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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cortejo baiano no Olimpo da moda – Boa Terra


O designer Alberto Pitta, criador do bloco e das festas de ensaios “Cortejo Afro” voltou a conversar sobre trabalho com o produtor paulista Paulo Borges, criador da “São Paulo Fashion Week” e homem forte da moda latino-americana. Borges que não arreda o pé da Bahia, onde inclusive tem apartamento na cidade e na praia, tem ingerência em todos os grandes eventos do setor no país, inclusive a SIM, “Semana de Moda Iguatemi Salvador”.  
Os dois conversaram sobre moda, é claro. Em junho do ano passado Pitta fez a ambientação da “São Paulo Fashion Week” Verão 2011, estampando desenhos pelos pavilhões da grande mostra de estilo. Agora a conversa entre os dois aconteceu há pouco mais de uma semana e mesmo sem bater totalmente o martelo sobre a nova participação, já deixou o designer baiano entusiasmado.
Pitta dá pistas que a participação desta vez pode ser muito mais do que estamparias suas nas paredes daqueles ambientes que ficam na mira de toda a mídia internacional durante os desfiles. “A participação também do Cortejo Afro na São Paulo Fashion Week é apenas uma questão de tempo. Estamos conversando muito sobre o assunto, mas não é ainda a hora de divulgar detalhadamente esta parceria”, atiça.
Regina e Ciavatta na Bahia
A atriz, produtora, comediante e apresentadora Regina Casé, da TV Globo, está de malas pronta para passar temporada em Salvador no início do mês. Atarefada com os trabalhos no Rio de Janeiro, deixou o marido dela, o roteirista, produtor e diretor de cinema Estevão Ciavatta fazendo os contatos com os amigos.
O casal comprou duas casas no Centro Histórico de Salvador, como Boa Terra já divulgou. Devem ser transformadas em uma grande residência pelo arquiteto David Bastos. Na verdade, apesar do sucesso de Regina, a expectativa agora é pelo novo filme de Ciavatta “Programa Casé - O que a gente não inventa não existe”, que é justamente sobre o radialista Adhemar Case, avô de Regina.
Ciavatta é dono da produtora “Pindorama” e estava no Japão finalizando outros trabalhos para o Canal Futura. Nesta temporada em Salvador é provável que tenham novidades sobre o longa metragem que homenageia o radialista.
Cortejo no furacão - 2
Além de Borges, muitas celebridades brasileiras correram atrás das estamparias criadas por Alberto Pitta, como o publicitário Nizan Guanaes, a atriz e produtora Paula Lavigne, e a empresária e produtora Flora Giordano Gil. Todo mundo encomendando tecidos com desenhos dele para decorar suas residências.
Quanto às celebridades que também correram atrás do bloco, todo mundo sabe: a top inglesa Naomi Campbell, a cantora islandesa Bjork, o músico norte-americano Arto Lindsay e o artista plástico Mattey Burney, considerado o melhor da Europa em 2006. Hoje à noite, no ensaio na Praça Pedro Archanjo, um dos segredos do bloco sobe novamente ao palco. É o ator e cantor Veco Araújo, a figura emblemática da  estética da entidade.
Milão Fashion Week
O baiano Augusto Neto está no olho do furacão da moda internacional, e assunto principal da mídia fashion, depois do desfile que fez ontem na “Milan Fashion Week 2011”, a Semana de Moda de Milão. Desfilou para ninguém menos do que Viviane Eastwwod, considerada a estilista mais transgressora do mundo atualmente, ou a Rainha do Punk.
Mal o rapaz botou os pés na passarela e os blogs de plantão começaram a dissecar a proposta da estilista, que este ano fez uma moda mais comportada e considerada vendável. Apesar de não ser para os simples mortais, pois ainda tem um quê de irreverência.
Em Salvador, o maquiador Doda Guedes e o jornalista Jamil Moreira Castro, foram ao delírio com as imagens. Ambos acompanharam passo a passo a carreira de Neto. “Augusto Neto fez vários editoriais de moda para comigo desde os 13, 14 anos. Ele sempre foi seguro, sabia o que fazia, por isso se dá bem”, avaliou Jamil.
Cortejo no furacão - 3
Veco Araújo foi descoberto dançando com um enorme sombrero atrás do Cortejo Afro. Pitta viu a dança de cima do trio elétrico e mandou localizar o dançarino que virou estrela. É a imagem do tropicalismo afro que o bloco propõe. “Fazemos a mudança e renovação do carnaval pela estética. Nós nos inspiramos no Tropicalismo que Gil e Caetano trouxeram para a cultura brasileira “, diz Alberto Pitta.
Um pálio branco é a peça que faz a diferença nas apresentações de Veco dançando no bloco e nos ensaios. “Nós mostramos Veco como a representação de Oxalá. Ele sobe ao palco e puxa o Cortejo Afro pelas ruas do Centro Histórico, como uma reinvenção do nosso carnaval a cada momento”, resume Pitta.

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