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sábado, 27 de novembro de 2010

Fórum de Economia Solidária de Campo Formoso





 




Diversas expressões artísticas presente no I Fórum de Economia Solidária de Campo Formoso que contou com a participação de associaçoes de todas as regiões do município.

Quilombo de São Tomém presente nas comemoraçoes do dia da Consciência Negra

Quilombo de São Tomé em Campo Formoso trouxe o Reisado para celebrar junto aos alunos do Ensino Fundamental da sede do município o Dia da Consciência Negra.

Grupo de Capoeira do Mestre Farias






Leão de Sete Cabeças (1970), o primeiro dos filmes internacionais de Glauber Rocha, é restaurado e exibido em sessão especial no Festival de Brasília



Guardado durante 30 anos na Cineteca Nazionale di Roma, o filme Leão de Sete Cabeças, primeira produção de Glauber Rocha fora do Brasil, foi finalmente restaurado e será exibido em sessão especial no Festival de Brasília. A mostra acontece na próxima segunda-feira, 29/11, às 17hs, com entrada gratuita, no Cine Brasília.

A restauração faz parte da segunda fase do projeto Coleção Glauber Rocha, que, na primeira, já restaurou os filmes Barravento, Terra em Transe, O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro e A Idade da Terra. Em Salvador, o filme será exibido no dia 21/12, às 21h, no Cine Glauber Rocha.

A iniciativa é uma realização do Tempo Glauber e da filha do cineasta, Paloma Rocha, e tem o aporte financeiro do Fundo de Cultura da Bahia, através da Secretaria de Cultura, e contou com o apoio da Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV), da Cinemateca Brasileira e da Cineteca Nazionale di Roma. O projeto também abarca as restaurações dos filmes Cabeças Cortadas, Claro, Câncer e História do Brasil.

O secretário de Cultura do Estado da Bahia, Márcio Meirelles, comemora o restauro da obra. “Neste ano de 2010, celebramos 100 anos de cinema. Vimos investindo na preservação de nossa memória  audiovisual. Além desse filme de Glauber, apoiamos o restauro do primeiro longa-metragem baiano, Redenção, de Roberto Pires, por quem Glauber tinha grande deferência. Estamos apoiando também com recursos do Fundo de Cultura da Bahia, a restauração de parte do acervo de Alexandre Robatto Filho, pioneiro do cinema baiano. São ações pontuais, mas que integram um programa de preservação do patrimônio audiovisual da Bahia”.

A história da restauração de Leão
O original do filme do filme foi repatriado da Itália para o Brasil em 2009, quando a parceria entre Tempo Glauber, Cinemateca Brasileira, ABCV e Cineteca Nazionale di Roma foi formalizada, com incentivo da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. A restauração consistiu primeiramente no escaneamento no formato 4K e o restauro digital em 2K realizado pelos Estúdios Mega.

O processo possibilitou a confecção de uma nova matriz, em alta definição, e um novo negativo em 35mm. A versão original do áudio em vários idiomas foi recuperada a partir de uma única cópia 35mm - que estava em avançado estado de deterioração - e de fitas Umatic. O restauro foi executado pela JLS Facilidades Sonoras.

O filme

O cenário de Leão de Sete Cabeças é o Congo Brazaville de 1969. Vivendo no exílio imposto pela ditadura militar brasileira, o cineasta baiano Glauber Rocha, principal nome do Cinema Novo, expõe neste filme o colonialismo europeu que domina a África a as tentativas do povo nativo em se libertar desse domínio. Assim Glauber continuou retratando as mazelas que tanto afligem os países pobres e fez disso marca da sua obra cinematográfica.

Quando Leão de Sete Cabeças estava sendo produzido, os críticos acreditavam que Glauber deveria filmar apenas paisagens em seu próprio país. Mas, quando o filme foi concluído, viram que o argumento se mostrou falho. O  longa demonstrou perfeita integração com a evolução estética glauberiana, embasada na linguagem visual e cênica de uma espécie de “pan-terceiromundismo”, e apresentou personagens arquétipos, todos com algum tipo de poder.

De um lado, os pilares do imperialismo - invasores europeus e norte-americanos, além da Igreja e seu eterno cortejo ao poder. A elite local era um fantoche denominado e coroado presidente. Do outro, os revolucionários locais, contraditórios em suas lutas e indecisos entre a centralização do movimento e a manutenção do sentimento tribal, mesmo em busca de um objetivo em comum: a liberdade perante o colonialismo estrangeiro.

Mais que denunciar as injustiças existentes no continente africano, Glauber apresentou dados para que a consolidassem como estados soberanos.  Para a professora de Cinema e ensaísta  da UFRJ, Ivana Bentes, “o que Glauber parece dizer é que nenhuma explicação histórica, sociológica, marxista ou capitalista, pode dar conta da complexidade e tragédia da experiência da pobreza”, constata.

Glauber imaginou o filme como uma epopéia africana, pensando-a como ponto de vista do homem do Terceiro Mundo, se opondo aos filmes comerciais que tratavam de safáris, ao modelo de concepção dos brancos em relação àquele continente. Para ele, trata-se de uma teoria sobre a possibilidade de um cinema político, feito na África justamente porque o cineasta acreditava ser o lugar que possuía os mesmos problemas do Brasil.

Ele complementa esse pensamento declarando sua aversão à leitura sociológica da miséria feita pela esquerda, visto no manifesto Estetyka do Sonho, escrito em duas versões (1966 e 1971), e que bebe nas fontes dos seus filmes realizados nesse período. Neste texto ele relata sua impotência e perplexidade perante as ditaduras militares, a fragilidade de intelectuais, artistas e militantes em combatê-las, além da acomodação popular que resulta nessa tragédia.

