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quarta-feira, 29 de junho de 2011

A luta dos baianos pela liberdade


VEÍCULO
TÍTULO
Tribuna da Bahia

Carlos Vianna Junior - O Dois de Julho representa para muitos a verdadeira data da independência do Brasil, semente que foi plantada pelos alfaiates baianos, um quarto de século antes
Liberdade. Esta palavra e seu significado foram, e ainda são, um guia para as ações dos baianos ante a história. Antenados com o que há de mais moderno no mundo, os baianos sempre tiveram um papel decisivo nos movimentos libertários brasileiros. E o Dois de Julho, que para muitos representa a verdadeira data da independência do Brasil, conta não só a história da derrota dos portugueses, mas também a de baianos que, muito antes da última luta contra o imperialismo lusitano, iniciaram um processo de conscientização de que a liberdade é possível. Esta semente começou a ser plantada um quarto de século antes da independência da Bahia, por uns corajosos alfaiates baianos. Foi a Conjuração Baiana.
Para a historiadora Rita de Cássia Rosado, foram os alfaiates, em 1799, que difundiram o lema da Revolução Francesa - Liberdade, Igualdade e Fraternidade - pela primeira vez em terras baianas; e porque não brasileiras, já que nelas pulsava o coração do Brasil da época. “Imbuídos pelo espírito propagado pelos franceses, os baianos começaram a pensar em República”, explica Rita. Outro dado importante sobre a revolta foi a participação popular sem precedentes na história do Brasil.
A Revolta dos Alfaiates, o outro nome da conjuração, marca também a inserção do negro na história revolucionária da Bahia. É o que diz o historiador e diretor do Instituto Pedro Calmon, Ubiratan Castro. “O ímpeto libertário, que demonstrou o povo baiano naquele momento da história, enfrentando um inimigo muito mais poderoso, tem muito da doação do negro à causa”, conta Ubiratan.
Conjuração Baiana - O povo não estava contente, queixava-se contra o governo que a todo momento elevava preços de alimentos, que freqüentemente faltavam. No dia 12 de agosto de 1798, os pensamentos libertários foram enfim expostos. Colados, de madrugada, em locais estratégicos de Salvador, doze boletins conclamavam o povo a junta-se em nome da República Baianense, o que deixou os portugueses furiosos. A partir daí começou uma investigação da Coroa que culminou com a prisão e a punição dos envolvidos no mais organizado movimento separatista da história brasileira. No dia 8 de novembro, os sinos das igrejas de Salvador convidaram a população para um espetáculo macabro. O local foi a praça da Piedade. Os soldados Luiz Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas de Amorim, os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira foram enforcados e esquartejados. Os pedaços de seus corpos foram expostos como exemplo para os que insistissem em pensar em liberdade. Toda essa violência dos portugueses teve somente um efeito: aumentou o desejo de liberdade do povo baiano, consolidando o movimento popular dos alfaiates como a semente que veio a brotar no segundo dia de julho de 1823, dia em que, como relata o hino da independência da Bahia, o sol brilhou mais que No Primeiro.
Biblioteca Virtual - O Instituto Pedro Calmom está construindo uma biblioteca virtual que será disponibilizada em seu site. Nela, os visitantes terão acesso a documentos históricos que narram a história da independência.

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