institute.

Foi também por apreço à pesquisa que passou uma semana em São Paulo assistindo a uma série de filmes mudos expressionistas. “Confesso que já não aguentava mais”, desabafa. Se fosse resumir, diria que cinema é “prazer e sofrimento”.

Textos densos - Caso cinema fosse um verbo, Setaro o conjugaria escrevendo. São duas paixões que ele vem harmonizando com drinques, tabaco, generosas doses de filosofia e o entusiasmo do mundo cibernético. O jovem boêmio que escrevia suas críticas em uma Olympia 1932 hoje tecla em um espaço virtual concorrido por cinéfilos (visitantes de 76 países já cravaram suas bandeirinhas no Setaro’s Blog).

A densidade dos textos é sua marca registrada também em publicações como a Enciclopédia do Cinema Brasileira, que assina como colaborador, e, como autor Escritos Sobre Cinema - Trilogia de Um Tempo Crítico (Edufba/Azougue, 2010). Para este semestre a Dimus anuncia Panorama do Cinema Baiano, “um material valioso para pesquisa”, que, segundo Sofia Federico, terá versões impressa e virtual.

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