Glauber acredita que para superá-la é preciso seguir pelo caminho dos sonhos do cinema, provocando distúrbios nos códigos (sociais, políticos, estéticos, de comportamento), algo que já vinha sendo explorado em sua obra. Para alguns autores, Leão de Sete Cabeças pode ser visto como o elo perdido entre Terra em Transe e A Idade da Terra, a chave do enigma que liga a primeira parte da carreira de Glauber (os anos 60) com a segunda (de 1970 a 1980).

Preservação da obra de Glauber Rocha

Um dos objetivos da restauração de Leão de Sete Cabeças é dar continuidade à disseminação da obra de Glauber Rocha em alta qualidade, já que há grande aumento na demanda pelos filmes do cineasta, tanto nas escolas de cinema, quanto nos festivais nacionais e internacionais, e, por fim, para uso de trechos em documentários.

Todos querem assistir à obra de Glauber, em bom ou mal estado, mas isso tem obrigado os detentores das cópias não restauradas a fornecer material de má qualidade, incompleto e deteriorado, o que causa constrangimento e não divulga a sua obra como deveria. A partir de 2003, com o advento da Coleção Glauber Rocha, esta realidade começou a mudar.

As cópias restauradas em formato de cinema digital, DVD e película de 35mm permitem que os filmes sejam distribuídos para mostras nacionais e internacionais, além da exibição em salas de cinema comerciais, universidades e outros espaços onde a obra de Glauber tem um alcance bastante significativo. O filme Terra em Transe, por exemplo, após a restauração, atingiu a marca de 10 mil espectadores nas salas de cinema, em apenas duas semanas em cartaz.

Extras do DVD

Os DVD’s contêm documentários especialmente realizados sobre cada filme, dirigidos por Paloma Rocha e Joel Pizzini. Neles estão reunidas entrevistas com elenco e equipe, cenas de arquivo, entrevistas inéditas com Glauber Rocha, o trailer original, artigos e reportagens, análise crítica feita por especialistas, versões de roteiros, roteiros, cartazes, trilha sonora, desenhos e story-board, tudo o que compreende o processo de criação e de produção intelectual do artista.

O patrimônio histórico e cinematográfico de Glauber reunido e vivo

O próprio Glauber, em 1980, escreveu uma carta preocupado com a recuperação dos negativos originais destes filmes. O documento foi editado e utilizado na apresentação do projeto, que ainda relata a necessidade da atenção e dos cuidados urgentes com os negativos originais para que seu processo de deterioração, já avançado, não acabe por prejudicar de modo irreparável a história do cinema brasileiro, no caso da perda definitiva de algum filme.

Glauber revolucionou a linguagem do cinema contemporâneo. Sua expressão artística influenciou movimentos políticos e culturais dos anos 60 como "Maio de 68" na França e o "Tropicalismo" no Brasil, entre outros, deixando um precioso legado de idéias e criações, impressas em filmes, vídeos, livros e uma extensa produção que ainda hoje permanece inédita – poemas, desenhos, peças de teatro, romances, roteiros de filmes não realizados.

E é todo esse conteúdo inestimável que precisa continuar vivo, e com a restauração, poderá ser conhecido pelas gerações futuras. Como disse o Secretário de Cultura da Bahia Márcio Meirelles: “Glauber continua vivo, um pensamento vivo, em ebulição. Um pensamento inesgotável, perturbador, ainda pouco compreendido no Brasil e no mundo.”


Ficha técnica

O Leão de Sete Cabeças
Direção: Glauber Rocha
Elenco: Rada Rassimov, Jean-Pierre Léaud, Giulio Brogi, Hugo Carvana, Gabrielle Tinti, René Koldhoffer, Baiack, Miguel Samba, André Segolo, Aldo Bixio, povo e dançarinos do Congo
Dedicatória: a Paulo Emilio Sales Gomes
Companhia produtora: Polifilm
Produtores: Gianni Barcelloni e Claude Antoine
Diretor de produção: Giancarlo Santi
Gerente de produção: Marco Ferreri
Assistente de direção: André Gouveia
Argumentistas e roteiristas: Gianni Amico e Glauber Rocha
Diretor de fotografia: Guido Cosulich
Som direto: José Antônio Ventura
Montadores: Eduardo Escorel e Glauber Rocha
Letreiros: Francesco Altan
Música: Folclore africano, Baden Powell e uma versão do Hino Nacional francês cantada por Clementina de Jesus
Locações: Brazzaville (Congo)

Equipe de restauro
Direção do projeto: Paloma Rocha
Curadoria e pesquisa: Joel Pizzini
Direção de produção: Márcia Cardim
Direção de fotografia: Luis Abramo
Assistente de direção: Sara Rocha
Restauração de imagem Mega e
Restauração de Imagem Mega e Som: Cinemateca Brasileira, Estúdios Mega e JLS Facilidades Sonoras
Apoio Financeiro: Fundo de Cultura da Bahia, Governo da Bahia e Secretaria Estadual de Fazenda e Cultura
Realização: Paloma Cinematográfica, Cardim Projetos e Soluções Integradas e Associação Baiana de Cinema e Vídeo - ABCV
Apoio: Associação dos Amigos do Tempo Glauber e Comunika Press

Clique aqui para ver fotos do filme.

Sugestão de entrevistas: Paloma Rocha (diretora da Tempo Glauber) - Márcio Meirelles (Secretário de Cultura do Estado da Bahia)

Serviço
Exibição de “Leão de Sete Cabeças”, filme restaurado de Glauber Rocha
em Sessão Especial no Festival de Cinema de Brasília 2010
Onde: Cine Brasília - Endereço: EQS 106/107, em Brasília-DF
Quando: 29/11/2010
Horário: 17h
Acesso livre

Exibição do filme restaurado "O Leão de Sete Cabeças" e lançamento do DVD duplo do filme no Cine Glauber Rocha em Salvador.
Onde: Cine Glauber Rocha – Praça Castro Alves, em Salvador-BA
Quando: 21/12/2010
Horário: 21h

Afoxés são homenageados com livro, DVD e registro como patrimônio imaterial da Bahia



Evento do dia 30/11 encerra ações do Governo do Estado para o Mês da Consciência Negra, com lançamentos de livro e DVD sobre “Desfile dos Afoxés”, do CD “Corredor Midiático” e promove o registro oficial dos Afoxés como “Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia”.

