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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Concerto cultural da diáspora bonfinenses prevê estruturação das artes e tradições da “terrinha”





A reunião de intelectuais bonfinenses ocorrida neste sábado (15) em Salvador para discutir a Cultura Municipal em seus múltiplos aspectos – da rica manifestação de valores na “terrinha” à forma de condução pelo poder público - teve final tão surpreendente como satisfatório. “Pensem numa reunião”, exclamou Sergio Teixeira – um dos moderadores do Bonfimgroups, entidade virtual que promoveu o encontro. “Foi excelente”, proclamou Paulo Machado, prefeito de Senhor do Bonfim que aceitou o convite.

Desafios - Até minutos antes do encontro, a expectativa de um embate entre representações com visões distintas teria fim imprevisível, passando pela geração de confronto com réplicas e polêmicas. Nem o fato de serem todos filiados à causa bonfinense e componentes da mesma entidade virtual afastaria um debate independente e acalorado. A diferença de papéis e funções prevaleceria entre as duas representações. Uma, a anfitriã, composta por um círculo artístico-cultural de cidadãos da sociedade civil, disposta a questionar firmemente por avanços na Cultura Municipal; e outra representada pelo poder executivo, responsável pela aplicação de políticas culturais, à frente o prefeito Paulo Machado, disposto a enfrentar o desafio do encontro.

Transparência - No entanto, sem ferir seus postulados, as representações entraram em momentos especiais de aferição e puderam compreender o estágio dos tratos culturais em Senhor do Bonfim, não só da atual gestão, como do passado. A exposição de 40 minutos feita pelo Prefeito foi animadora, pelos detalhes financeiros, políticos, administrativos sustentados por dados plausíveis, conhecidos e enriquecidos com informações novas. Em seguida, a abertura ao fórum para perguntas e respostas ao prefeito foi elucidando os fatos da cultura municipal histórica e recente. E por fim, veio a abordagem, por Sérgio Teixeira, das diretrizes do MINC e órgãos culturais para estruturação de uma Secretaria de Cultura. Esses foram três instantes contribuintes aos fins do encontro.  

Formação de consenso – Longe de contornos e maquinações, as perguntas, respostas e explicações fluíram sem controvérsia, assumindo por vezes informalidades que geram informações de mão e contramão a um só tempo. Por várias vezes propostas surgiram em falas de pergunta ou respostas. As informações cruzadas, bem como rápidas análises e analogias escancararam uma boa-vontade geral. O clima de eventuais dúvidas suposto antes do começo se dissipou. As reivindicações emergentes de repente eram autenticamente do coletivo.

Nova história – As linhas e entrelinhas do encontro presencial nivelaram entendimentos. Jamais existiu uma política cultural estruturada por qualquer gestão para Senhor do Bonfim. A cultura é gerida desde sempre com a sustentação financeira dos eventos. Na mesma medida que a Secult municipal é recém-criada, é recente algum investimento na Secretaria de Cultura da Bahia, como é novo o Ministério da Cultura, que só veio multiplicar significativamente suas verbas no segundo mandato de Lula. A presença de representante territorial de Cultura do Piemonte Norte do Itapicuru (Carla Lidiane) é conseqüência das novidades. A razão do encontro, a busca de “resgate de uma dívida histórica” que o poder público municipal (e de outras esferas) tem para com a Cultura do município foi assimilada pela postura do prefeito Paulo Machado. Ainda no âmbito do que se pode inferir, o prefeito também carecia desse certame, até para suprir a ausência de acumulação organizativa na história da Cultura municipal.  

