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quinta-feira, 24 de março de 2011

Uma nova Bahia na Copa de 2014? - Opnião

Eliana Pedroso - Com sua extraordinária capacidade mobilizadora, a Copa do Mundo faz aflorar entre os brasileiros um sentido cívico pouco cultivado no cotidiano.

Como um fenômeno agregador inigualável, esse grande evento tem efeito potencializador dos sentidos e da razão de uma comunidade e expõe a capacidade de a coletividade compartilhar uma única ideia: a vitória do futebol do Brasil! Para a Copa de 2014, essa premissa inclui a imagem de um Brasil equilibrado economicamente, amadurecido politicamente e socialmente capacitado para garantir credibilidade e prestígio internacional. Com esse foco, surgem grandes projetos para novos complexos esportivos, ampliação de portos, aeroportos, acessibilidade urbana e, rumo à Copa, as cidades-sedes vão se transformando em seus aspectos físicos materiais.

Entretanto, nem a sociedade nem o poder público vêm refletindo sobre a necessidade de se incluir como objetivo desse processo a implantação de um amplo programa de interferência social capaz de promover o aprofundamento da ideia de cidadania, potencializando esse momento convergente da vontade política, disponibilidade de recursos e, sobretudo, de disposição da sociedade para parcerias. É preciso que, paralelamente às modificações de aspectos físicos da cidade, se desenvolva um projeto de amplo alcance que proporcione um crescimento individual e coletivo dos cidadãos e contemple, de forma pioneira, aspectos de infraestrutura social. Um programa com perfil de movimento que possa gerar um novo pacto de impacto social para ser compartilhado e legitimado pela comunidade e capaz de preparar as cidades e seus habitantes para um novo contrato de convivência Um movimento de comunicação, mobilização e educação que certamente será assimilado com maior eficiência diante da disponibilidade cívica que se instalará nestes próximos quatro anos e, principalmente, para ser adotado como uma política de Estado que colocará a Bahia como responsável por uma atitude inovadora no cenário de preparação da Copa do Mundo.

Um projeto que potencialize o sentido de urgência provocado pela brutalização das relações em sociedade e de onde está emergindo a disposição da sensibilidade humana para a descoberta de um novo modelo de viver e de conviver. Um modelo que qualifique as relações familiares, interpessoais, profissionais, com o planeta e seus recursos naturais para desdobrar-se em comportamentos proativos e construtivos.

E não será a Bahia, com ampla vocação para a adoção do novo, o Estado capacitado para assumir essa missão que representará um diferencial significativo nos processos pré-Copa do Mundo, com destaque no cenário nacional e internacional? Não será missão dos baianos os primeiros a fazer com que esse evento priorize também o cidadão e o desenvolvimento de seus valores socioculturais, criando novos parâmetros para o legado a ser deixado pelas Copas do Mundo? Certamente, com essa perspectiva estará o processo de preparação desse evento incorporando princípios mais avançados de marketing que entende o consumidor/público como ser cultural, com prioridade para os aspectos funcionais, emocionais e espirituais do ser humano.

Urge, portanto, potencializar a extraordinária capacidade mobilizadora da Copa do Mundo, com vistas a um processo evolutivo que inclua propósito social, responsabilidade comunitária e ambiental, deslocando o foco das prioridades dos paísessedes desse evento, dos aspectos unicamente físicos materiais ou até mesmo de propostas pontuais que focam, exclusivamente, a qualificação de determinados segmentos profissionais.

Será nos projetos de infraestrutura social com seu amplo universo de significações que perdurará o maior e melhor legado da Copa do Mundo. Esse legado, com seu impacto na sustentabilidade das relações humanas, será percebido no eco dos milhares de torcedores e dos turistas que aqui chegarem, pois estará refletindo a ética e a conduta de um povo capaz de consolidar apurados conceitos de cidadania, influenciando positivamente na imagem do Brasil em suas relações internas e externas

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