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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Presidente Lula sanciona Plano Nacional de Cultura em evento no Rio de Janeiro
A maior comenda da área cultural foi entregue ontem (02/12) a 40 brasileiros, no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, na cerimônia da 16ª edição da Ordem do Mérito Cultural, que contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Cultura, Juca Ferreira, do governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral Filho, e do prefeito da capital, Eduardo Paes.
Logo no início da cerimônia, do alto de um dos camarotes, o presidente Lula sancionou o Plano Nacional de Cultura. O plano servirá para traçar metas para políticas públicas na área cultural pelos próximos 10 anos. Em seguida, Juca Ferreira subiu ao palco e, por trás de uma tela onde eram projetadas imagens do país, fez um breve discurso, relembrando as conquistas dos seis anos de Gilberto Gil e as de dois anos dele à frente do MinC.Conseguimos fazer com que a Cultura fosse tratada como um bem de necessidade básica para a formação de todo cidadão, assim como é a educação e a saúde, destacou. Tratamos de forma igualitária todas as diversas manifestações culturais aqui presentes, afirmou. Os agraciados receberam os prêmios por trás da tela também, onde eram projetadas suas frases de agradecimento.
Ao longo da apresentação, os primeiros a receber a comenda foram os representantes dos agraciados in memoriam. Em seguida, intercalada por atrações musicais e projeções de vídeos, a entrega aos agraciados em vida. Nas atrações musicais, apresentaram-se Adriana Calcanhoto, Margareth Menezes e Arnaldo Antunes.
O grande patrono da noite, Darcy Ribeiro, foi lembrado e saudado por meio de suas próprias palavras transcritas ou ditas por meio de imagens e vídeos que tomaram conta da festa no palco.
A cerimônia foi finalizada com a presença no palco da atriz Bibi Ferreira e de Lula, que convidaram todos a cantar o hino nacional. O presidente Lula lembrou, visivelmente emocionado, que aquele era um momento muito especial e, ainda, a última Ordem do Mérito dele como presidente. O que está acontecendo aqui hoje representa muito o trabalho desses últimos oito anos de governo. Graças a ele, recuperamos o orgulho de ser brasileiro, de não ter vergonha de ser o que realmente somos.
Ordem do Mérito Cultural
A OMC é uma homenagem que o Governo Federal concede desde 1995, em reconhecimento à contribuição de pessoas, grupos artísticos, instituições, iniciativas ou movimentos culturais à cultura brasileira. Já foram concedidas cerca de 400 condecorações.
Edital PROCULTURA Núcleo de Formação Cultural da Juventude Negra.
Inscrições de 27 de outubro a 11 de dezembro de 2010.
Reconhecer e valorizar a diversidade étnico-cultural afro-brasileira em nosso País por meio da formação técnico-cultural de jovens negros – este é o objetivo do I Edital ProCultura – Núcleo de Formação Cultural da Juventude Negra, implementado pelo Ministério da Cultura e pela Fundação Cultural Palmares.
O projeto, lançado nesta sexta-feira (12) pelo presidente da FCP/MinC, Zulu Araújo, durante a abertura da Semana da Consciência Negra na Universidade Federal de Roraima, é voltado para pessoas jurídicas, organizações sem fins lucrativos e instituições ligada à educação.
O diferencial do edital é a sua proposta pedagógica, elaborada de modo a articular as ações com as demandas da comunidade na qual a instituição esteja contextualizada. Cerca de R$ 6 milhões serão disponibilizados aos dez projetos selecionados para a implantação dos Núcleos de Formação Cultural da Juventude Negra – NUFOC. Duas instituições serão selecionadas em cada uma das cinco regiões brasileiras.
No total, serão capacitados seis mil jovens negros em todo o Brasil durante a vigência do projeto. A expectativa é a de que os NUFOCs proporcionem aos jovens negros, entre 16 e 25 anos, conhecimento e envolvimento com a história e a cultura afro-brasileiras e os estimulem a refletir sobre seu papel na sociedade.
Edital:
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/11/Edital-procultura-n%C3%BAcleo-de-forma%C3%A7%C3%A3o-cultural-da-juventude-negra-telefone-correto.pdf
O projeto, lançado nesta sexta-feira (12) pelo presidente da FCP/MinC, Zulu Araújo, durante a abertura da Semana da Consciência Negra na Universidade Federal de Roraima, é voltado para pessoas jurídicas, organizações sem fins lucrativos e instituições ligada à educação.
O diferencial do edital é a sua proposta pedagógica, elaborada de modo a articular as ações com as demandas da comunidade na qual a instituição esteja contextualizada. Cerca de R$ 6 milhões serão disponibilizados aos dez projetos selecionados para a implantação dos Núcleos de Formação Cultural da Juventude Negra – NUFOC. Duas instituições serão selecionadas em cada uma das cinco regiões brasileiras.