Edificação que foi utilizada durante 100 anos por ricos comerciantes e chefes de estado recebeu rainhas e príncipes, e foi moradia oficial de governadores da Bahia por metade do século 20, o Palácio da Aclamação, localizado no Passeio Público, próximo ao Forte de São Pedro e Campo Grande, em Salvador, passa a ser palco nesta terça-feira, dia 30, às 8h30, de homenagem a uma das manifestações mais emblemáticas da cultura baiana, o “Desfile dos Afoxés”.

Vinculados às matrizes africanas e representantes máximos da cultura afro-descendente nas festas carnavalescas da Bahia, os Afoxés foram criados não somente por classes desprivilegiadas economicamente e excluídas socialmente, mas, por uma parte da sociedade baiana que traz na sua história a marca de quatro séculos de escravidão.

Assim, subvertendo o passado e afirmando um novo presente, nesta terça-feira, os representantes de 23 Afoxés de Salvador, de entidades do Programa Carnaval Ouro Negro, de estudiosos da cultura negra e ativistas do movimento negro na Bahia, além de músicos e grupos percussivos, estarão subindo os degraus do palácio que representou o poder na Bahia para serem homenageados, com solenidade de encerramento das ações do Governo do Estado da Bahia para o Mês da Consciência Negra.

Na oportunidade, o governador Jaques Wagner assinará a homologação do “Desfile dos Afoxés” que passará a ser, com decreto no Diário Oficial, um Patrimônio Imaterial da Bahia. A festa terá lançamentos de livro e DVD-documentário de 26 minutos contando com artigos inéditos, documentos antigos, fotos, depoimentos e imagens de carnavais, a história dessa importante manifestação cultural, além de lançamento do CD “Corredor Midiático”.

A iniciativa é da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), através de três de suas quatro autarquias: o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), que escreveu artigos e produziu o dossiê que possibilita o registro dos Afoxés, a Fundação Pedro Calmon (FPC) que editou o livro e fará distribuição dos produtos por bibliotecas, e o Instituto de Radiodifusão do Estado (Irdeb) que gravou e editou imagens do DVD e produziu o CD. Estarão presentes no evento outras secretarias estaduais, como a Promoção da Igualdade, além do Conselho do Carnaval, vereadores, deputados estaduais e federais, integrantes de instituições públicas e privadas, empresários e carnavalescos.

“Carnaval do Pelô – Corredor Midiático 2010” - Gravado ao vivo, o CD “Carnaval do Pelô – Corredor Midiático” promove o Carnaval de Salvador e registra a capacidade técnica num novo patamar da engenharia dos espetáculos de rua. Segundo o secretário de Cultura do Estado, Márcio Meirelles, a homenagem e lançamentos são resultado dos esforços de quatro unidades da SecultBA o que evidencia a importância das parcerias e redes na implantação de políticas públicas. “O evento sintetiza pequena prévia de registro maior que gostaríamos de fazer dos 145 blocos de matriz africana que têm o apoio do Programa de Fomento Carnaval Ouro Negro”, avalia Meirelles. Para o secretário, a implantação do Ouro Negro possibilitou mudanças significativas na gestão dos blocos afros que passaram tanto tempo na invisibilidade. Já sobre o CD, Meirelles destaca que o “Corredor Midiático” retrata ambientes sonoros do Terreiro de Jesus, Centro Histórico de Salvador (CHS), durante o Carnaval 2010. “O Corredor resgata a memória musical brasileira a partir de registros in loco da sonoridade das festas populares da Bahia, apresentando recorte ímpar da expressão artística de nosso povo”, conclui.

BOXES explicativos opcionais:

DESFILE DOS AFOXÉSOs afoxés não sugiram de modo tão pacífico e somente lúdico como a maior parte da população baiana imagina. Foi necessária muita luta persistência, coragem, criatividade, e, principalmeente, amor às suas raízes culturais para que pudéssemos apreciar o Desfile dos Afoxés como o vemos hoje nas ruas durante o Carnaval de Salvador.

Os lundus, os batuques, os samba de roda, entre outras manifestações que traziam a riqueza da música, dança e, até, os costumes e símbolos religiosos de matrizes africanas para as ruas de Salvador, aparecem na historiografia desde o século 16 com a chegada à Bahia dos primeiros escravos negros vindos da África. Mas, mesmo passado 500 anos, a repressão a essa expressão cultural ainda é latente e rigorosa. Em 1905 o chefe da segurança pública do Estado estabelece decreto normativo considerando uma “ilegalidade apresentar-se e exibir-se nas ruas com costumes africanos com batuques”.

Até meados da década de 2000 os Afoxés também estavam alijados de exibir-se nas ruas nos horários considerados nobres para os desfiles do período carnavalesco nos circuitos do Campo Grande-Praça Castro Alves e Barra-Ondina. Novas políticas públicas capitaneadas pelo Governo do Estado estão permitindo mudar esse quadro e, entre elas, a política de inserção e apoio da SecultBa através do Carnaval Ouro Negro, com apoios financeiros, produção de catálogos, aumento da exibição dos desfiles em emissoras de TV, através da TVE e TV Brasil, estudos, pesquisas, livros e DVD-documentários, entre outros reconhecimentos, trazem essa manifestação para o verdaeiro locus cultural que merece como representante da cultura baiana.

Diversos autores e pesquisadores, ao longo do tempo, estudam, fotografam e refletem pesquisas sobre o Desfile dos Afoxés ou suas correlações culturais, como Manuel Querino, Nina Rodrigues, Donald Pierson, Pierre Verger, João José Reis, Sérgio Carrara, Ana Martins-Costa, entre dezenas de outros estudiosos e artistas.