Propostas / Sugestões – A Mesa do encontro coletou mais de 30 propostas, para encaminhamentos à área cultural. A assessoria do Gabinete do Prefeito também anotou proposições. Elas refletem o sentimento de uma plenária afinada com carências culturais da terra. A seguir algumas delas: planejar o tombamento do Patrimônio Vivo; cobrar auxílio cultural do Poder Legislativo; Bienal do Livro em Senhor do Bonfim; comemorar o centenário da morte do Governador José Gonçalves (bonfinense); rever todas as rubricas gastadas na cultura; atrelar os pagamentos dos artistas locais com os nacionais; dar  ênfase a criação de novos artistas; identificar os proprietários de fazendas para transformá-las em hotéis de Caldeirão de Cultura; organização interna da Secretaria de Cultura; preparar um Calendário Público de eventos culturais; demarcar área do Centro Histórico com base legal; operar o trem nos sábados e domingos para passeios; incentivar os eventos Culturais em parceria com a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo; criar o museu do São João; rever a documentação da Fundação Jatobá; integrar o CSU ao Centro Cultural; criar o Salão de artes através da Secult; realizar apresentação cultural no Dia da Cultura; fazer o levantamento dos artistas de Calumbís, Terno de Reis e outros; criar o Festival de Músicas Juninas; criar o museu regional; roteiro turístico regional anual; bloquear as áreas de pinturas rupestres; restaurar o engenho na Barroca do Faleiro; criar excursões para ver o Samba de lata (Tijuaçu) através de agências de viagens; construir Escola de Mineração; criação de um prêmio para valorizar o artista; inserir a cultura na educação através de disciplinas; criar um mercado modelo para cultura (utilizar o espaço dos correios); oferecer curso de Gestão Cultural para servidores municipais; fazer do São João um grande momento: um Festival Cultural que mostre toda a cultura bonfinense; e reinventar o São João com base na Cultura popular; construir um cinema; criar equipe voltada para o São João; construir um Centro Administrativo para fazer do prédio da prefeitura um local cultural; resgatar a dívida histórica; Orçamento Cultural para 2011; discutir nome para a Secretaria; nomear secretário de Cultura dando-lhe suporte com assessoria técnica; definir atribuições de cada Diretoria de Cultura; agrupar na Cultura os recursos que se encontram dispersos em outras secretarias; discutir e regulamentar a Lei Orgânica; criar uma política municipal de desenvolvimento cultural; trabalhar o conceito de cultura com apoio na Agenda 21 e em outros textos; adequar Bonfim as às normas nacionais - entre outras. Algumas das propostas e sugestões demandam tempo, parceria, financiamento, outras já encontram disponibilidade de implementação pelo prefeito.

 Indispensáveis e imperdíveis – Houve degustação de queijos, doces e brevidades regionais, com sucos; show musical clássico do nosso Cicinho do Acordeon; sorteio de três livros do cordelista e professor Jotacê, para sorte de Hélio Freitas e Mauro Coelho entre os ganhadores; apresentação de dois cordéis recitados primorosamente por Paulinho, aplaudido entusiasticamente pela platéia.


Presentes ao encontro presencial do Grupo Bonfim: Edson Neves da Costa, Gustavo Teixeira, Netto Casanova, Zibia Lúcia Damasceno, Letícia M. P. Silva, Oleone Coelho Fontes, Hélio de Carvalho Freitas, Washington Lopes, Antonio Batista de Britto, Jeferson Muricy, Humberto Santiago (Béu), Renato Caetano de Souza, Washington Ferreira (Ostinho), Miralvo Correia Filho, Newton Menezes Amaro, José Ribeiro Jambeiro, Geraldo Rosalvo Teixeira da Rocha, Nívea Lira, Alcione Leônidas Cruz, Iana Souza Brito Rocha, Edneuto Sá, Cassiano Guimarães, Sérgio Emmanuel Teixeira (moderador), Oldonisio B. Machado, Osmar José Jambeiro, Rosival Ferreira da Silva, José Carlos de Freitas (Jotacê), Mauro Jackson Coelho, Irani Castro, Antonio Curcino, Cícero Pereira de Assis, Teobaldo Rodrigues Junior (moderador), Carla Lidiane Pereira de Souza, Paulo Batista Machado (prefeito), Paulo Jatobá e assinaturas ilegíveis.

2º presencial – A mesa foi constituída por Carla Lidiane (representante cultural do TIPNI), Paulo Batista Machado Prefeito de Senhor do Bonfim e Teobaldo Júnior (Representante do Grupo e Coordenador das atividades. O encerramento, após quatro horas de convívios, reencontros intensa apreciação sobre a Cultura Municipal, contou com avaliações finais, por parte do Prefeito Paulo Machado e do Moderador Teobaldo. E assim o encontro presencial realizado pela primeira vez frente a frente terminou num coloquial mano a mano. Está previsto o próximo presencial para Senhor do Bonfim, possivelmente na Câmara de Vereadores, antes do aniversário da cidade. De fato, “quem não foi perdeu”.

Governo Cuidando da Nossa Gente
Assessoria de Comunicação Social


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