O professor da FTC EAD e promotor de Justiça do Ministério Público da Bahia, Almiro Sena, lança o livro "A cor da pele: na sociedade racista do Brasil, o normal é ser branco".O lançamento da obra acontece nesta terça-feira (23), às 19h, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Salvador, em homenagem ao Dia da Consciência Negra.
Na ocasião, também acontecerá a palestra "Os Direitos Humanos sob a perspectiva étnico-racial", no plenário da Câmara Municipal.O livro é contundente nas constatações do autor de que a cor da pele influencia na existência da exclusão social e de que a teoria da superioridade de certas raças humanas sobre as demais é uma realidade prejudicial ao desenvolvimento da população negra do Brasil.
'O discurso da negação do preconceito e da discriminação racial contribui para reforçar sua existência e impossibilita sua desconstrução ideológica entre o grupo discriminador, além de facilitar a sua reprodução no grupo discriminado e dificultar a implementação de medidas de promoção da igualdade', afirma o promotor.
A obra foi extraída da tese de dissertação do professor Almiro Sena para o mestrado em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social da Fundação Visconde de Cairu e aborda os conceitos fundamentais para o debate acadêmico sobre o desenvolvimento humano e a questão étnico-racial; a ocultação das barreiras institucionais contra a população negra no Brasil; a condescendência da legislação brasileira com o racismo no país; o sistema de cotas e a meritocracia brasileira; a especificidade do racismo no Brasil; e o racismo e sua relação com o sistema de justiça criminal no país.
Segundo o promotor, uma especificidade do racismo no Brasil que dificulta o seu combate e a sua desconstrução é o fato de que, muitas vezes, a sua prática ocorre de maneira velada, quase imperceptível para aqueles que não se encontrando entre os discriminados não conseguem (ou não querem) ver a agressão.
Em sua obra, ele aborda a estética racista, o racismo na televisão, no futebol; trata da falácia da argumentação anti-cotas e cita casos de racismo praticado pelo sistema judicial criminal e pela imprensa, como "O crime do bar Bodega", relatado pelo jornalista Carlos Dorneles, no livro "Bar Bodega, um crime de imprensa".
Na ocasião, também acontecerá a palestra "Os Direitos Humanos sob a perspectiva étnico-racial", no plenário da Câmara Municipal.O livro é contundente nas constatações do autor de que a cor da pele influencia na existência da exclusão social e de que a teoria da superioridade de certas raças humanas sobre as demais é uma realidade prejudicial ao desenvolvimento da população negra do Brasil.
'O discurso da negação do preconceito e da discriminação racial contribui para reforçar sua existência e impossibilita sua desconstrução ideológica entre o grupo discriminador, além de facilitar a sua reprodução no grupo discriminado e dificultar a implementação de medidas de promoção da igualdade', afirma o promotor.
A obra foi extraída da tese de dissertação do professor Almiro Sena para o mestrado em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social da Fundação Visconde de Cairu e aborda os conceitos fundamentais para o debate acadêmico sobre o desenvolvimento humano e a questão étnico-racial; a ocultação das barreiras institucionais contra a população negra no Brasil; a condescendência da legislação brasileira com o racismo no país; o sistema de cotas e a meritocracia brasileira; a especificidade do racismo no Brasil; e o racismo e sua relação com o sistema de justiça criminal no país.
Segundo o promotor, uma especificidade do racismo no Brasil que dificulta o seu combate e a sua desconstrução é o fato de que, muitas vezes, a sua prática ocorre de maneira velada, quase imperceptível para aqueles que não se encontrando entre os discriminados não conseguem (ou não querem) ver a agressão.
Em sua obra, ele aborda a estética racista, o racismo na televisão, no futebol; trata da falácia da argumentação anti-cotas e cita casos de racismo praticado pelo sistema judicial criminal e pela imprensa, como "O crime do bar Bodega", relatado pelo jornalista Carlos Dorneles, no livro "Bar Bodega, um crime de imprensa".
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