No total, serão capacitados seis mil jovens negros em todo o Brasil durante a vigência do projeto. A expectativa é a de que os NUFOCs proporcionem aos jovens negros, entre 16 e 25 anos, conhecimento e envolvimento com a história e a cultura afro-brasileiras e os estimulem a refletir sobre seu papel na sociedade.
Edital:
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/11/Edital-procultura-n%C3%BAcleo-de-forma%C3%A7%C3%A3o-cultural-da-juventude-negra-telefone-correto.pdf
EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO Nº 5 – PRÊMIO PROCULTURA DE APOIO A FESTIVAIS E MOSTRAS DE MÚSICA 2010
Inscrições abertas de 26 de outubro à 11 de dezembro de 2010.
O edital tem como objetivo o apoio à realização de festivais e
mostras nacionais e internacionais de música popular e/ou erudita, realizados
no território brasileiro, que promovam espetáculos e atividades de formação,
difusão e reflexão na área musical.
Confira o edital no endereço abaixo.
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/12/Edital-procultura-de-apoio-a-festivais-e-mostras-2010-telefone-correto.pdf
mostras nacionais e internacionais de música popular e/ou erudita, realizados
no território brasileiro, que promovam espetáculos e atividades de formação,
difusão e reflexão na área musical.
Confira o edital no endereço abaixo.
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/12/Edital-procultura-de-apoio-a-festivais-e-mostras-2010-telefone-correto.pdf
Ministro da Cultura saúda recorde de público de "Tropa de Elite 2"
Juca Ferreira reconhece o mérito do filme com o maior número de espectadores da história do cinema brasileiro.
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, divulgou na tarde desta quarta-feira nota parabenizando o filme "Tropa de Elite 2" pelo recorde obtido hoje.
O filme de José Padilha superou em público "Dona Flor e Seus Dois Maridos", que era imbatível desde 1976.
"Quero me associar a vocês neste momento de alegria. E parabéns ao cinema brasileiro!", diz a nota.
Leia íntegra da nota
"É com alegria que saúdo o novo recorde de expectadores no cinema brasileiro. A marca anterior, dos 10,735 milhões de espectadores do filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos", de 1976, foi batido pelos 10,736 milhões de pessoas que assistiram a "Tropa de Elite 2".
Isso se deve ao mérito ao trabalho ao diretor, roteiristas, atores e todos os realizadores. E se deve a um esforço do cinema brasileiro que vem sendo feito nos últimos anos
Quero me associar a vocês neste momento de alegria. E parabéns ao cinema brasileiro!"
Mestre Didi encantado
Visuais Sacerdote e artista plástico, Mestre Didi é alvo de homenagens ao completar 93 anos. Seminário e lançamento de livro dimensionam sua importância e obra
Claudia Pedreira - Por onde ele anda, inspira respeito.
Sábado, no almoço que comemorou o aniversário de Deoscoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi, 93 anos completados no dia 2 de dezembro, jovens e veteranos lhe lançavam olhares de admiração, enquanto se faziam ouvir.
Celebravam na Secneb – Sociedade de Estudos das Culturas e da Cultura Negra no Brasil.
Nesta sexta, será a vez de estudiosos debaterem a obra do baiano que soube associar a fé na ancestralidade afro e as artes plásticas. O nome do seminário é o mesmo do livro que será lançado no Palacete de Artes Rodin Bahia (Graça), a partir das 16h30: Criatividade, Âmago das Diversidades Culturais A Estética do Sagrado.
O livro com palestras é fruto de evento internacional homônimo, realizado em 2008 pelo Governo do Estado da Bahia, e que gerou um CD com cânticos e composições. O disco é encartado na publicação, que será vendida durante a programação comemorativa.
O programa de sexta ainda inclui a projeção de vídeo e um concerto para flauta e clarinete, pelo Duo Robatto, seguindo até 22h30, na Sala Contemporânea.
O público tem acesso gratuito à programação.
Murilo Ribeiro, diretor do museu, lembra que Mestre Didi é o mais antigo descendente no Brasil do reino do Ketu e também é referência da arte escultórica na Bahia e “ser apoiador de um evento que celebra os seus 93 anos é, acima de tudo, reconhecer o seu trabalho e valorizar a arte”.
Como artista, o soteropolitano Mestre Didi firmou uma marca ao fazer delicadas representações simbólicas de sua fé com origens na cultura afro. Também é característica sua a criação de esculturas de linhas delicadas, com o uso de búzios, couro, palha da costa, contas, nervurasde palmas de palmeiras, cabaças e tecidos, além de cores vivas, chamativas.
