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quinta-feira, 24 de março de 2011

Lázaro tira de letra pressões por conta de personagem

TELEVISÃO Galã em novela da Globo, ator faz história e segue trabalhando duro
Depois do sucesso no teatro e no cinema, o baiano Lázaro Ramos solidifica sua carreira na televisão ao interpretar o primeiro galã negro em uma telenovela brasileira. Na pele do sedutor André Gurgel, personagem de Insensato Coração, novela de Gilberto Braga, exibida às 21 horas na Rede Globo, ele rompe o estereótipo de beleza construído pela sociedade.

Nada de cabelos lisos, olhos claros, nariz afilado. Nada também de coitadinho ou certinho, nem mesmo de vilão. O papel assumido por Lázaro Ramos na novela da Globo, embora seja bem visto pela maioria dos telespectadores, causou estranhamento em outros. Uma pesquisa divulgada pela revista Época demonstrou que 33%das pessoas entrevistadas defenderam que ele não é a pessoa ideal para interpretar André Gurgel.

Por outro lado, 67% dizem que ele é sim o ator adequado para o papel.

Na concepção de Lázaro Ramos seu personagem rompe paradigmas.

“Ele não faz parte da cartilha maniqueísta. É um personagem em conflito”, afirma o ator, destacando que não vê com muita rigidez a responsabilidade que a audiência lhe propôs de ser um galã negro. “Gilberto (Braga) me disse que tinha um papel pra mim na novela e eu aceitei” afirma, ressaltando que o principal reconhecimento ocorre nas ruas do Rio de Janeiro. “Não aguento mais ouvir as pessoas me dizendo \'fica com a Carol (interpretado pela Camila Pitanga); assume o filho dela\'. Outro dia, inclusive, uma senhora me deu um tapa nas costas por causa das atitudes do André”, destaca ele aos risos, afirmando que são reações como essas que demonstram o envolvimento das pessoas com o personagem.


Esse, porém, não é o primeiro papel interpretado pelo baiano que causa polêmica. Com o filme Madame Satã, o quarto da carreira, dirigido por Karim Aïnouz, Lázaro interpretou um artista transformista e homossexual carioca. O filme, baseado na história real de João Francisco dos Santos, o Madame Satã, ganhou 21 dos 35 prêmios aos quais foi indicado. Entre eles o Festival de Havana (2002), a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2002), o Festival de Cartagena (2004). Outros filmes foram protagonizados pelo ator, como O Homem que Copiava (2003), Meu Tio Matou um Cara (2004), Cidade Baixa (2005) e Ó Paí, Ò (2007).

Em 2006, o ator ganhou espaço nas telenovelas ao interpretar Foguinho, um trambiqueiro que conquistou a estima do público. Pela atuação, Lázaro foi indicado, em 2007, ao prêmio Internacional Emmy, o Oscar da televisão americana. Desde então, participou de novelas como Duas Caras (2007) e fez alguns especiais pela Globo.

Entretanto, a vida artística de Luís Lázaro Sacramento Ramos, nascido em 1º de novembro de 1978, em Salvador, começou quando ele era apenas um adolescente, em 1994, quando ingressou no Bando de Teatro Olodum, seu querido grupo de teatro até hoje. Questionado sobre a importância do teatro na ascensão de artistas baianos na televisão, Lázaro sequer pensa para responder. “Essas portas se abriram porque a gente fez o teatro da Bahia sema pretensão de estar na televisão. Foi a atuação no teatro baiano que permitiu que esses atores sejam quem são”, afirma categoricamente, lembrando nomes como o de Vladimir Brichta e do compadre Wagner Moura.

Casado com a atriz Taís Araújo, com quem terá seu primeiro filho provavelmente em junho, Lázaro se diz preparado para a nova etapa de sua vida.

“Sou muito diferente do André.

Ao contrário dele, que tem medo só de pensarem um filho, eu quero ser pai, quero construir uma família e acredito que tudo isso está acontecendo na hora e com a pessoa certa”, analisa o ator e diretor.

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