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quinta-feira, 24 de março de 2011

Caminhos da MAMA ÁFRICA

Caso o mundo não acabe em 2012, conforme previsão da civilização Maia, é provável que em 2016, por conta de um decreto assinado pelo presidente do Brasil, todos os negros sejam “convidados”a retornar à África.



A medida tem por objetivo recompensá-los pelos serviços prestados durante a escravidão e pelos dramas vividos por quase quatro séculos.

A informação é fictícia, porém é o centro da discussão do espetáculo teatral Namíbia, Não!, escrita pelo dramaturgo e ator Aldri Anunciação e dirigida pelo artista baiano Lázaro Ramos.

Namíbia, Não! é uma obra que reflete sobre a posição dos jovens negros na sociedade brasileira, ao mesmo tempo em que retrata a importância de conhecer a cultura africana.

A peça tem como protagonistas Aldri Anunciação, que interpreta Antônio, e Flávio Bauraqui, que personifica André. O primeiro é um afrodescendente bem sucedido, formado em direito e que deseja se tornar diplomata.

Vê o decreto como uma loucura do presidente.

O outro personagem, André, ainda é estudante de direito e vê a vida de forma mais simplificada, defendendo o retorno às origens do povo africano.

“Ao longo dos anos percebi que o resgate deles (os negros) com suas origens não dava o direito de colocá-los de forma estereotipada”, declara Aldri Anunciação, que defende o reconhecimento das origens africanas, mas considera que o resgate da ascendência deve ser para demonstrar a contribuição dos negros na formação da sociedade brasileira.

Para Flávio Bauraqui, Namíbia, Não! é uma obra peculiar, pois conta a história dos negros a partir de um olhar crítico, porém com humor e drama. “A peça é interessante porque é provocadora e não conta a história dos negros de maneira hipócrita”, ressalta.

Direção e equipe Embora já tenha estreado como diretor de peças teatrais com o espetáculo infantil Paparutas (também um texto dele), essa é a primeira vez em que Lázaro Ramos dirige uma obra adulta.

Um texto “provocador, reflexivo, animado e dramático”. É assim que Lázaro descreve Namíbia, Não!. Segundo ele, o entusiasmo aconteceu desde o primeiro contato com o texto.

“Quando eu li, pensei: que bom ter um texto provocador com uma linguagem que não quer afastar, mas aproximar as pessoas de uma realidade. Eu disse logo ao Aldri: quero dirigir essa peça”. E assim aconteceu. O diretor contou como apoio de dois assistentes: Ana Paula Bouzas, no Rio de Janeiro, e Caio Rodrigo em Salvador.

Lázaro destaca que o resultado da peça é uma conseqüência da integração e comprometimento dos envolvidos no processo construtivo. “Quando aceitei a direção, chamei todo mundo e falei: ‘Vamos fazer teatro’.

E todos aceitaram”, diz ele, ressaltando que o espetáculo contribuiu para uma melhor compreensão do seu trabalho como diretor.

“O espetáculo me ensinou como gostaria de tratar os atores.

Respeitei o processo criativo de cada pessoa com um trabalho móvel e sem muitas regras. Fiz o papel de provocador e o resto é mérito da equipe”, destacou Lázaro.

A música tem grande importância em Namíbia, Não!. Misturas e o som clássico produzido por Vladmir Pinheiro, a guitarra baiana da banda Baiana System e o pop de Rafael Rocha, com trilha sonora de Arto Lindsay, que já atuou na produção de discos de Marisa Monte e Caetano Veloso. “Quero que as pessoas se divirtam e sintam o deleite que eu senti quando li o texto”, destaca Lázaro.

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