Nação recriada O próprio Mestre Didi, além de nomes como Emanoel Araújo, Everaldo Conceição Duarte, Genaldo Novaes, Juana Elbein dos Santos, José Carlos Capinam e Eugênio Lins, integra o grupo de diretores e conselheiros do seminário, que começa às 16h30 da sexta-feira.
Com moderação de José Roberto Whitaker Penteado, as discussões contam com a participação de Olabiyi Babalola Yai, Marcos Terena, Inaicyra Falcão dos Santos, Celso Fernando Favaretto, Babatunde Lawal, Geraldo Machado,Orlando Senna e João Carlos Sales, entre outros pesquisadores.
“Mestre Didi é uma das figuras mais importantes que o Brasil jamais produziu. Ele conseguiu quase recriar uma nação, particularmente com a sua atividade do culto dos eguns”, opina a também debatedora Maria Brandão.
Para a estudiosa, o baiano é invendável, no sentido de que mantém a sua integridade enquanto segue promovendo a exposição pública da mais alta cultura com raízes afro.
Mas se por um lado este personagem é renomado no país e no exterior com obras no Museu Picasso, em Paris, e contando no currículo com exposição em Londres por outro lado ele cultiva modos reservados.
Na verdade, Mestre Didi não fala em público e especialmente não atende às solicitações da imprensa.
“Ele é Alapini, um alto sacerdote, a palavra dele é sacrossanta”, justifica a antropóloga Juana Elbein, há mais de quatro décadas mulher de Mestre Didi e sua porta-voz oficial.
CRIATIVIDADE, ÂMAGO DAS DIVERSIDADES CULTURAIS A ESTÉTICA DO SAGRADO / SEXTA, A PARTIR DE 16H30 / PALACETE DE ARTES RODIN-BAHIA, GRAÇA / GRÁTIS
Nova Lei Rouanet dá primeiro passo para ganhar aprovação
A nova Lei Rouanet deu o primeiro passo no Congresso anteontem e foi aprovada pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara.
A proposta define novos critérios de distribuição dos recursos da Lei Rouanet, que são captados pelo mecanismo de renúncia fiscal.
A proposta prevê que a renúncia fiscal seja apenas um dos mecanismos de financiamento de cultura.
Hoje, quem quiser receber dinheiro pela Lei Rouanet tem, praticamente, apenas a opção de buscar patrocínio na iniciativa privada.
A empresa que patrocina o projeto cultural pode abater até 100% do valor no Imposto de Renda.
A proposta aprovada na comissão da Câmara estabelece uma série de critérios para a avaliação de projetos culturais que são financiados por empresas privadas.
Serão levados em conta na avaliação, por exemplo, quesitos como a gratuidade ou a cobrança de ingresso no espetáculo em questão.
Atualmente, a Lei Rouanet possui faixas fixas de abatimento de imposto, independentemente de quais sejam as características do espetáculo (se cobra ingresso ou não, qual o alcance, entre outros pontos).
A proposta ainda precisa ser analisada por outras duas comissões -de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça.
Depois, o texto segue para o Senado.
Fundo
O Ministério da Cultura afirma que a proposta de nova lei irá fortalecer o FNC (Fundo Nacional da Cultura).
O projeto prevê que os recursos destinados aos projetos culturais fiquem concentrados no FNC.
A proposta aprovada em comissão da Câmara estabelece que 80% dos recursos do fundo sejam destinados aos produtores culturais sem vínculo com patrocinador ou aos Estados e municípios.
O Ministério da Cultura argumenta que, hoje, a maior parte dos projetos culturais não consegue obter patrocínio na iniciativa privada, que costuma privilegiar os espetáculos que tenham grande porte.
Através do novo modelo, o artista poderá receber o dinheiro sem precisar captar os recursos.
O Instituto Casa da Photographia através da Secretaria de Cultura e Caixa torna público o resultado do concurso: “De novo no Centro: A História do Brasil Vive Aqui”.
Cangaço, vencedor dos Editais: Manoel Lopes Pontes de Montagem - 2008 e Jurema Penna de Circulação - 2009
Semana passada mim deparei com um informativo da revista Veja em que o título acima falava sobre a grande mudança na Cultura da Bahia. Era um anúncio publicitário cujo texto atentava para a nova política do Governo do Estado sobre a descentralização dos recursos da área cultural para que mais pessoas tivessem acesso à produção, bens e serviços culturais. Isso se deu pelo fato de que a Bahia foi recentemente reconhecida como o segundo estado do país que mais investe em Cultura, de acordo com dados da publicação “Investimentos Públicos na Cultura do Brasil”, realizado pelo Partido da Cultura (PCult). A Bahia fica atrás somente do estado de São Paulo e a frente de estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco. O Partido da Cultura é um fórum informal, ambiente supra-partidário permanente e trabalha para que a Cultura, tanto quanto educação e saúde, seja tema central dos debates políticos eleitorais, nas campanhas que acontecem a cada dois anos no país e no desenvolvimento do Sistema Nacional da Cultura, aglutinando diversas entidades, redes, movimentos e pessoas de todos os estados do país em todos de temas diversos, sempre na esfera cultural.
