Ruy Espinheira Filho Escritor, pertence à Academia de Letras da Bahia refpoeta@terra.com.br
Ano após ano o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, foi crescendo em prestígio, transformando-se no Oscar nacional no campo das publicações. Conquistar um Jabuti era – e continua sendo – um reconhecimento maior. Recentemente, porém, o Grupo Record anunciou sua retirada da concorrência ao prêmio, devido ao método utilizado para a escolha do Livro do Ano em ficção e não-ficção.
Eu já vinha, há algum tempo, estranhando esse método, que libera uma votação geral, inclusive pela internet. Ora, concurso é concurso, implica julgamento de valor por pessoas preparadas para tal, nada a ver com eleições ao alcance de qualquer um. Então, com essa estranha abertura, é óbvio que estão sendo beneficiados os mais famosos. Muita gente que nunca leu os livros concorrentes (e às vezes nunca leu livro algum) pode enviar o seu voto e, assim, decidir uma escolha. É um erro, democratismo besta que só prejudica a produção cultural brasileira no mundo das publicações.
Não vou discutir os merecimentos de Chico Buarque, por exemplo, que é uma instituição – quase uma unanimidade – nacional.
Mas uma coisa é inegável: disputando o prêmio, sendo a eleição livre, ele leva grande vantagem. Porque muitos dos votos serão para o grande compositor, por pura e simples admiração. Creio, portanto, que a escolha do Livro do Ano deve ser submetida a uma comissão que tenha real preparo e independência para decidir.
Mas não só nessa categoria há problemas.
Sendo premiação de livros já publicados, com nome de autor na capa, cada vez pesa mais a fama do nome. Há autores que perdem, não pelo valor menor do livro, mas porque o outro freqüenta mais a mídia, é nome badalado – e às vezes tem poder na chamada República das Letras. É por isso que os prêmios a que se concorre compseudônimos acabam sendo os mais justos.
Mas os responsáveis já falam em providências para corrigir equívocos. E o grande Prêmio Jabuti continuará, certamente, com melhores comissões e escolhas feitas pelo valor mesmo da obra. É o que esperam os que se interessam pelo livro no Brasil
Eu já vinha, há algum tempo, estranhando esse método, que libera uma votação geral, inclusive pela internet. Ora, concurso é concurso, implica julgamento de valor por pessoas preparadas para tal, nada a ver com eleições ao alcance de qualquer um. Então, com essa estranha abertura, é óbvio que estão sendo beneficiados os mais famosos. Muita gente que nunca leu os livros concorrentes (e às vezes nunca leu livro algum) pode enviar o seu voto e, assim, decidir uma escolha. É um erro, democratismo besta que só prejudica a produção cultural brasileira no mundo das publicações.
Não vou discutir os merecimentos de Chico Buarque, por exemplo, que é uma instituição – quase uma unanimidade – nacional.
Mas uma coisa é inegável: disputando o prêmio, sendo a eleição livre, ele leva grande vantagem. Porque muitos dos votos serão para o grande compositor, por pura e simples admiração. Creio, portanto, que a escolha do Livro do Ano deve ser submetida a uma comissão que tenha real preparo e independência para decidir.
Mas não só nessa categoria há problemas.
Sendo premiação de livros já publicados, com nome de autor na capa, cada vez pesa mais a fama do nome. Há autores que perdem, não pelo valor menor do livro, mas porque o outro freqüenta mais a mídia, é nome badalado – e às vezes tem poder na chamada República das Letras. É por isso que os prêmios a que se concorre compseudônimos acabam sendo os mais justos.
Mas os responsáveis já falam em providências para corrigir equívocos. E o grande Prêmio Jabuti continuará, certamente, com melhores comissões e escolhas feitas pelo valor mesmo da obra. É o que esperam os que se interessam pelo livro no Brasil
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