Eva Maria Cella Dal Chiavon
Em outubro de 2007, primeiro ano do governo Jaques Wagner, neste mesmo espaço, publiquei um artigo com o título de Se muito vale o já feito, mais vale o que será... Naquele momento, chamei a atenção de que a estratégia de desegvol-, vimento da Bahia combinava ações de cítrto e longo prazos e inaugurava uma novatforma de governar com profundo diálogo com a sociedade.
Governos fazem escolhas. Crescer repartindo é a opção deste governo para que a sua economia propicie ao povo baiano uma vida mais igualitária, sem disparidades de gênero e de raça, com distribuição de renda e vigorosa mobilidade social, como ora vem ocorrendo: de 2006 a 2009, 1,3 milhão de pessoas saíram das classes D e E e entraram nas classes A, B e C; neste mesmo período, o rendimento médio mensal (real) de todos os trabalhos cresceu 13,4%, sendo que o das mulheres cresceu 15,6%, portanto acima da média (Pnad-IBGE).
São números da nova Bahia, um momento econômico que busca o equilíbrio territorial e sinergias entre as diferentes atividades produtivas. Só caminham nesta direção aqueles que aprenderam a lição de Celso Furtado de que não se faz desenvolvimento com atrasos que persistem no tempo. Assim o faz o governo Jaques Wagner, implementando um modelo de desenvolvimento onde o investimento público em infraestrutura logística e produtiva transforma a economia local e impulsiona a distribuição da riqueza gerada..
Dessa forma, foi possível a construção de hospitais e contratação de novos serviços de saúde, além da ampliação de cobertura da rede. Na Educação, alicerce para a construção da cidadania e redução das desigualdades, ganharam relevo o Topa, com 936 mil alfabetizados em quatro anos, a educação profissional, a educação básica e a valorização do professor. Pesquisa recente do Ipea aponta que, de modo geral, os gastos na área social têm grande efeito multiplicador. Tudo mais constante, ao gastar R$ 1 em educação pública, o PIB aumentará em R$ 1,85.
Na Infraestrutura Hidrica e Social, articu-
lado com outras ações de saneamento básico, o Programa Agua para Todos, referência de política pública para a oferta e acesso à água nos meios urbano e rural, possibilitou que mais de 2,8 milhões de pessoas fossem beneficiadas. Na Habitação, onde se priorizaram os segmentos mais pobres ou moradores de ocupações e áreas de risco, o resultado foi: 145 mil unidades, entre novas habitações e melhorias. Somente o Minha Casa, Minha Vida (na faixa de o-3 salários mínimos) contratou mais de 63 mil unidades, superando a meta inicial em mais 100%.
Para além das conquistas do primeiro mandato, o período 2011-2014 está calcado no aprofundamento deste modelo que propiciará a continuidade dos investimentos nas áreas de infraestrutura (logística, hidrica, habitacional, turística), mobilidade, Copa 2014, produção com foco na inclusão produtiva, dentre outras.
As prioridades definidas estão claras, queremos avançar na inclusão produtiva e combater a pobreza. Na mesma perspectiva da presidenta Dilma, seguiremos investindo na inclusão produtiva para o combate à pobreza, com o objetivo de alavancar e agregar valor aos produtos de cadeias estratégicas, gerando renda para as famílias, bem como possibilitar iniciativas de emprego e renda na área urbana. Na mesma direção, fortaleceremos as ações de formação para o trabalho de jovens e adultos, incentivando o empreendedor individual, os empreendimentos solidários, com oferta de crédito, assistência técnica e apoio à comercialização.
O planejamento para os próximos anos mantém a lógica de privilegiar a geração de trabalho, emprego e renda. Nesta linha, apontam os pesados investimentos em infraestrutura para o desenvolvimento que estamos realizando de modo a modernizar a economia baiana. Com isso, buscamos torná-la mais competitiva, potencializando a atração de novos investimentos privados com o fito de integrá-la em todo o seu território para incluir socialmente na produção os menos favorecidos, possibilitando a todos gerar riqueza para uma vida digna de forma sustentável.
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