De acordo com a PCult “as pesquisas foram realizadas nos anos de 2007, 2008, 2009 e no primeiro semestre de 2010, com base em dados secundários produzidos e publicados pelas Secretarias de Fazenda (ou Finanças) dos governos estaduais e do Distrito Federal, nas suas páginas na internet. A divulgação atende à Lei de Responsabilidade Fiscal, que obriga a publicação bimestral dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREO). A publicação Investimentos Públicos na Cultura do Brasil foi realizada por quatro estudiosos, todos, integrantes do Pcult: Mário Olímpio Medeiros, ex-secretário de Cultura de Mato Grosso e atual integrante da Agência MO Arte e Mídia; Lenissa Lenza e Mariele Ramirez, ambas do Instituto Cultural Espaço Cubo, e o cientista econômico e integrante do coletivo Amerê-Coletivo Fora do Eixo, Bruno PoljoKan”.
Confesso que não fiquei surpreso. A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia tem realizado um trabalho ímpar. A política de editais contribui muito para o fortalecimento da classe artística e no fomento de grupos e projetos culturais. Hoje, a Bahia possui 200 Pontos de Cultura (Ilhéus tem quatro: Casa dos Artistas, IBART, Sociedade Filarmônica Capitania dos Ilhéus e Núcleo da Mulher) em 107 municípios e 26 Territórios de identidade. Foram lançados desde que Márcio Meirelles assumiu a pasta, 115 Editais, com mais de 1.200 projetos apoiados e mais de 87 milhões investidos. Segundo a Agência de Comunicação do Estado, o dado expressivo de investimentos em Cultura na Bahia também é atribuído à parceria com o Governo Federal, através do Programa Mais Cultura, política de fomento que inclui investimentos em editais e microcréditos, dentro de uma dimensão econômica e social da cultura.
Parabéns ao Partido da Cultura – criado, sobretudo, com o objetivo de expor problemas e sugerir soluções que sejam operadas a partir das decisões políticas e institucionais de partidos políticos, candidatos a cargo eletivo e ocupante de cargos públicospor ter realizado a pesquisa – por realizar a pesquisa; parabéns ao Secretário de Cultura por defender a interiorização dos recursos. Na opinião de Bruno PoljoKan “o relatório é um ponto de partida para cada coletivo ou grupo do PCult se munir de informações para servir de base aos pedidos de ampliação de investimentos aos governos estaduais. A Bahia é o mais forte entre os estados nordestinos. É o que mais se sobressai.”
Como bem afirma o anúncio na Veja: “A cultura que o Brasil inteiro admira, mais do que nunca, agora é também a cultura de todos os baianos”. Essa política não pode parar.
Pawlo Cidade
Folha de São Paulo
Folha de São Paulo
Livro dimensiona a história e o legado de Pedro Calmon
Trabalho de Edivaldo M. Boaventura tem lançamento hoje à noite
Daniela Castro –Pedro Calmon deve ganhar uma biografia dentro de dois anos, pelas mãos de Edivaldo M. Boaventura.
Antes, porém, o autor quer oferecer um aperitivo aos leitores. O momento é logo mais à noite, quando ele recebe convidados para o lançamento de Natrilha de Pedro Calmon,na sede do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.
“Este livro é uma tentativa de reunião de ensaios pontuais sobre Pedro Calmon”, apresenta Boaventura, que é professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), diretor-geral de ATARDE e membro da Academia de Letras da Bahia.
Com prefácio de Consuelo Pondé de Sena e apresentação de Luiz Vianna Neto,a coletânea enfileira 13 artigos que abordam a atuação do homenageado como político, professor, historiador e biógrafo.
Mas nada chama mais a atenção do autor do que a trajetória de Pedro Calmon comoreitor da Universidade do Brasil, que mais tarde viria a ser rebatizada, ganhando o nome de Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Nascido na cidade baiana de Amargosa, em 1902, Calmon morreu na capital carioca, em 1985.
“Merece destaque o seu relacionamento com os estudantes.Ele foi reitor numa época de grande problemas, já que era a fase do getulismo. Mas conseguiu se manter por 18 anos justamente porque deixava as portas sempre abertas”, observa Edivaldo M. Boaventura.
