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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tribuna da Bahia Boa Terra - Elite negra baiana em São Paulo

Agda de Oliveira embarca hoje para São Paulo liderando uma delegação de dez mulheres negras cachoeiranas, todas integrantes da confraria secular “Irmandade da Boa Morte”, que cultua a tradição católica de Nossa Senhora da Boa Morte. A convite do curador de arte e escultor baiano Emanoel Araújo, o grupo de mulheres baianas assume destaque amanhã na solenidade de abertura do “Dia da África”, no Museu Afro Brasil, do Ibirapuera, região nobre de São Paulo.
A partir do evento em São Paulo, Agda de Oliveira, que foi artesã de charutos na indústria fumageira de Cachoeira, inicia o período em que se torna a mulher negra mais importante do país no calendário da cultura afro-brasileira. O poder e o destaque que Agda assume chegam ao auge em agosto, quando comanda, com o cargo de “Provadora” da confraria, os três dias da tradicional “Festa da Boa Morte” evento que atrai a mídia internacional para a Bahia.
Junto com a delegação de mulheres cachoeiranas seguem também fotos da Irmandade, feitas pelo francês Pierre Verger e pelo baiano Adenor Gondim, para ficarem em exposição. Também dez tochas de cedro usadas com velas de parafina na procissão e roupas de gala dos rituais na cidade baiana, como panos da costa em veludo, saias plissadas e blusas com antigos bordados franceses, completam a suntuosidade da mostra de Cachoeira em São Paulo.
Começou na Etiópia
Nos museus baianos não existe nada parecido com o acervo que São Paulo passa a exibir. Nem nunca foi organizado um evento semelhante em Salvador. É bom destacar que a “Irmandade da Boa Morte” já conta com um acervo suntuoso no museu paulistano desde a inauguração da instituição há dez anos. Estão lá, por exemplo, coleções das fabulosas joias crioulas da Bahia incluindo pencas e balangandãs em prata, além de um conjunto de painéis fotográficos com peças de 3 m de altura, feitas por Adenor Gondim.
O Dia da África é uma comemoração criada há 46 anos na Etiópia. Na edição brasileira que Emanoel Araújo promove, há participantes do mundo inteiro, com artes e debates. Uma das participações mais singulares é da artista norte-americana Chanel Compton, do “Instituto Smithsonianm” que começou a pintar, anteontem, um painel gigante com 14 crianças brasileiras. Fica pronto dia 27. Apesar da participação estrangeira, o destaque é a cultura das mulheres negras baianas.

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