Comemoração - esde quinta-feira, a cidade vive e respira na cadência do samba e, dia 2, está programada a grande festa para celebrar o gênero que, defende-se, nasceu na Bahia
Daniela Castro - Quem não gosta de samba está tendo boas oportunidades para rever seus conceitos. Afinal, desde a última quinta-feira, Salvador abriga uma série de homenagens ao mais brasileiro dos gêneros musicais.
Mas é para o dia 2 (quintafeira), oficialmente Dia Nacional do Samba, que está marcado o grande momento, como tradicional show na Praça Municipal, sob o comando do cantor e compositor Edil Pacheco.
A 39ª edição do evento reverencia a memória de Adoniran Barbosa, cujo centenário de nascimento foi comemorado em agosto. “Adoniran influenciou toda uma geração de compositores.
Amúsica brejeira está no inconsciente popular até hoje”, endossa o baiano Edil.
Mas é para o dia 2 (quintafeira), oficialmente Dia Nacional do Samba, que está marcado o grande momento, como tradicional show na Praça Municipal, sob o comando do cantor e compositor Edil Pacheco.
A 39ª edição do evento reverencia a memória de Adoniran Barbosa, cujo centenário de nascimento foi comemorado em agosto. “Adoniran influenciou toda uma geração de compositores.
Amúsica brejeira está no inconsciente popular até hoje”, endossa o baiano Edil.
Produtor À frente da organização do evento desde 1972, quando a festa ainda se chamava A Noite do Samba e Dendê, Edil Pacheco, natural da cidade de Maragogipe, também está entreas atrações da festa.
“Tem muita gente que pensa que eu sou produtor. Mas o que eu sei produzir mesmo é samba”, brinca o compositor de canções como Dengo, Alô, Madrugada (com Ederaldo Gentil), Aruandê (com Nelson Rufino) e Até o Dia de São Nunca (com Paulinho Diniz).
Mesmo assim, ele se orgulha de seu pioneirismo nas homenagens ao Dia Nacional do Samba, que fez escola em todo o País. “Este ano eu tive dificuldade de conseguir artista para cantar, porque já estão comemorando o Dia do Samba no Brasil todo”, revela, aproveitando para pedir envolvimento das instituições estaduais e municipais na organização da festa.
A programação conta com o apoio do Ministério da Cultura.
“O samba, dentro da rica diversidade musical brasileira, talvez seja a música que mais se destaca como uma joia do repertório musical do País”, justifica o ministro Juca Ferreira.
“Tem muita gente que pensa que eu sou produtor. Mas o que eu sei produzir mesmo é samba”, brinca o compositor de canções como Dengo, Alô, Madrugada (com Ederaldo Gentil), Aruandê (com Nelson Rufino) e Até o Dia de São Nunca (com Paulinho Diniz).
Mesmo assim, ele se orgulha de seu pioneirismo nas homenagens ao Dia Nacional do Samba, que fez escola em todo o País. “Este ano eu tive dificuldade de conseguir artista para cantar, porque já estão comemorando o Dia do Samba no Brasil todo”, revela, aproveitando para pedir envolvimento das instituições estaduais e municipais na organização da festa.
A programação conta com o apoio do Ministério da Cultura.
“O samba, dentro da rica diversidade musical brasileira, talvez seja a música que mais se destaca como uma joia do repertório musical do País”, justifica o ministro Juca Ferreira.
Encontros Dificuldades à parte, o público não deve ter do que se queixar.
A lista de atrações passa de 20 nomes, entre os quais estão artistas fundamentais do samba baiano, como Walmir Lima, Nelson Rufino, Roque Ferreira e Roberto Mendes.
Como é de praxe,o palco também servirá de cenário para o encontro de gêneros e gerações.
Moraes Moreira, que guarda admiração pelo samba desde os tempos dos Novos Baianos, já confirmou sua participação pela segunda vez. A dupla Antonio Carlos & Jocafi também fará participação no show, com clássicos como clássicos Dona da Casa, Desacato e Você Abusou.
O público ainda ouvirá vozes representantes das novas gerações, como Mariene de Castro, Juliana Ribeiro e Clécia Queiroz, que reverenciam o samba de raiz.