Também não escapa ao autor a faceta bem humorada de Pedro Calmon.
Duas anedotas consideradas clássicas estão registradas no livro que tem lançamento hoje.Uma delas dá conta de uma resposta a alguém que lhe questionava se era baiano.
“Sim, sou baiano, modéstia à parte”, retrucou.
Em outra ocasião, diante da ameaça de invasão da polícia à Faculdade Nacional de Direito, que ele dirigia no Rio de Janeiro, teria saído outra máxima de bate pronto: “Aqui só se entra com vestibular”.
Contemporâneo Os leitores terão acesso, ainda, a documentos que testemunham a aproximação de Pedro Calmon com o desenho. São de seu próprio punho, por exemplo, os esboços do Parque Histórico de Castro Alves, criado graças a sua iniciativa,em1971.
Vale lembrar que está contemplada também sua atuação como biógrafo do chamado Poeta dos Escravos.
Nas últimas partes do livro, uma sequência de fotos ilustra a trajetória do homenageado.
“Pedro Calmon é importante, em primeiro lugar, para a Bahia.
Pedro Calmon estudou grandes problemas históricos e econômicos, como a questão do cacau e a criação da Ufba”, reforça o autor, que defende a contemporaneidade de seu legado.
Antes, porém, o autor quer oferecer um aperitivo aos leitores. O momento é logo mais à noite, quando ele recebe convidados para o lançamento de Natrilha de Pedro Calmon,na sede do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.
“Este livro é uma tentativa de reunião de ensaios pontuais sobre Pedro Calmon”, apresenta Boaventura, que é professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), diretor-geral de ATARDE e membro da Academia de Letras da Bahia.
Com prefácio de Consuelo Pondé de Sena e apresentação de Luiz Vianna Neto,a coletânea enfileira 13 artigos que abordam a atuação do homenageado como político, professor, historiador e biógrafo.
Mas nada chama mais a atenção do autor do que a trajetória de Pedro Calmon comoreitor da Universidade do Brasil, que mais tarde viria a ser rebatizada, ganhando o nome de Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Nascido na cidade baiana de Amargosa, em 1902, Calmon morreu na capital carioca, em 1985.
“Merece destaque o seu relacionamento com os estudantes.Ele foi reitor numa época de grande problemas, já que era a fase do getulismo. Mas conseguiu se manter por 18 anos justamente porque deixava as portas sempre abertas”, observa Edivaldo M. Boaventura.
Também não escapa ao autor a faceta bem humorada de Pedro Calmon.
Duas anedotas consideradas clássicas estão registradas no livro que tem lançamento hoje.Uma delas dá conta de uma resposta a alguém que lhe questionava se era baiano.
“Sim, sou baiano, modéstia à parte”, retrucou.
Em outra ocasião, diante da ameaça de invasão da polícia à Faculdade Nacional de Direito, que ele dirigia no Rio de Janeiro, teria saído outra máxima de bate pronto: “Aqui só se entra com vestibular”.
Contemporâneo Os leitores terão acesso, ainda, a documentos que testemunham a aproximação de Pedro Calmon com o desenho. São de seu próprio punho, por exemplo, os esboços do Parque Histórico de Castro Alves, criado graças a sua iniciativa,em1971.
Vale lembrar que está contemplada também sua atuação como biógrafo do chamado Poeta dos Escravos.
Nas últimas partes do livro, uma sequência de fotos ilustra a trajetória do homenageado.
“Pedro Calmon é importante, em primeiro lugar, para a Bahia.
Pedro Calmon estudou grandes problemas históricos e econômicos, como a questão do cacau e a criação da Ufba”, reforça o autor, que defende a contemporaneidade de seu legado.
Microprojetos Mais Cultura inscreve propostas da Bahia
O Ministério da Cultura (MinC), por intermédio da Secretaria de Articulação Institucional, inscreve, até dia 30 deste mês, para o edital Microprojetos Mais Cultura - Territórios de Paz. A ação do Programa Mais Cultura pretende contemplar 700 projetos culturais em bairros definidos como ‘territórios de paz’, com um total de recursos que ultrapassa os R$ 10 milhões.
A Bahia está entre os onze estados que compõem a lista do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), responsável pela definição dos territórios. No estado, artistas, grupos independentes, grupos étnicos de tradição cultural e pequenos produtores culturais residentes nos bairros de Tancredo Neves/Beiru (Salvador), Itinga (Lauro de Freitas) e PHOC I, II e III (Camaçari) podem se inscrever e concorrer a prêmios que fomentam e incentivam a produção nas áreas de Artes Visuais, Artes Cênicas, Música, Literatura, Audiovisual, Artesanato, Cultura Afro-brasileira e Cultura Popular, Cultura Indígena, Design, Moda e Artes Integradas.
