Depois de ser vista por 40 mil pessoas em São Paulo, a exposição Joseph Beuys – A Revolução Somos Nós chega ao MAM-Bahia na segunda-feira
Claudia Pedreira - Em dois meses, 40 mil pessoas foramao Sesc de São Paulo conferir a exposição Joseph Beuys – A Revolução Somos Nós. Agora será a vez de os baianos avaliarem a obra do realizador de esculturas, performances, vídeos e instalações, pois o projeto cumpre itinerância para a Bahia, com apoio da Secretaria de Cultura do Estado e IPAC.A mostra será aberta no Museu de Arte Moderna da Bahia, a partir da próxima segunda-feira, às 19 horas, e fica montada no local até 13 de fevereiro, com atividades paralelas, como oficinas e exibição de vídeos.
Para trazer as 250 peças para o Brasil, foi grande o zelo como material delicado-na maior parte utilizando o papel como suporte transportado da Alemanha.
Colecionadores apegados ao acervo não têm interesse em fazer circular os trabalhos.
Por estas e por outras, os brasileiros ficaram um longo tempo sem ter a noção exata da importância de um dos artistas contemporâneos mais influentes do planeta.
O apanhado mostrado em São Paulo e na Bahia, com curadoria do italiano Antonio d’Avossa, reúne obras criadas pelo artista entre 1964 e 1986, ano de sua morte. “Ele era, acima de tudo, um teórico, desde sempre discutiu a questão religiosa, a questão política, construiu uma obra de relevância referencial”, analisa a diretora do MAM, Solange Farkas.
Como presidente da Associação Cultural Vídeo brasil ela vinha, há dois anos,pensando em fazer a maior retrospectiva brasileira do autor. Antes, no país, o público viu pequenas amostras do trabalho do artista.
Em 2010, Solange quis endossar o tema da 29ª Bienal de São Paulo, de que é impossível separar a arte da política, e investiu, como curadora-geral, na vinda da retrospectiva ao país.
Comunicação “Para se comunicar, o homem usa a linguagem, gestos,meios. Quais meios usar para a ação política?”, perguntou Beuys. Ele mesmo respondeu que escolheu a arte como um meio de trabalhar para o homem no campo do pensamento.
“O resto, objetos, desenhos, performances, vem em segundo lugar. No fundo, não tenho muito a ver com a arte.A arte me interessa apenas enquanto possibilidade de dialogar como homem”, fechou o raciocínio.
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