Também chamado de candomblé de rua, por evidenciar e reconfigurar símbolos, posturas, cantos, ritmos, danças e outras manifestações religiosas trazidas por escravos negros, O Desfile dos Afoxés é caratecrizado pelo cortejo de rua que sai durante o carnaval. Em geral, os integrantes e fundadores de grupos de Afoxés do carnaval são vinculados a terreiros de candomblé. Os foliões têm consciência de grupo, de valores e hábitos que os distinguem de qualquer outro bloco. As principais características são as roupas, nas cores dos Orixás, as cantigas em língua Iorubá, instrumentos de percussão, atabaques, agogôs, afoxés e xequerês. O ritmo da dança na rua é semelhante ao executado nos terreiros, bem como a melodia entoada. Os cantos são puxados em solo, por alguém de destaque no grupo, e são repetidos por todos, inclusive os instrumentistas. Geralmente, antes da saída do grupo ocorre um ritual religioso.

Segundo as pesquisas do IPAC, o afoxé Embaixada da África foi a primeira manifestação negra a desfilar pelas ruas da Bahia, em 1885. Atualmente podem ser encontrados em Salvador, Feira de Santana, São Felix e nas cidades de Fortaleza, Recife, Olinda, Rio de Janeiro, São Paulo e Ribeirão Preto. Em 17 de novembro de 2008, a Associação Cultural Recreativa e Carnavalesca Filhos de Gandhy, encaminhou ao IPAC o pedido de inserção do segmento Afoxés no Livro de Registro Especial de Expressões Lúdicas e Artísticas. O governador Jaques Wagner, com base na lei n°. 8.895, de 16 de dezembro de 2003 (Decreto 10.039/2006), realizou Notificação Pública, no dia 16 de fevereiro de 2009, abrindo processo de Registro como Patrimônio Imaterial da manifestação denominada Desfile de Afoxés. Para atender esta solicitação, o IPAC elaborou o Dossiê sobre o Desfile de Afoxés, manifestação cultural que será inscrita no Livro Especial de Registro de Eventos e Celebrações. O dossiê compõe o Caderno do IPAC sobre os Desfiles dos Afoxés.

O Art. 41 da Lei 8.895/03 indica a necessidade de que os bens culturais protegidos pelo Registro Especial sejam “documentados e registrados a cada 05 (cinco) anos, sob responsabilidade do IPAC, por meio das técnicas mais adequadas às suas características, anexando-se, sempre que possível novas informações ao processo”, cabendo ao IPAC, portanto, promover sua “ampla divulgação e promoção, sob a forma de publicações, exposições, vídeos, filmes, meios multimídia e outras formas de linguagem promocional pertinentes, das informações registradas, franqueando-as à pesquisa qualificada.”

CORREDOR MIDIÁTICO - Em seu primeiro CD, o projeto “Corredor Midiático” 2010 organizado pelo Pelourinho Cultural, programa do IPAC/SecultBA, é resultado direto dos esforços do IRDEB junto ao resgate da memória musical brasileira. Criado com tecnologia itinerante e adaptável, o projeto parte para imersão nas raízes das manifestações culturais durante as festas, extraindo a sonoridade original dos grupos em seu habitat natural, sem cortes, coloridos ou adição de efeitos. Com a supervisão da diretoria de Música da Fundação Cultural do Estado – Funceb/SecultBA, esse projeto leva, pela primeira vez ao público, o registro da Troça Carnavalesca “Pai Burukô” do lendário Mestre Didi, um verdadeiro patrimônio da Bahia. Através da FPC este CD poderá alçar vôos ainda maiores, sendo parte do acervo de todas as bibliotecas do estado da Bahia, permitindo o acesso de todo o público, principalmente de jovens que anseiam por entrar em contato com suas raízes. Esse primeiro volume vai estimular também a iniciativa privada a descobrir as riquezas do nosso povo que passaram tanto tempo escondidas. O “Corredor Midiático” traz sonoridade das ruas e o governo estadual através da SecultBA cumpre o papel de proteger e difundir tais manifestações do esquecimento coletivo a que estavam sujeitas.

MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA - O mês da consciência negra envolve celebrações referentes ao dia 20 de novembro de 1695, quando foi morto o líder Zumbi, o rei do maior quilombo do país, o Quilombo dos Palmares, que chegou a representar 15% da população do Brasil. Os eventos são basicamente organizados por entidades da sociedade civil. Os apoios, pelo Governo do Estado, são estruturados a partir da SEPROMI.

PALÁCIO DA ACLAMAÇÃO – O Palácio da Aclamação teve até o início do século 20, metade da área construída que conhecemos hoje, pois foi casa de um comerciante português, edificada em 1894 afastada do centro fundacional da cidade para fugir das doenças infecto-contagiosas, ao lado do jardim botânico criado no início do século 19, ficando conhecida como Palacete dos Moraes. Em setembro de 1911 o governo estadual adquire o imóvel para transformá-lo em moradia dos governadores baianos. Em 1967, acontece a transferência da residência oficial para o Alto de Ondina e, em 1990, através do decreto nº4.148 o imóvel passa a ser administrado pelo IPAC. Hoje, é um importante espaço artístico com grandes exposições temporárias e sede da Diretoria de Museus do IPAC. O IPAC também elaborou o dossiê que deverá transformar o palácio em “Patrimônio da Bahia” através de decreto do governador que deve ser publicado até final deste ano (2010). Ao ser tombado o imóvel passa a ser oficialmente protegido, tendo controle do IPAC para que não seja descaracterizada sua arquitetura original. Responsável por administrar o palácio, o IPAC também executou obras de manutenção no prédio desde 2008 até maio deste ano (2010) somando R$ 1,6 milhão em investimentos. Com dois andares, anexos, jardins e acesso ao Passeio Público, a edificação tem elementos clássicos, com frontões triangulares e dentículos, formando um sincretismo estilístico que marca a arquitetura neoclássica. A decoração interna no estilo Luís 16 apresenta painéis emoldurados, guirlandas, laços e medalhões pintados pelo famoso pintor baiano Presciliano Silva. Seu acervo permanente é composto por mobiliário estilo D. José e Luís 15, porcelanas, cristais, bronzes, tapetes persas e franceses.