As inscrições são gratuitas e, além de via postal, podem também ser feitas pelo site do Ministério da Cultura, acessando o sistema de inscrição para preencher os formulários e enviar as cópias escaneadas de todos os comprovantes necessários.
Secretaria de Cultura anuncia vencedores do Concurso de fotos sobre o Centro Antigo de Salvador
Uma exposição com as fotos vencedoras será instalada no Palácio Rio Branco na próxima sexta-feira (17/12). De Novo o Centro A História do Brasil Vive Aqui premiou 24 fotógrafos amadores.
As 24 fotos que farão parte de uma exposição no Palácio Rio Branco e de um calendário de mesa 2011 já foram selecionadas. As imagens foram inscritas no concurso De Novo o Centro A História do Brasil e mostram o que há de precioso no Centro Antigo de Salvador (CAS).
A comissão julgadora se reuniu na última terça-feira (07/12) e escolheu as imagens que destacam o patrimônio histórico, cultural e artístico, além das características que traduzem o caráter peculiar do CAS. A seleção conta com o registro de manifestações populares, belas paisagens da Baía de Todos os Santos e das ruas de um Patrimônio da Humanidade, o Centro Histórico de Salvador.
Com patrocínio da CAIXA e realização da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), em parceria com o Instituto Casa da Photographia, o concurso teve como objetivo primordial o estímulo à produção artística na área das artes visuais em todo o estado. O concurso de fotografias está inserido no contexto das ações do Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador.
Além da mostra no Palácio e do calendário 2011, as 24 imagens serão expostas, posteriormente, no Centro Cultural da CAIXA, em Brasília. Os autores das fotos selecionadas irão ganhar bolsas integrais em cursos promovidos pelo Instituto Casa da Photographia. Atuante no setor há mais de 10 anos, com expertise em fotografia e produção cultural, o Instituto é responsável pela realização de um dos maiores festivais do ramo, o A Gosto da Fotografia.
As fotos poderão ser vistas na próxima sexta-feira (17/12), quando acontece a inauguração da exposição De Novo o Centro A História do Brasil Vive Aqui, no Palácio Rio Branco, a partir das 17h.
Confira os nomes dos autores e o título das imagens selecionadas:
- Flavia Maria Figueiredo Conceição O Palco do Poeta
- Luciano Bastos da Anunciação Deus proteja a Bahia
- Cristiane de S.S. Matusita Poste Antigo Cubana
- Joyce Barbosa de Freitas Ordem Terceira São Francisco
- Vitor Mota Pereira da Silva Baía Dourada
- Peterson Trindade Sintônio Escadaria do Paço
- Thiago da Silva Pereira Do Outro Lado do Lacerda
- Marina Cecília Espírito Santo Alfaya Tempo Velho
- Leandro Rocha de Sousa Eu Estou Aqui! Zumbi
- Pablo Vieira Florentino Duelo de Gigantes
- Adilson Soares Trindade Museu do MAM
- Antônio José Brandão de Lima Subindo a ladeira
- Florian Boccia Cruzamento
- Edilson Barreto dos Santos Ladeira da Saúde
- Lucas Reis de Souza Faraó
- Giuseppe Fiorentino Contraluz
- Evaldo Pereira Melo Lacerda em Movimento
- Rui Garcia de LIma De Geração em Geração
- José Carlos Pereira de Santana Igreja do Carmo
- Ana Caroline da Rocha Freitas Cores da Cidade ou Após o Carnaval
- Ernesto Victoriano Molinero Fragmento da Espera
- Felipe Musse de Oliveira Marujada
- Fernando Correia Gomes Três em Uma
- Renata Silva de Carvalho Albuquerque Reverência ao Imortal
Íris de Guimarães lança o álbum "Olhos de Hórus"
Confira o vídeoclipe da música "Horizonte Vertical |
A artista campoformosense Íris de Guimarães fará no próximo sábado dia 11 de Dezembro o lançamentodo seu mais novo álbum musical: "Olhos de Hórus", na casa do trevo (próximo á igreja presbiteriana) ás 19h.
A artista terá a oportunidade de mostrar seu trabalho para a cidade, que conhecerá mais profundamente o belíssimo talento desta artista que desponta no cenário musical da nossa região, destacando-se pelo seu raro requinte artístico nas suas letras e canções.
Centro Vocacional Tecnológico Territorial será inaugurado nesta sexta - feira em Bonfim
Centro Vocacional Tecnológico Territorial será inaugurado nesta sexta - feira em Bonfim
Senhor do Bonfim recebe nesta sexta-feira dia 10 de dezembro, as 16:00h o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado da Bahia, Feliciano Tavares Monteiro, que representará o governador Jaques Wagner , para ao lado do prefeito Paulo Machado e de outras autoridades irão inaugurar o CVTT – Centro Vocacional Tecnológico Territorial que funcionará na avenida Antonio Carlos Magalhães (próximo a UNIVASF), em sede adaptada pelo Governo Cuidando da Nossa Gente.
