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segunda-feira, 28 de março de 2011

Artistas cobram mais teatros

Thiago Pereira

Comemorado neste domingo, o Dia Mundial do Teatro não será de festa para boa parte da comunidade artística baiana. Segundo atores e produtores locais, a atual estrutura cultural do estado tem sufocado a efervescência de montagens e limitado o potencial das produções, que enfrentam sérias dificuldades para encontrar salas disponíveis para apresentações.

"Hoje temos mais motivos para nos preocupar do que para comemorar. As produções locais não encontram espaço para montar suas peças, pois faltam salas na Bahia. Conseguir uma pauta em uma grande sala de Salvador se transformou em uma guerra.

Divulgar os espetáculos também é muito difícil, assim como conseguir patrocinadores. Os problemas ficaram tão grandes que tornou-se difícil abrir um champanhe para comemorar o Dia do Teatro", disse Lelo Filho, membro fundador da Companhia Baiana de Patifaria.

De acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Cultura em 2009, a Bahia possui apenas 60 teatros, ocupando a sétima colocação em número de salas no país, atrás de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. O número, no entanto, poderia ser menor, já que alguns deles estiveram para ser fechados nos últimos anos.

"Felizmente, o prédio do UEC, onde está o Teatro Jorge Amado, não vai mais a leilão. O imóvel agora está sob responsabilidade do Tribunal de Justiça, que decidiu manter o teatro intacto, e isso é muito importante para o cenário cultural do estado, que já não possui muitas salas para apresentações teatrais", disse Fernanda Tourinho, diretora artística do Teatro Jorge Amado, localizado na Pituba.

centros culturais - Para Tourinho, uma solução para ampliar o número de salas disponíveis para apresentações locais seria estruturar os centros culturais espalhados pelo estado para receber montagens órfãs de espaço.

"É uma demanda gigante, que não temos como dar conta. É preciso que a Secretaria de Cultura trabalhe a todo vapor com as estruturas que dispõe, incluindo a Fundação Gregório de Mattos e o Centro Cultural da Barroquinha, para abarcar as produções que não têm para onde ir", afirmou a diretora.

Segundo Marcio Meirelles, diretor do Bando de Teatro Olodum, outro grande problema do teatro baiano é a estrutura institucional. "Tudo é muito frágil. Tratam as coisas como se fôssemos carentes e precisássemos do apoio para sobreviver.

Os artistas não se veem como uma rede produtiva, quando na verdade fazem parte de uma grande rede de economia da cultura. Tudo isso gera amadorismo e informalidade e torna a situação preocupante", pontuou.
Tribuna da Bahia

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