Seg, 21 de Março de 2011 10:46 .
Grande texto escrito por Cléber Eduão sobre novas propostas para a cultura brasileira. Vale a pena conferir.
Atualmente a Cultura é uma área que tem ganhado espaço no bojo das políticas públicas. Projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional (e Assembléia Legislativa do Estado) estão propondo a destinação de verbas para a cultura e/ou maior importância para a mesma. Se observarmos nos últimos anos as ações do Ministério da Cultura e da Secretaria Estadual de Cultura da Bahia, perceberemos avanços, principalmente no que diz respeito a descentralização das políticas a partir dos Territórios de Identidade.
Muitos são os editais públicos que permitem aos segmentos artístico-culturais participarem democraticamente de todo o processo de fomente e financiamento da cultura. E é importante lembrar que o conceito de cultura “incutido” nas políticas atuais dos Governos Estadual e Federal perpassa pelas dimensões simbólica, cidadã e econômica.
É inerente ao Brasil a diversidade cultural. Está contido no seu alicerce diversidades de grupos, danças, músicas, literaturas, comidas, rapaduras, cachaças, artesanatos, jeitos, linguagens, etc. É importante que essa diversidade sirva de pano de fundo para o desenvolvimento sócio-econômico do país. Já avançamos muito, mas precisamos avançar mais!
Brado aqui nesse espaço “interativo” a erupção imediata de todos os “vulcões”. Que as “tempestades culturais” juntem todas as forças, de todas as regiões do pais, para “exigir”, como num verdadeiro “Tsunami em prol da Cultura”, a convocação “urgente” da 1ª Olimpíada Artístico-Cultural do Brasil. Segue os dez principais “desejos” do Manifesto: Cem mil artistas brotando do sertão, das escolas, das beiras de rios, das tribos, dos ermos, dos centros, das periferias etc.; Grupos de sambas-de-roda “ocupando” os palcos e como num passo de mágica aproximando as crianças, jovens e adultos da boniteza da cultura popular; “Arenas” cercadas por multidões de “desesperados” aplaudindo as “pelejas” dos repentistas; Fesitivais de artistas plásticos pintando “o sete” e a esperança do povo sertanejo; A mídia brasileira fazendo a cobertura 24 horas por dia de todas as óperas, disputas, debates, palestras, mostrando aos milhares de telespectados o que há de “belo”; Mestres griôs e demais doutores da cultura popular no centro das atenções conduzindo a “orquestra da alegria”; Torcidas organizadas cercando os poetas no Maracanã; As folias, os reisados, as danças e batuques nas mentes de todas as crianças; Centenas de grupos de teatro “invandindo” as empresas, pontos de ônibus, bancos, praças e demais espaços; Canções de compositores de todos os recantos do Brasil viajando nas “ondas” das rádios e alimentando a alma da juventude brasileira.
Com a certeza da realização da Olimpíada Esportiva de 2016 portas se abrem para o desenvolvimento do Brasil. Com a Olímpiada Artístico-Cultural janelas da alma se abrem para o mundo. Com todo respeito as diversas lutas consideradas modalidades esportivas, não podemos negar que há mais “beleza” no “embate” de dois repentistas no ringue da poesia, do que dois homens lutando boxe no ringue da “violência”.
Por Cléber Eduão
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