CVTT:
Os Centros Vocacionais Tecnológicos Territoriais – CVTTs: São unidades de ensino Profissionalizante voltados para a difusão do conhecimento científico e tecnológico, conhecimentos práticos na área de serviços técnicos e de transferência de conhecimentos tecnológicos no seu meio de atuação.
No âmbito estadual, o projeto CVTT nasceu da necessidade de criação de uma escola profissionalizante, objetivando capacitar jovens e adultos em áreas que retratem a vocação econômica de um município ou comunidade, e assim, contribuir para que este município se desenvolva, transformando-se num pólo de excelência na sua vocação comercial.
Outro ponto importante reflete no processo produtivo, com efeito, o profissional capacitado terá acesso à ciência e tecnologia, proporcionando sua utilização em processo produtivo e, com isso, agregar excelência na produtividade, associada a uma significativa redução no custo final do produto, condicionando-lhe maior competitividade de mercado.
“ Para os gestores do território, o centro é de uma importância impar, pois será uma ferramenta de grande utilidade no trabalho que já realizamos na capacitação de jovens e adultos em todas as frente que estão ao nosso alcance” disse o prefeito Paulo Machado.
Terceiro da Bahia
O CVTT - Senhor do Bonfim é o terceiro a ser implantado na Bahia e atenderá as populações dos 09 municípios que integram Território Identidade Piemonte Norte do Itapicuru, que é coordenado por Raimundo Freitas , que também é secretario municipal de agricultura.
Centros implantados na Bahia:
- Feira de Santana - Vocação Econômica: Mecânica Automotiva.
- Tancredo Neves – Vocação Econômica: Mandiocultura.
- Senhor do Bonfim – Vocação Caprinovinocultura
Assessoria de Comunicação Social
Prefeitura Municipal
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Seminário debate jornalismo cultural na era da internet
DE SÃO PAULO - O primeiro debate do Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural, ontem, analisou o papel da crítica cultural diante das novas tecnologias.
Fabio Malini, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), disse que as novas linguagens permitem a construção coletiva da crítica e põem fim ao "circuito onde a verdade era construída".
Luís Antônio Giron, editor de cultura da revista "Época", divergiu ao defender que a crítica tradicional, que exige formação e experiência, ainda é respeitada e até ganhou força graças à internet.
Na mesa seguinte, o espanhol Juan Freire (Universidade de La Coruña) expôs como a revolução digital moldou a construção de ícones culturais, e a americana Mia Consalvo (Massachusetts Institute of Technology) analisou as vidas criadas nas redes sociais.
O seminário vai até amanhã no Itaú Cultural (av. Paulista, 149, tel. 0/xx/11/ 2168-1777; grátis).
A programação está em www.itaucultural.org.br.
ProCultura – Música
dezembro 8, 2010
Prazo de inscrição para Prêmio de Apoio a Festivais termina neste sábado
Dia 11 de dezembro, próximo sábado, termina o prazo de inscrição para o Prêmio ProCultura de Apoio a Festivais e Mostras de Música de 2010, que distribuirá um total de R$ 5,8 milhões. O valor dos prêmios varia de R$ 25 mil a R$ 200 mil.
O objetivo é incentivar ações culturais que promovam a realização de espetáculos, festivais e mostras nacionais e internacionais de música popular ou erudita, além de atividades de formação, difusão e reflexão na área musical, realizadas no Brasil. As inscrições devem ser feitas por meio do sistema SalicWeb – sistema de cadastramento de propostas culturais na internet, disponível no portal do Ministério da Cultura.
Além desse edital, o Ministério da Cultura divulgou no Diário Oficial da União, no mês de outubro, outras duas seleções públicas com a finalidade de estruturar investimentos diretos na música. Juntos, os três editais totalizam R$ 11,8 milhões do Fundo ProCultura de Música, um dos fundos setoriais do Fundo Nacional da Cultura (FNC).
O Prêmio de Apoio a Banda de Música reserva R$ 4,5 milhões para a compra de instrumentos de sopro e de percussão. Serão selecionadas 176 bandas de todo o país. Podem participar conjuntos musicais denominados “Banda de Música”, “Banda Sinfônica”, “Banda de Concerto”, “Banda Musical”, “Banda Filarmônica”, “Sociedade Musical”, com atividades de capacitação à formação de instrumentistas, compostos por pelo menos 15 músicos, e que estejam em funcionamento há pelo menos seis meses.