A lista de atrações passa de 20 nomes, entre os quais estão artistas fundamentais do samba baiano, como Walmir Lima, Nelson Rufino, Roque Ferreira e Roberto Mendes.
Como é de praxe,o palco também servirá de cenário para o encontro de gêneros e gerações.
Moraes Moreira, que guarda admiração pelo samba desde os tempos dos Novos Baianos, já confirmou sua participação pela segunda vez. A dupla Antonio Carlos & Jocafi também fará participação no show, com clássicos como clássicos Dona da Casa, Desacato e Você Abusou.
O público ainda ouvirá vozes representantes das novas gerações, como Mariene de Castro, Juliana Ribeiro e Clécia Queiroz, que reverenciam o samba de raiz.
Camaradas Para reforçar a homenagem ao legado de Adoniran Barbosa, o evento também abre espaçopara o samba de São Paulo, com destaque para o elogiado Quinteto em Branco e Preto, criado em1997, tendo a sambista Beth Carvalho como madrinha.
Masparaumpaulistaemparticular a festa terá sabor especial.
“Estou super felizdeter sido convidado. Sempre digo que o samba nasceu na Bahia e pra mimseráumprazer comemorar o dia do samba no lugar onde ele nasceu”, diz Carlinhos Vergueiro, que foi parceiro de Adoniran Barbosa.
“Tenho muita saudade de Adoniram. Aprendi muito com ele, inclusive vendo os shows porque ele tinha um domínio incrível da plateia, ele era um grande ator”, observa Vergueiro sobre o “camarada”.
Filho do ator Carlos Vergueiro, o cantor e compositor traz na bagagem canções como Torresmo à Milanesa, fruto da histórica parceria com Adoniran, registradaem1980.“ Depois”,ele avisa, “vou atender aos pedidos e às ordens de Edil Pacheco”.
Masparaumpaulistaemparticular a festa terá sabor especial.
“Estou super felizdeter sido convidado. Sempre digo que o samba nasceu na Bahia e pra mimseráumprazer comemorar o dia do samba no lugar onde ele nasceu”, diz Carlinhos Vergueiro, que foi parceiro de Adoniran Barbosa.
“Tenho muita saudade de Adoniram. Aprendi muito com ele, inclusive vendo os shows porque ele tinha um domínio incrível da plateia, ele era um grande ator”, observa Vergueiro sobre o “camarada”.
Filho do ator Carlos Vergueiro, o cantor e compositor traz na bagagem canções como Torresmo à Milanesa, fruto da histórica parceria com Adoniran, registradaem1980.“ Depois”,ele avisa, “vou atender aos pedidos e às ordens de Edil Pacheco”.
Prévia Se é Edil Pacheco quem manda, os sambadores de plantão já têm encontro marcado para começar a gastar a sola amanhã mesmo, num show de aquecimento no Largo de Quincas Berro D’Água (Pelourinho).
A prévia acontece a partir das 18 horas, com uma lista de convidados que não teve início e, por isso mesmo, pode não ter fim. “Vou ser o mestre de cerimônias.
Quem for chegando, vai cantando”, avisa Pacheco, anunciando que o forte da noite será o improviso
A prévia acontece a partir das 18 horas, com uma lista de convidados que não teve início e, por isso mesmo, pode não ter fim. “Vou ser o mestre de cerimônias.
Quem for chegando, vai cantando”, avisa Pacheco, anunciando que o forte da noite será o improviso
Programação Os shows dão continuidade a uma programação que começou na última quinta-feira, incluindo exposição itinerante direcionada a estudantes da rede pública de ensino, como o Colégio Estadual Bertholdo Cirilo dos Reis, localizado no subúrbio ferroviário.
Hoje e amanhã, o Senac da Praça da Sé abriga uma mostra de samba, dentro do projeto Jovem Aprendiz. A partir de segunda feira, uma exposição comemorativa será inaugurada no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador, seguindo em cartaz até o dia 10.
Hoje e amanhã, o Senac da Praça da Sé abriga uma mostra de samba, dentro do projeto Jovem Aprendiz. A partir de segunda feira, uma exposição comemorativa será inaugurada no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador, seguindo em cartaz até o dia 10.
