Manifestação popular assume peculiaridades a depender da região

O samba de roda em cada região assume características próprias.

Ligeiro, corrido, mais lento, com a presença só da primeira voz, com primeira e a segunda voz, com passos para frente, para o lado, para trás, comou sem umbigada, ele mostra sua diversidade e riqueza.

Manoel Euclides, presidente do Filhos de Araçatiba, de São Sebastião do Passé, que se apresenta na abertura do Circuito do Samba - A Roda de Samba no Pelô, na sexta feira, informa que seu grupo é formado por 15 pessoas, nove homens e seis mulheres, jovens e maduros, que, além de sambar, tocam timbau, pandeiro, violão e também cavaquinho.

"As mulheres vão se apresentar de blusa branca e saias rodadas floridas e os homens de camisa branca e calça preta. É tudo muito bonito. A gente vai fazer o que gosta, mostrando a nossa arte", afirma Manoel Euclides, que é filho de uma família de sambadores.

Já Ailton Raimundo Martins, do grupo Raízes de Santo Amaro, que se apresenta dia 30, afirma que seu grupo, que tem 16 pessoas, faz o samba corrido.

"No samba chula, há a primeira e segunda voz. No samba corrido, não. Cada cidade samba diferente e nosso grupo mostra o samba e o maculelê" , frisa.

Recursos Os recursos para o projeto foram da ordem de R$ 60 mil, por meio de edital de circulação de música da Secretaria da Cultura (Secult).

O presidente da Associação de Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia - Asseba, Rosildo Moreira Rosário, frisa que sem contar com esta verba, que o presidente ainda considera pouca, o projeto estaria em dificuldade.