Assessoria de Comunicação – IPAC – em 26.10.2010
Jornalista responsável Geraldo Moniz (1498-MTBa) – (71) 8731-2641
Contatos ASCOM/IPAC: (71) 3116-6673, 3117-6490, ascom@ipac.ba.gov.br. Acesse: www.ipac.ba.gov.br

Assessoria de Comunicação - SecultBA
(71) 3103-3016 / 3026 / 3027
(71) 9983-5278 / 8151-0893
ascom@cultura.ba.gov.br

Lançamento do livro Políticas Culturais, Democracia e Conselhos de cultura

04 e 05 de Dezembro: Um Alemão Chamado Severinho

Versao eletronica do livro Desafios do Desenvolvimento Brasileiro

Esta disponível para download no Observatorio da Economia
Global do Centro de Estudos de Conjuntura e Politica Economica da UNICAMP, a  versao eletrônica do livro Desafios do Desenvolvimento Brasileiro realizado em parceria do IPEA com o CECON.  

Acesse no link
http://www.iececon.net/foco.htm

Instituto de Economia da Unicamp
19 3521-5745
 

Desfile do Afoxé é reconhecido patrimônio imaterial da Bahia

Grupo de Teatro Utopia - Poços - Campo Formoso

O grupo de teatro Utopia é um dos grupos de teatro do interior de Campo Formoso beneficiário do Ponto de Culturas Seguindo os Passos da Arte do grupo Culturart . Aprendendo e encenando o grupo já é destaque no municipio por sua atuação cênica em diversos espaços.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Leão de Glauber - TEMPO PRESENTE


A cópia restaurada de Der Leon has sept cabeças (OLeãode7Cabeças), filme que Glauber Rocha gravou em 1970 no Congo-Brazzaville, África, será exibido pela primeira vez no Brasil no dia 29 (17h) no Festival de Brasília. Os negativos originais foram preservados pela Cineteca Nazionale em Roma, Itália.

Ano passado, o secretário Márcio Meirelles (Cultura) firmou parceria entre o governo baiano, o Tempo Glauber, a Cinemateca Brasileira, a Cineteca de Roma e a Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV) para restaurar e relançar o filme.

As novas cópias são em 35 mm e DVD.

Consolidação das políticas culturais


As eleições de Dilma Rousseff para a Presidência da República e de Jaques Wagner para o governo da Bahia evidenciam que a população aprovou o projeto político encabeçado pelo presidente Lula e afirmam um desejo de continuidade das políticas públicas implantadas no País nos últimos anos.

A continuidade de políticas, entretanto, é resultante de um processo de complexidade bem maior. A eleição de uma coligação ou até de um mesmo partido apenas garante manter as mesmas forças políticas no poder, mas ela não define com precisão como será a composição do próximo governo.

Como no Brasil, as coligações vitoriosas têm sido amplas, o quadro se torna mais complexo. A eleição indica ainda, de modo sutil, qual a força dos diferentes partidos para compartilhar o poder. No mais, a composição vai depender de muita negociação política e das pressões da sociedade.

Deste modo, a eleição não assegura a continuidade das mesmas políticas setoriais.

Ela tão-somente afirma ou nega tal possibilidade. Para que uma política seja mantida, ela precisa: ter sido um sucesso inequívoco; ser adotada por um partido, que se empenhe em prosseguir em uma área de governo, ou ser assumida por alguma parcela da sociedade civil, que lute por sua continuidade.

Nesta perspectiva, por paradoxal que pareça, não é estranho que no período pós-eleitoral exista certa apreensão acerca da manutenção de determinadas políticas setoriais que vinham sendo desenvolvidas pelos partidos que estavam no governo. O cenário não gera só apreensão. A conjuntura pós-eleitoral se configura como lugar de uma nova disputa, na qual diferentes nomes, partidos e, por vezes, projetos de políticas setoriais competem para se instalar.

O drama é que esta disputa assume, quase sempre, o formato de competição de nomes por espaços políticos no governo, colocando em um plano secundário o tema das políticas a serem implantadas. Deste modo, o debate acerca da continuidade ou não das políticas setoriais fica subsumido a uma lógica outra: uma disputa em torno de nomes, como se eles, sempre e necessariamente, representassem políticas, o que muitas vezes não ocorre.

Para a comunidade cultural e a sociedade brasileira e baiana, o resultado das urnas expressa a vontade de continuidade, ampliação e aprimoramento das políticas nacionais e estaduais desenvolvidas, dentre elas, com destaque, as políticas públicas de cultura. Afinal, desde 2003, o Brasil e a Bahia vêm adotando efetivamente políticas culturais. Elas, pela primeira vez, foram construídas em um regime democrático, além de serem implantadas através de procedimentos igualmente democráticos de ausculta à sociedade e à comunidade cultural.

Neste período, passamos a ter políticas públicas de cultura.

Natural que parcelas da comunidade cultural e da sociedade aspirem à continuidade de tais políticas setoriais no plano federal e estadual. As novas políticas públicas de cultura enfrentaram as tristes tradições da ausência, autoritarismo e instabilidade que atingiam os campos culturais, brasileiro e baiano. Mesmo considerando seus limites e problemas, elas colocaram a cultura em outro patamar de atenção e atuação.

A área da cultura tem uma triste história de instabilidades, ela sofre profundamente com descontinuidades de políticas, pois o tempo necessário ao florescimento e maturação da cultura é bastante largo. Com isto, ela se torna singularmente sensível à não-manutenção das políticas culturais.

Por tudo isto, neste novo momento de disputa, torna-se fundamental afirmar, de modo contundente, a crucial relevância da continuidade, ampliação e aprimoramento das políticas públicas de cultura no Brasil e na Bahia. Isto é vital para o Brasil e a Bahia continuarem mudando e os avanços alcançados pela cultura nos governos Lula e Wagner não correrem perigo.

