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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CULTURA: Governo da Bahia lança livros e vídeodocumentários de bens imateriais

9 de novembro de 2010

Nos últimos quatro anos a Bahia se destacou como referência nacional por trabalhos que visam a salvaguarda dos seus patrimônios imateriais. Na próxima semana, mais uma ação coordenada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) reafirma essa posição. Órgão do governo estadual responsável pela política de preservação do patrimônio cultural o IPAC lança mais quatro produtos que garantem a memória e difusão de manifestações culturais baianas.

O primeiro evento ocorre quarta-feira, dia 10 (novembro, 2010), às 14 horas, na Galeria do IPAC (Rua 25 de junho, nº8), em Cachoeira, localizada a 110 km de Salvador, com lançamentos de livro e vídeodocumentário intitulados “Festa da Boa Morte”. A programação prevê exposição fotográfica, apresentação de grupos samba-de-roda e participação da Irmandade da Boa Morte. Estão confirmadas presenças do governador Jaques Wagner, prefeitos, vereadores e deputados da região, estudantes e professores da Universidade Federal do Recôncavo, além da população local.

Já o segundo lançamento acontece quinta-feira, dia 11, às 10 horas, na cidade de Maragojipe, a 133 km da capital baiana, com livro e vídeo em DVD sobre o Carnaval dessa cidade. Com mais de 100 anos, a festa foi reconhecida pelo governo estadual como Patrimônio Imaterial em fevereiro do ano passado (2009).

“Através de decretos, o governador já possibilitou, de 2007 a 2010, os reconhecimentos de Patrimônios Imateriais da Festa da Boa Morte em Cachoeira, Carnaval de Maragojipe nesta cidade e Festa de Santa Bárbara em Salvador”, relata o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça. Até dezembro (2010), o IPAC termina a pesquisa sobre Desfile dos Afoxés, e até 2011, estudos sobre Ofício dos Vaqueiros, Ofício dos Mestres Organistas e Festa do Bembé em Santo Amaro. Todos terão publicações exclusivas e vídeodocumentários em DVD.

Com média de 120 páginas, os livros reúnem parte das pesquisas do IPAC. Trabalham nelas historiadores, sociólogos, museólogos, antropólogos, fotógrafos, arquitetos e outros técnicos. Os livros têm artigos inéditos, estudos histórico-antropológicos, entrevistas, iconografias, bibliografias e fotografias. As publicações fortalecem a relevância cultural e mística das manifestações, estimulam o turismo e diálogo internacional, e aumentam o número de visitantes nas duas regiões. Depois de lançados, os produtos são distribuídos gratuitamente nas redes públicas de ensino, universidades, bibliotecas e entidades culturais.

BENS IMATERIAIS – A distinção de imaterial ou intangível começou a ser utilizada a partir de 1997 pela Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (Unesco). Modos de fazer, ofícios tradicionais, celebrações, festas, danças e outras manifestações são exemplos de bens imateriais. O patrimônio imaterial abrange tradições que determinado grupo pratica e deseja preservar em respeito à ancestralidade, à importância do ato e com objetivo de resguardá-las. “Com o registro oficial esses patrimônios imateriais passam a ter prioridade nos programas e linhas de financiamento cultural municipais, federais e até internacionais, facilitando a preservação dessas tradições”, enfatiza o gerente de Pesquisa do IPAC, Mateus Torres.

Os estudos para o registro de um bem imaterial duram de seis meses até dois anos, a depender do tema pesquisado. “O dossiê deve provar, através de reconstituição histórica, com registros documentais, imagéticos e depoimentos, que é um bem a ser considerado Patrimônio do Estado e não somente de uma localidade”, esclarece Torres. As prefeituras são responsáveis por patrimônios de relevância municipal, o governo estadual por bens de representatividade para a Bahia, enquanto o governo federal fica com tutela dos bens de proeminência nacional. Mais informações são obtidas no site www.ipac.ba.gov.br ou na Gepel/IPAC via telefone (71) 3116-6741.

BOA MORTE – A irmandade religiosa de Nossa Senhora da Boa Morte existe em Cachoeira (BA) há mais de 200 anos, desde início do século 19 e é formada, historicamente, por mulheres negras e mestiças. A irmandade buscava resgatar mulheres negras da escravidão, pagando cartas de alforria, oferecendo proteção e facilitando fuga de escravos para quilombos. As pesquisas do IPAC garantem que já em 1820 a irmandade estava na cidade de Cachoeira, vinda de Salvador, fugindo do general Madeira de Mello que perseguia irmandades negras na capital.

100 ANOS – Maragogipe é sede de um dos mais tradicionais carnavais da Bahia com uso de máscaras, instrumentos musicais típicos e fantasias. Com três dias de duração os festejos têm influências africanas e européias, presença de caretas e pierrôs, que desfilam pelas ruas, remetendo ao carnaval europeu do século 19. Costumes e cantos afro-descendentes, herança de escravos, e bandas de sopro, são outras características dessa manifestação.

Fonte: SECULT-Ba


zevaldoemaragogipe.com

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