Do terceiro edital, o Prêmio ProCultura Palcos Musicais Permanentes, poderão participar pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, de natureza privada ou cultural, que possuam teatro, arena, galpão, sala de espetáculos, lona, dentre outros aparelhos culturais com infraestrutura logística e técnica necessária para a realização de espetáculos, concertos ou shows musicais, com pelo menos um ano de atividades permanentes. A capacidade de público dos espaços contemplados não poderá exceder 600 pessoas. O Edital, que terá investimento total de R$ 1,5 milhão, selecionará 15 projetos, e cada um dos contemplados receberá o valor de R$100 mil.
Quilombolas vivem como o século passado
Quem vai à comunidade quilombola rural de Serra do Queimadão, no município de Seabra, a 478 quilômetros de Salvador, no coração da Chapada Diamantina, não esquece jamais. O rigoroso contraste entre a pobreza socioeconômica e a riqueza multicultural da população é um pedacinho triste do país ainda desconhecido para milhões de brasileiros. Não se trata de nenhum paraíso tropical, cercado por relíquias naturais, cobiçadas em meio ao “boom” turístico dos novos tempos. As casas erguidas com adobe – barro cru - insistem em se manter de pé, em meio à terra seca, rodeada de mato e caatinga, remontando um cenário típico das primeiras evoluções do século passado. A água, que chegou há apenas alguns anos, não serve para beber. O posto médico, levantado por incentivo da própria comunidade, está totalmente desativado. Não há médicos, nem nenhum sinal de atendimentos por aqui. A falta de saneamento básico se junta à ausência de iluminação nas ruas. As atividades voltadas para a roça predominam e têm sido por décadas a tentativa de “ganha-pão” de 55 famílias, residentes na região. O cultivo de milho, feijão e mandioca, como em tantas áreas rurais do Brasil, nunca foi suficiente para garantir o desenvolvimento sustentável. Trabalhadores rurais explicam que muita gente diz sentir “uma queimação nos peitos”, quando consome a água. “Até eu mesmo comecei sentir que estava queimando. E agora, apareceu o problema da mulher que estava internada em Seabra e depois foi para São Paulo. Disseram que era barriga d’água. Aí, levaram para UTI. Mas, um rapaz da comunidade me ligou, confirmando pelos médicos que todo problema de doença da mulher veio dessa água.” Os moradores explicam que mesmo para tomar banho o corpo fica coçando. “Precisamos de uma urgência, de um socorro. O pessoal de Saúde de Seabra já alertou: se continuarmos consumindo esta água, nos próximos 10 anos, poderemos morrer todos de câncer ou de outras doenças”. Ele lembra que há casos de morte no povoado sem explicação. Outra vítima dos problemas causados pelas precárias condições de vida é Maria Aparecida Mendes dos Santos, 36, mãe de quatro filhos. Já na adolescência, ela passou por um AVC – Acidente Vascular Cerebral, derrame no cérebro que pode ser agravado pela ingestão de grande quantidade de sal. Como muitas mulheres, jovens e homens do campo, além das questões relacionadas à saúde, Maria compartilha com o marido a angústia da distância e do cruel destino de quem tem que deixar sua terra para sustentar a família. Forquilha ainda é uma ameaça O retrato da crise também está estampado no rosto de Dona Cardosina Maria da Conceição, 47, casada com Valter José Cassemiro, e mãe de 10 filhos. Como a maioria das mulheres de Serra, ela desconhece as letras. A lavradora conta que há um ano vem se sustentando com a ajuda do bolsa-família de R$ 134,00 e com o trabalho que sempre fez na roça, plantando mandioca, feijão-de-corda e milho. Mas quando essa ajuda não vem... “Fica todo mundo na mão de Deus, não tem comida. Às vezes uns amigos ajuda, outras vezes não. Hoje, mesmo, não tem nada. Nem para a noite, nem de dia. Não tem nada na roça, está tudo murchinho, sem chuva, morre tudo. A água salgada não dá para molhar”. O marido dela deslocou a perna com três anos de idade e não aguenta trabalhar. “Ele vai para a roça, mas não aguenta por muito tempo, por causa da perna - uma é fina e a outra mais grossa”. A conversa foi interrompida pelo meio por gritos que vinham detrás da casa. Eram da pequena Cecília, de seis anos, que chorava pedindo socorro. Pai, mãe e irmãos correram para ajudar. A menina havia ficado presa na forquilha – pau ou tronco bifurcado. Estava confirmada mais uma vez a situação precária das moradias na comunidade. A forquilha da casa de Cardó, como Dona Cardosina também é conhecida, foi utilizada pelos pais para escorar uma parte da casa ameaçada de cair. |
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