Para a comunidade cultural e a sociedade brasileira e baiana, o resultado das urnas expressa a vontade de continuidade, ampliação e aprimoramento das políticas desenvolvidas

Música / Antonio Larangeira

O I Festival de Música Instrumental do Interior da Bahia é o evento inédito que vai movimentar o mês de dezembro nas cidades de Cachoeira, nos dias 3, 4 e 5, no CAHL - Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo - e Jequié, no sudoeste do Estado, dias 17, 18 e 19, no Centro de Cultura ACM. Uma programação diversificada e de qualidade será levada aos palcos, com ingressos a preço simbólico de R $ 2, (inteira) e R$ 1, (meia).  O Festival tem o patrocínio da Petrobras e Ministério da Cultura; apoio financeiro do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado. É uma realização da Associação Instrumental da Bahia e tem produção  da Mil Produções. A curadoria é do maestro e compositor Zeca Freitas e do ator e pianista Fernando Marinho.  A programação vai reunir artistas locais das duas regiões e circunvizinhas; atrações de Salvador, como o Grupo de Percussão da UFBA e Aroldo Macedo (homenagem aos 60 anos do trio elétrico); o contrabaixista Luciano Calazans; Grupo Mandaia e a Banda de Boca, entre outros.

Promotor de justiça lança livro sobre racismo


O professor da FTC EAD e promotor de Justiça do Ministério Público da Bahia, Almiro Sena, lança o livro "A cor da pele: na sociedade racista do Brasil, o normal é ser branco".O lançamento da obra acontece nesta terça-feira (23), às 19h, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Salvador, em homenagem ao Dia da Consciência Negra.


Na ocasião, também acontecerá a palestra "Os Direitos Humanos sob a perspectiva étnico-racial", no plenário da Câmara Municipal.O livro é contundente nas constatações do autor de que a cor da pele influencia na existência da exclusão social e de que a teoria da superioridade de certas raças humanas sobre as demais é uma realidade prejudicial ao desenvolvimento da população negra do Brasil.

'O discurso da negação do preconceito e da discriminação racial contribui para reforçar sua existência e impossibilita sua desconstrução ideológica entre o grupo discriminador, além de facilitar a sua reprodução no grupo discriminado e dificultar a implementação de medidas de promoção da igualdade', afirma o promotor.

A obra foi extraída da tese de dissertação do professor Almiro Sena para o mestrado em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social da Fundação Visconde de Cairu e aborda os conceitos fundamentais para o debate acadêmico sobre o desenvolvimento humano e a questão étnico-racial; a ocultação das barreiras institucionais contra a população negra no Brasil; a condescendência da legislação brasileira com o racismo no país; o sistema de cotas e a meritocracia brasileira; a  especificidade do racismo no Brasil; e  o racismo e sua relação com o sistema de justiça criminal no país.

Segundo o promotor, uma especificidade do racismo no Brasil que dificulta o seu combate e a sua desconstrução é o fato de que, muitas vezes, a sua prática ocorre de maneira velada, quase imperceptível para aqueles que não se encontrando entre os discriminados não conseguem (ou não querem) ver a agressão.

Em sua obra, ele aborda a estética racista, o racismo na televisão, no futebol; trata da falácia da argumentação anti-cotas e cita casos de racismo praticado pelo sistema judicial criminal e pela imprensa, como "O crime do bar Bodega", relatado pelo jornalista Carlos Dorneles, no livro "Bar Bodega, um crime de imprensa".

NEOJIBA realiza últimos concertos da temporada 2010 a preços populares

O NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) promove últimos concertos da temporada 2010 para público interessado em adentrar no universo da música de orquestra. Nesta terça-feira (23), a Orquestra Sinfônica Juvenil 2 de Julho, formada pelo programa, realiza sua penúltima apresentação do ano a preços populares, R$ 4 (inteira), na Sala Principal do Teatro Castro Alves, às 20h. No repertório, a plateia poderá conhecer obras como a Sinfonia nº7, de Ludwig V. Beethoven (1770 - 1827), Suite Pássaro de Fogo – 1919, de Igor Stravinsky (1882 - 1971) e a Marcha Eslava, de Piotr I. Tchaikovsky (1840 - 1893).

Já no dia 30 de novembro, os músicos da Orquestra Sinfônica Juvenil 2 de Julho (J2J) se unirão aos jovens da Orquestra Castro Alves (OCA) para o último concerto conjunto, unindo mais de 150 músicos no palco da Sala Principal do TCA, às 20h. Será mais uma oportunidade para conferir o talento dos jovens do NEOJIBA, que formaram a primeira orquestra juvenil brasileira a se apresentar na Europa, na turnê ocorrida em julho desse ano. 

"O último concerto das duas orquestras, da temporada 2010, celebra um ano de conquistas e feitos inéditos alcançados pelos integrantes do NEOJIBA. Queremos dividir esta alegria com o público soteropolitano, que também é parte deste trabalho", afirma o diretor do NEOJIBA e regente, Ricardo Castro. Após o concerto do dia 30, todos os músicos do programa se preparam para o Concerto Especial de Natal. Sob regência de Ricardo Castro, a Orquestra Castro Alves e o Coral do NEOJIBA se juntam à Orquestra Sinfônica Juvenil 2 de Julho (J2J) para apresentar repertório natalino, no dia 12 de dezembro, às 18h, Concha Acústica do TCA. Os ingressos podem ser trocados por um livro ou um brinquedo, que serão doados para a Campanha "Natal Sem Fome dos Sonhos".

Concerto Didático

Apreciadores iniciantes de música de orquestra ainda terão a oportunidade de aprender sobre a estrutura de um corpo orquestral e as famílias dos instrumentos clássicos no Concerto Didático, que será realizado na quarta-feira (24), às 16h, na Sala Principal do TCA.  Com o patrocínio da Petrobrás, os concertos educativos têm o intuito de estimular a formação de plateia e promover a aproximação do público infantojuvenil com a música clássica.

