Além já ser reconhecida como Patrimônio do Brasil desde 2009 pelo IPHAN, e como Patrimônio da Bahia a partir de 2006 pelo IPAC, segundo levantamento do Ministério da Cultura (MinC), a capoeira é o produto cultural brasileiro mais difundido no mundo
O Forte de Santo Antônio Além do Carmo sedia neste sábado (11) de 9 às 17h, e no domingo (12) de 9 às 12h, o Seminário de Proposição para Políticas Públicas da Capoeira na Bahia. O evento é promovido pela Federação de Capoeira da Bahia (Fecaba), entidade de direito privado e natureza filantrópica, sem fins lucrativos que visa a organização e o interesse de capoeiristas.
Segundo o mestre Máximo da Fecaba, um dos organizadores do encontro, o objetivo principal é ampliar a troca de idéias e a reflexão sobre a importância da capoeira angola e garantir que sua tradição seja mantida e disseminada. Mestres, contramestres e professores de capoeira pretendem discutir metas e políticas públicas, além de propor a manutenção dessa tradição ancestral.
Além já ser reconhecida como Patrimônio do Brasil desde 2009 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e como Patrimônio da Bahia pelo Instituto do Patrimônio Artístico e cultural da Bahia (IPAC) desde 2006, segundo o Ministério da Cultura (MinC), a capoeira é o produto cultural brasileiro mais difundido no mundo. Autarquia vinculada à secretaria estadual de Cultura (SecultBA), o IPAC também foi responsável pela restauração completa do forte coordena a administração do prédio, cedendo espaço para o evento.
Existente há mais de 500 anos, a Capoeira Angola “não é luta, é arte, é coreografia, é religião, é cultura, é filosofia, é concentração espiritual e é educação”, define Mestre Curió, que dedica 65 anos de sua vida à atividade.
A capoeira é uma expressão cultural de matriz africana, mas que surgiu no Brasil trazendo a mistura de luta, dança, cultura popular e música, a partir da chegada dos escravos africanos e seus descendentes. Essa expressão cultural é caracterizada por golpes e movimentos ágeis, utilizando os membros inferiores e superiores do corpo, elementos semelhantes a de uma acrobacia.
Segundo estudiosos a palavra capoeira é originária do tupi e refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Dentre os mais famosos representantes da capoeira na Bahia, estão o famoso mestre Pastinha, ou Vicente Ferreira Pastinha, que fundou a primeira escola de capoeira legalizada pelo governo baiano, mestre João Pequeno aluno de Pastinha, mestre João Grande, entre muitos outros. Outras informações sobre o seminário e marcação de pautas e entrevistas são disponibilizadas pela Fecaba, através do Mestre Máximo, via telefone (71) 9905-8121.
HISTÓRIA do FORTE – A fortificação é propriedade da União, mas está cedido à SecultBA. O IPAC restaurou, tombou como patrimônio cultural e administra o prédio que sedia academias de capoeira. O forte fica no mesmo lugar da extinta trincheira de defesa Baluarte de Santiago, construída em 1627, após a expulsão dos holandeses de Salvador. Na década de 1950, foi transformado em Casa de Detenção só vindo a ser desativada em 1976, sendo que, durante o regime militar, abrigou presos políticos. Atualmente o forte sedia ações de caráter social, educativo e cultural, desde as atividades das academias de capoeira até eventos que trabalham com linguagens e manifestações artísticas. Informações sobre o forte estão no endereço http://fortesantoantonio.blogspot.com.
Programação:
11/12 (Sábado)
9h Credenciamento
10h Mesa de Abertura
12h às 13h Intervalo para Almoço
13h às 17h Encerramento
11/12 (Sábado)
9h Credenciamento
10h Mesa de Abertura
12h às 13h Intervalo para Almoço
13h às 17h Encerramento
Grupos de Trabalho:
1- Capoeira, Identidade e Diversidade
2- Políticas de Fomento e Auto Sustentabilidade
3- Capoeira e Educação/Esporte e Lazer
4- Regulamentação
12/12 (Domingo)
9h Plenária Final – produção de documento
2- Políticas de Fomento e Auto Sustentabilidade
3- Capoeira e Educação/Esporte e Lazer
4- Regulamentação
12/12 (Domingo)
9h Plenária Final – produção de documento
Assessoria de Comunicação – IPAC – em 09.12.2010
Jornalista responsável: Geraldo Moniz (1498-MTBa) – (71) 8731-2641
Contatos ASCOM/IPAC: (71) 3116-6673, 3117-6490, ascom,ipac@ipac.ba.gov.br
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