Pedro Fernandes - No início do documentário Elza, a cantora aparece em close na tela e nos conta a história de quando foi ao show de calouros no rádio apresentado pelo compositor Adoniran Barbosa, que, à sua entrada, lhe perguntou de que planeta ela tinha vindo.“Do planeta fome”, respondeu.
A história, que o musicólogo Ricardo Cravo Albin garante ser verídica, embora emblemática, já é bastante conhecida.
A cantora sempre acaba sendo solicitada a contá-la em alguma entrevista.
Essa abertura dá uma idéia do que será o resto do documentário dirigido por Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldan, que estréia em Salvador amanhã. É uma colagem de depoimentos e digressões da própria Elza que trazem poucas informações inéditas sobre si mesma. Os duetos com personalidades da música brasileira, como Paulinho da Viola,Maria Bethânia e Caetano Veloso, são o grande trunfo da produção.
O violonista João de Aquino, a certa altura, diz que, para traduzir Elza Soares, é preciso entender seu canto, uma vez que a sua história ela conta como a mais triste ou a mais alegre, a depender da sua disposição.
Diante dessa justificativa o filme parece fugir da história da cantora e se excede nos depoimentos.
Sente-se falta de um trabalho maior de pesquisa e apuração, tanto de imagens como de fatos que marcaram sua carreira.
Sambista Outro desconforto vem do fato de o filme ora assumir que Elza é uma sambista, tanto nos depoimentos quanto nas músicas escolhidas para os duetos, ora assumir que ela está além da categorização.
Enquanto Caetano Veloso tenta uma análise que a desvincula da historiografia do samba e a põe como uma cantora versátil que se recusa a assumir um caminho ao qual estaria determinada, o documentário traz gente como o sociólogo Hermano Viana para teorizar sobre o gênero.
Apesar disso, o filme ainda tem seu valor documental ao deixar para a posteridade belos duetos, como Samba da Bênção, realizado com Maria Bethânia.
O que o prejudica é uma colagem e sobreposição de imagens de santos e velas que resultam um tanto cafona.No fim, é sempre bom ver Elza Soares em movimento. 8
A história, que o musicólogo Ricardo Cravo Albin garante ser verídica, embora emblemática, já é bastante conhecida.
A cantora sempre acaba sendo solicitada a contá-la em alguma entrevista.
Essa abertura dá uma idéia do que será o resto do documentário dirigido por Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldan, que estréia em Salvador amanhã. É uma colagem de depoimentos e digressões da própria Elza que trazem poucas informações inéditas sobre si mesma. Os duetos com personalidades da música brasileira, como Paulinho da Viola,Maria Bethânia e Caetano Veloso, são o grande trunfo da produção.
O violonista João de Aquino, a certa altura, diz que, para traduzir Elza Soares, é preciso entender seu canto, uma vez que a sua história ela conta como a mais triste ou a mais alegre, a depender da sua disposição.
Diante dessa justificativa o filme parece fugir da história da cantora e se excede nos depoimentos.
Sente-se falta de um trabalho maior de pesquisa e apuração, tanto de imagens como de fatos que marcaram sua carreira.
Sambista Outro desconforto vem do fato de o filme ora assumir que Elza é uma sambista, tanto nos depoimentos quanto nas músicas escolhidas para os duetos, ora assumir que ela está além da categorização.
Enquanto Caetano Veloso tenta uma análise que a desvincula da historiografia do samba e a põe como uma cantora versátil que se recusa a assumir um caminho ao qual estaria determinada, o documentário traz gente como o sociólogo Hermano Viana para teorizar sobre o gênero.
Apesar disso, o filme ainda tem seu valor documental ao deixar para a posteridade belos duetos, como Samba da Bênção, realizado com Maria Bethânia.
O que o prejudica é uma colagem e sobreposição de imagens de santos e velas que resultam um tanto cafona.No fim, é sempre bom ver Elza Soares em movimento. 8
Esse filme fala de Elza de forma sadia e gostosa, diz a artista
Antes da sessão de pré-estréia de Elza, que aconteceu na semana passada, a própria cantora compareceu ao Cine XIV para falar coma imprensa e com o público. Muito emocionada, ela agradeceu a homenagem que o filme lhe faz. “Esse filme fala de Elza de maneira sadia e gostosa. Fala da mulher de uma forma limpa”.
A cantora revelou que um dos momentos mais difíceis do processo de filmagem foi suportar as dores causadas pela diverticulite, que, na época, ainda não havia sido diagnosticada.
A cantora sofreu uma cirurgia por conta da doença em 2007.
“Achava que não veria esse documentário pronto. Sem querer ser durona, sou do tipo quando se corta não sangra, quando sangra não dói, quando dói não choro”, salientou.
A cantora falou ainda do novo CD com o violonista João de Aquino. Gravado apenas com voz e violão, o produção vai se chamar Arrepios. Ano que vem, um novo filme sobre a cantora deverá começar a ser rodado.
Elza foi convidada pelo Banco de Nordeste e pela Saladearte, que desenvolvem projeto voltado para o cinema nacional, com realização de oficinas e sessões de formação de plateia.
A cantora revelou que um dos momentos mais difíceis do processo de filmagem foi suportar as dores causadas pela diverticulite, que, na época, ainda não havia sido diagnosticada.
A cantora sofreu uma cirurgia por conta da doença em 2007.
“Achava que não veria esse documentário pronto. Sem querer ser durona, sou do tipo quando se corta não sangra, quando sangra não dói, quando dói não choro”, salientou.
A cantora falou ainda do novo CD com o violonista João de Aquino. Gravado apenas com voz e violão, o produção vai se chamar Arrepios. Ano que vem, um novo filme sobre a cantora deverá começar a ser rodado.
Elza foi convidada pelo Banco de Nordeste e pela Saladearte, que desenvolvem projeto voltado para o cinema nacional, com realização de oficinas e sessões de formação de plateia.
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