Domingo Instrumental volta a encher de som a Ponta de Humaitá


Sucesso absoluto nas duas primeiras edições, o Projeto Domingos Instrumentais, de Fred Menendez, dá início à sua terceira temporada na Ponta de Humaitá, no próximo dia cinco de dezembro e permanece em cartaz, sempre aos domingos, a partir das 17h, até 27 março de 2011.

 Iniciativa do guitarrista, compositor e bandolinista baiano Fred Menendez, o Projeto Domingos Instrumentais tem como objetivos revitalizar um dos mais belos pontos turísticos de Salvador - a Ponta de Humaitá -  abrir novos espaços culturais para a música instrumental na capital baiana e despertar a memória popular para este estilo de música, mostrando suas diversas nuances, com apresentações abertas ao público.

 O projeto propõe ainda apresentar o que Menendez vem mostrando na Europa, nos últimos anos, quando participa de festivais de música de Rua.Nas duas edições anteriores do Projeto Domingos Instrumentais aproximadamente 20 mil pessoas assistiram aos shows, entre baianos e turistas, gente de todas as idades e classes sociais.

Em consequência deste novo fluxo de pessoas levadas pelos shows, o comércio no local cresceu e uma nova geração de músicos passou a se interessar em tocar e compor temas novos para a guitarra baiana e o bandolim. A Cidade Baixa, que tem alguns dos pontos turísticos mais bonitos de Salvador passou a ter um evento fixo, semanal, durante o verão, gratuito, de grande qualidade artística e em um espaço público.Nesta terceira edição do Projeto Domingos Instrumentais tudo volta a acontecer.

Fred Menendez, acompanhado de sua banda, composta por 5 músicos (guitarra baiana, bandolim, violão, teclado, baixo e bateria),  apresentará ao público um repertório de música instrumental eclético, composto por pérolas do cancioneiro popular brasileiro, clássicos e músicas autorais. A cada apresentação, Fred Menendez receberá um convidado, músicos instrumentistas, cantores ou novos talentos da guitarra baiana e  bandolim,  junto com ele farão o show ao pôr-do-sol da Ponta de Humaitá. 

BIENAL DO RECÔNCAVO ABRE SÁBADO NO ESPAÇO DANNEMANN, SÃO FÉLIX


  A 10ª  Bienal do Recôncavo será aberta no dia 27 de novembro, sábado, a partir das 20h30min, no Centro Cultural Dannemann, em São Felix, com a revelação dos artistas premiados. Nesta edição do evento, 200 projetos disputam a fase final, após serem selecionados entre 1.402 concorrentes da Bahia, de outros Estados brasileiros e de alguns países (como Portugal e Itália). Estarão expostos trabalhos nas mais diferentes linguagens: da pintura à escultura, passando por fotografia, instalação, vídeo e outras poéticas. O Grande Prêmio será uma viagem à Europa, incluindo um curso na área do artista premiado.
Além do grande prêmio, haverá ainda premiações para o artista destaque da região do Recôncavo e mais cinco prêmios-aquisição. Nesta edição, graças ao projeto de intercâmbio firmado entre a Bienal do Recôncavo e a Bienal de Havana, por iniciativa do Ministério da Cultura, um artista brasileiro será escolhido para participar de um programa de residência em Cuba. De outro lado, o artista cubano Ibrahim Miranda, um dos mais representativos da arte contemporânea de seu país, foi contemplado com uma sala especial na Bienal do Recôncavo.
A cerimônia de abertura, no próximo sábado, contará com concerto da secular Filarmônica Lyra Ceciliana, performance dos Coletivos EPPA e Al Revés, apresentação do grupo de expressão popular Esmola Cantada, que mistura samba de roda e terno de reis, e grande show de Sine Calmon e a banda Morrão Fumegante. Além disso, uma animada boate garantirá festa para o público até o dia amanhecer, ao som dos DJs Jhones, Lucas e Sammy, da Universidade Federal do Recôncavo.

