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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Prefeitura de Senhor do Bonfim quer manter viva a tradição de Queima de Judas

25/04/2011



O Governo Cuidando de Nossa Gente empenhou-se em contribuir para a manutenção da tradição do queima do Judas no sábado de aleluia, mandando confeccionar o boneco e entregando-o às comunidades de Quicé, Tijuaçu, Carrapichel, Igara e Missão do Sahy, além de dar suporte ao evento na Rua do Pernambuquinho. As comunidades já estão habituadas a elaborar o testamento, em que trovas hilárias colocam em evidência personagens da localidade, deixando-se a cada uma as roupas e bens do Judas a ser queimado.
Após a leitura do testamento, coloca-se fogo em uma corda que conduz o fogo até o boneco, recheado de bombas e espadas, que termina por explodir em meio a forte barulho. A queima do Judas continua uma tradição viva no município bonfinense.
A malhação de Judas Iscariotes

(Pesquisa A Tribuna - http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0116.htm)
Malhar o Judas é uma prática ainda muito comum no Brasil, apesar de o costume praticamente ter sido banido das grandes cidades por falta de locais adequados e dos perigos que representa. No interior, entretanto, a tradição continua viva, e os bonecos de palha ou de pano, pendurados em postes de iluminação pública e galhos de árvores, são rasgados e queimados no sábado de Aleluia.
A tradição popularíssima na Península Ibérica radicou-se em toda a América Latina desde os primeiros séculos da colonização européia. No Rio de Janeiro oitocentista, os judas – com fogo de artifício no ventre – apareciam conjugados com demônios, ardendo todos numa apoteose multicolorida que o povo aplaudia.
O Judas queimado é uma personalização das forças do mal e constitui vestígio de cultos agrários, em muitas partes do mundo. Vários historiadores registraram o uso, quase universal, de festas de alegria no início e fim das colheitas, para obter melhores resultados nos trabalhos do campo.
Queima-se um manequim representando o deus da vegetação. Pela magia simpática, o fogo é o sol e o processo se destina a garantir às árvores e plantações o calor e a luz indispensáveis, submetendo a figura ao poder das chamas. O sacrifício do mau apóstolo é, então, uma convergência de tradições vivas no trabalho agrícola.
No Brasil, é costume antigo fazer-se o julgamento de Judas, sua condenação e execução. Antes do suplício, alguém lê o "testamento" de Judas, em versos, colocado especialmente no bolso do boneco. O testamento é uma sátira das pessoas e coisas locais, com graça oportuna e humorística para quem pode identificar as figuras alvejadas.
Judas, apóstolo traidor, cognominado Iscariotes por ser oriundo de Carioth, cidade ao Sul de Judá, já um ano antes da Paixão de Jesus tinha perdido a fé no Mestre, mas continuava a acompanhá-lo por comodidade e para ir furtando do que ofereciam aos apóstolos.
Obcecado pelo dinheiro, antes de se afastar de Cristo, resolveu entender-se com os sinedritas - membros do Sinédrio, conselho supremo dos judeus -. Judas assistiu ainda à última ceia, em que Jesus revelou a sua traição, mas foi logo ao encontro dos inimigos de Cristo para cumprir o que tinha combinado e receber 30 dinheiros. Consumada a traição, arrependeu-se, quis restituir o dinheiro, mas, repelido pelos sacerdotes, enforcou-se numa corda.
Governo Cuidando de Nossa Gente
Assessoria de Comunicação Social

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