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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Arte 80 - Crítica de arte propõe recorte em que elege ícones da Geração 80

A Tarde
Obra traz panorama da produção artística no Brasil no período, mas como toda seleção deixa nomes importantes de fora
Cássia Candra - Não há como negar a marca de uma geração. Principalmente se de seus recônditos encapsulados nos limites da cronologia tenham saído nomes de alcance mundial.

É o caso de Vik Muniz, Adriana Varejão, Jac Leirner, Daniel Senise e Leda Catunda, alguns dos artistas que despontaram na cena das artes visuais brasileiras assinando parte da produção dos anos 1980.

Ainda assim, questiona-se os limites dessa aura cronológica.

Alguns artistas começaram a produzir em determinado período, outros, nesta mesma época marcavam seu território.

“A ideia de geração é um desses artifícios para entender melhor um momento que, com o passar do tempo, escorre pelos dedos”, provoca Angelo Venosa, um dos artistas que protagonizam a produção enfocada pela crítica de arte Ligia Canongia em Anos 80 Embates de uma geração. “Curiosamente, achoqueageração80éaúltima a que se pendura esse tag: ‘geração’.

Isso talvez queira dizer alguma coisa”, pondera.

Retorno à pintura Lançando mão da “serventia meramente instrumental” desse limite, a autora mapeia a produção artística do País no período pós-ditadura militar e, pontuando toda a sua complexa pluralidade, demonstra como ocorreu o que considera marca preponderante desta geração:o retorno à pintura.

Para artistas como Paulo Pasta, surgido no lado paulistano dos 80, não há como ignorar as influências históricas. Sua geração cresceu durante a ditadura militar e começou a se profissionalizar no momento da abertura política.

“Esse fato, aliado a um desejo de renovar a linguagem artística, – muito influenciado pelos movimentos europeus do neo expressionismo e transvanguarda – fez com que buscássemos novas formas de expressão e por isso também foi possível resgatar a pintura”.

Paulo,professor de pintura de instituições como a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), afirma que embora esta seja uma “geração plural, que explorou diversas tendências”, é inegável que tenha deixado uma marca: “O amadurecimento e a amplificação de questões voltadas para a pintura”.

Daniel Senise, que é identificado pela autora como um dos artistas que buscaram esta linguagem naquele período, enfatiza que esta retomada se deu “de uma forma revisionista”. E isso, em sua opinião, “de certa maneira facilitava o início de uma ação ou projeto, pois havia uma estrutura sobre onde se podia trabalhar”.

Senise lembra que começou fazendo uma pintura de natureza expressionista: “Tive a sorte de poder começar a pensar em pintura fazendo e mostrando ao mesmo tempo”. Mas, isso logo mudou. “Fazer uma pintura estruturada em um movimento anterior – era insuficiente para o que eu desejava, daí comecei a mudar os procedimentos que usava”, conta. Para ele, as telas que pintou no período entre 1983 e 1985 “são como um relato da intensidade daquele momento”.

Já Leda Catunda, que lembra bem do “grande entusiasmo” em torno das artes plásticas no início daqueles anos 80, focou seu trabalho “na possibilidade de fazer pinturas me apropriando de imagens que viessem impressas em objetos feitos de tecido e plástico”.

Recobrindo algumas partes e deixando outras à mostra, de certa maneira, ela “seguia o entusiasmo geral de pintar". Em seu trabalho se sobressai “uma solução própria”, que ela desenvolveu para acrescentar a sua visão no processo.

Com imagens dos trabalhos produzidos por esses 33 artistas, na década de 80, e de obras que sobressaíram nas décadas subsequentes, a publicação sublinha sua intenção de mostrar como se desenvolveu a narrativa de cada autor.

CADERNO2MAIS.ATARDE.COM.BR Veja a lista dos artistas contemplados na obra e mais

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