PROJETO TANGOLOMANGUINHO CONTA COM MOSTRAS DE CINEMA E ANIMAÇÃO


A Companhia Urbana de Dança será uma das atrações

A 2ª edição do Tangolomanguinho - 2º Festival Infanto-juvenil da Diversidade Cultural do Pelourinho, começa, no dia 26 de novembro, com as mostras de cinema e animação na Oi kabum!, no Pelourinho, e no Cine Teatro Solar Boavista, em Boa Vista de Brotas. As mostras levarão ao público filmes selecionados pelo Anima Escola, projeto pedagógico de capacitação na linguagem de animação criado pelo Anima Mundi especialmente para as escolas, e por Mércia Brito, do Cinema Nosso, que escolheu filmes que possam mexer com a imaginação da platéia e ampliar as possibilidades de expressão do universo infanto-juvenil.
O projeto tem patrocínio da Oi, apoio Cultural do Oi Futuro, apoio institucional do Pelourinho Cultural, programa ligado ao Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural e à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, e parceria da Oi Kabum! Salvador, Cipó, Ponto de Cultura Cineclube Imagens Itinerantes, Escola de Dança e Cine Teatro Solar Boavista.
E no dia 28/11, mais atividades! O Tangolomanguinho levará ao Largo Pedro Archanjo e à Escola de Dança da FUNCEB uma programação cheia de atividades e cultura. Crianças e jovens de diferentes grupos artísticos participarão de workshops comandados por grandes profissionais reconhecidos na cena cultural local e nacional. Dentre os workshops estão o encontro promovido pelo DJ baiano Edílson, a artista plástica Andrea May realizará o de Toy Art e a multitalentosa Sônia Destri comandará o de Street Dance.
Seguindo a proposta do projeto, os workshops irão levar aos grupos infanto-juvenis participantes mais ferramentas que proporcionem o incremento da sua própria arte através do intercâmbio cultural e do aprendizado. O resultado adquirido durante essa troca de conhecimentos vai estar inserido na produção, pelos próprios jovens e crianças participantes, de um grande show de encerramento. O espetáculo que será no dia 30 de novembro, às 19h, finalizará o Tangolomanguinho - 2º Festival Infanto-juvenil da Diversidade Cultural do Pelourinho, englobando as novidades que os três workshops proporcionaram aos grupos. Os grupos de Toy Art estarão produzindo o cenário, enquanto os resultados e criações obtidos nos workshops de Street Dance e de DJ farão parte da apresentação final.
Os grupos infanto-juvenis que participarão das aulas práticas do festival serão o Majê Molê, conhecido em Pernambuco pela sua iniciativa de mesclar a cultura afro em seu balé; o Independente de Rua, responsável por apresentações ligadas ao Hip-Hop nas ruas de Salvador; o CriaPoesia, que focaliza na expressão artística através da construção da poesia; o Lactomia, destacado por usar a música como elemento de transformação social; o Núcleo Infanto-Juvenil de Dança da FUNCEB, composto por alunos do curso preparatório em dança da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia; e o grupo formado pelo DJ Edílson e a DJ Naysha.
No Largo Pedro Archanjo, os workshops darão aos participantes a oportunidade de interagir com muita música e criatividade. O Workshop de DJ irá mostrar a arte do DJ Edílson, também conhecido como DJ-3, que começou a se interessar profissionalmente pela música enquanto frequentava festas e danceterias pela cidade de Salvador. "A importância do workshop é mostrar que DJ é uma profissão, e que abrange várias coisas. Essa profissão abre um leque diverso, além de tirar meninos da rua e mostrar outra área que eles não conhecem", disse DJ Edílson. O seu envolvimento com o universo do disc jockey teve inicio em 1988, quando ele tomou um curso com o DJ Wilson. A partir desse contato, o DJ Edílson começou a estudar a utilização de remixes. Em sua carreira, o DJ já participou da tenda Eletrônica do Festival de Verão, em alguns camarotes do carnaval soteropolitano como o Do Reino e Othon, ao lado dos músicos Gilmelândia, Simone Sampaio e Edu Casanova.
Ainda no Largo Pedro Archanjo, a artista plástica baiana Andrea May estará ensinando Toy Art durante o workshop. A arte surgiu com o objetivo primário de criar brinquedos customizados para decoração, e não para brincar. Essa finalidade transformou os objetos em obras que refletem a individualidade do seu artista, dando um ar contemporâneo ao material que antes era visto quase que exclusivamente como parte da infância. Andrea May, que já fez parte de muitas exposições artísticas no Brasil e no Canadá, ajudará as crianças e jovens a criarem seus próprios toys, sempre destacando as suas características pessoais. Recentemente, a artista vem desenvolvendo diversos projetos, como o Atelier Coletivo VISIO, o Urban Blog Off Topic e a Dupla em Dinâmica.
Já na Escola de Dança da FUNCEB, Sônia Destri comandará o Workshop de Street Dance. Sônia é formada em Danças Clássicas pela Fundação Teatro Guairá e possui vasta experiência em diferentes estilos como ballet, dança contemporânea, Jazz, Street Jazz e Hip Hop. A artista de múltiplos talentos já participou de diversos espetáculos pelo mundo como o ID Entidades, Batalha Urbana e Suite Funk, que compôs a sua turnê pela França no início do ano. Também em 2010, ela já fez parte do Circuito Estadual das Artes pela Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro e do Tangolomango no Ceará. Atualmente, ela dirige a Companhia Urbana de Dança com dez dançarinos urbanos e breakers e realiza um circuito de oficinas gratuito pelo Brasil.

PROGRAMAÇÃO
Dias 26, 27 e 28 de novembro - Sexta-feira, Sábado e Domingo

Mostra de Cinema e Animação
Entrada Livre

Oi Kabum!
Dias 26, 27 e 28 - às 18h
CineTeatro Solar BoaVista
Dia 26/11 - às 9h e às 14h
Dia 27/11 - às 15h e às 17h30
Dia 28/11 - às 15h e às 17h30

Dia 28 de novembro - Domingo - Largo Pedro Archanjo

9h / 17 h - Início do projeto - Largo Pedro Archanjo
Atividade restrita aos grupos participantes

Abertura do projeto e apresentação da equipe
Início Workshops:
Workshop de DJ - Largo Pedro Archanjo
Workshop de Toy Art - Largo Pedro Archanjo
Workshop de Street Dance - Escola de Dança da FUNCEB

Dia 29 de novembro - Segunda-feira - Largo Pedro Archanjo

9h / 17h - Dinâmicas
Atividade restrita aos grupos participantes

Roda de apresentação dos grupos - quando os coordenadores de cada grupo apresentam seus projetos e falas oficiais do Tangolomanguinho - quando a direção explica os objetivos do trabalho; os grupos, através de exercícios e brincadeiras de troca, começam a se conhecer e a se integrar;
Jogos de diferenças e afinidades. Observação, pela direção do Tangolomanguinho, dos grupos e membros que se identificam e início de um pré-roteiro.Brincadeiras e composições, já misturando os projetos e visualizando resultados. Elaboração do roteiro.
Dia 30 de novembro - Terça-feira - Largo Tereza Batista

9h / 17h30 - Ensaio geral
Atividade restrita aos grupos participantes

Ensaio integrado com exposição de idéias do esboço do roteiro inicial, primeiros jogos de afinidades possíveis entre cenas e passagens de um trabalho para o outro (fusões), jogos de aprendizagem (música, coreografia, textos) para promover o intercâmbio de técnicas e a vivência dos grupos, realizando e verificando tecnicamente o roteiro esboçado;
Ensaio geral para afinar o roteiro, qualificando a execução e distribuindo tarefas e responsabilidades técnicas e estéticas.

19h - Apresentação - Largo Tereza Batista
Entrada livre