Programação
HOJE Mostra de Samba, às 10h, no Senac (Praça da Sé) AMANHÃ Show com Edil Pacheco e convidados, a partir de 18h, no Largo de Quincas Berro D’Água (Pelourinho) QUINTA Show com Edil Pacheco, Walmir Lima, Nelson Rufino, Roque Ferreira, Moraes Moreira, Antonio Carlos & Jocafi e outros artistas, a partir das 19h, na Praça Municipal SEGUNDA Exposição no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador (Praça Thomé de Souza, Centro).
Até dia 10
Até dia 10
Livro traz resultado de mais de 20 anos de pesquisa sobre samba carioca
De onde veio o “samba batucado”? Para o pesquisador musical Humberto M. Franceschi, a origem está lá pelo final dos anos 1920, no coração do bairro do Estácio, no Rio de Janeiro.
O assunto é tão sério para o estudioso que ocupou duas décadas de seu trabalho. O resultado, agora, está disponível para os interessados em formato de livro e DVD.
Samba de Sambar do Estácio – 1928 a 1931, recém-lançado pelo Instituto Moreira Salles, lança um olhar sobre a época em que o samba passou pelas mãos de personagens como Ismael Silva, Brancura, Bide, Nilton Bastos, Getúlio Marinho e Heitor dos Prazeres.
O assunto é tão sério para o estudioso que ocupou duas décadas de seu trabalho. O resultado, agora, está disponível para os interessados em formato de livro e DVD.
Samba de Sambar do Estácio – 1928 a 1931, recém-lançado pelo Instituto Moreira Salles, lança um olhar sobre a época em que o samba passou pelas mãos de personagens como Ismael Silva, Brancura, Bide, Nilton Bastos, Getúlio Marinho e Heitor dos Prazeres.
Originais Para Franceschi, ao transformar os sambas-maxixes, tão populares naquela época, eles criaram algo original. “Estavam todos na casa dos 20 anos. Pertenciam a uma só geração, sem notícia de nenhuma outra anterior da qual pudessem ser herdeiros diretos”, anota o autor, lembrando que o forte dos rapazes, que pouco ou nada sabiam de violão ou cavaquinho, estava na percussão.
A publicação acompanha um DVD multimídia que reúne todas as 100músicas, 54 imagens e 21 depoimentos citados pelo estudo.
A publicação acompanha um DVD multimídia que reúne todas as 100músicas, 54 imagens e 21 depoimentos citados pelo estudo.
Carlinhos Vergueiro homenageia Adoniran Barbosa em novo disco
Da parceria que deu origem à canção Torresmo à Milanesa, Carlinhos Vergueiro colhe frutos até hoje. Tanto que são as canções de Adoniran Barbosa que servem de mote para seu novo disco, Dá Licença de Contar, que deve sair do forno dia 15.
O trabalho, que leva o nome de um dos maiores sucessos do compositor paulista, sai com a chancela da gravadora Biscoito Fino e de nomes consagrados da MPB, que se revezarão nos vocais para interpretar clássicos do homenageado.
O time inclui nomes como Chico Buarque, que irá interpretar Bom dia Tristeza, e Martinho da Vila, a quem coube a missão de resgatar Trem das Onze.
O trabalho, que leva o nome de um dos maiores sucessos do compositor paulista, sai com a chancela da gravadora Biscoito Fino e de nomes consagrados da MPB, que se revezarão nos vocais para interpretar clássicos do homenageado.
O time inclui nomes como Chico Buarque, que irá interpretar Bom dia Tristeza, e Martinho da Vila, a quem coube a missão de resgatar Trem das Onze.
Dobradinha O anfitrião comparece com oito faixas do projeto, entre as quais está Minha Nêga, que ele divide com o baiano Paulinho Boca de Cantor.
Carlinhos faz outra dobradinha para dar nova cara a Torresmo à Milanesa. Neste caso, coma filha Dora Vergueiro, que vem se dedicando ao samba, depois de passear por ritmos como forró e reggae. Sua empreitada mais recente é Samba Valente, lançado este ano também pela Biscoito Fino.
Carlinhos faz outra dobradinha para dar nova cara a Torresmo à Milanesa. Neste caso, coma filha Dora Vergueiro, que vem se dedicando ao samba, depois de passear por ritmos como forró e reggae. Sua empreitada mais recente é Samba Valente, lançado este ano também pela Biscoito Fino.
A Tarde
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