Com persistência, delicadeza, imposição e sensibilidade, as mulheres assumiram o comando dos tambores, que antes era ocupado apenas pelos homens. Com o passar do tempo o preconceito persiste, mas passou a dividir o espaço com a admiração ou a obrigação de reconhecer o potencial feminino.
A presidente da banda A Mulherada, Mônica Kalile e a maestrina da Didá, Adriana Portela, afirmaram, ontem, durante o seminário Chame Gente, organizado pelo Grupo A TARDE, que o caminho para a igualdade ainda é longo, masa vontade da conquista é maior. “Rompemos barreiras com um toque especial e mudamos a forma de fazer percussão”, disse Mônica.
Quando pediu ao mestre Neguinho do Samba para aprender a tocar repique, a hoje maestrina Adriana teve que convencê-lo. “Ele dizia que já tinha tentado fazerum grupo de mulheres, mas não deu certo. Mas pedi tanto que ele resolveu deixar, juntou mais algumas meninas e, quando se deu conta, já estávamos formando a Didá”, contou.
O início da Mulherada como banda também não foi intencional. “Fomos convidadas para integrar o projeto Tambores da Liberdade na abertura do Carnaval e não paramos mais”, contou Mônica.
Os motivos para desistir não foram poucos. “Ouvimos muito que lugar de mulher era em casa, cuidando de limpeza, roupa e filhos”, contou a presidente da Mulherada.
No entanto, a postura masculina vem mudando. “Hoje sinto que muitos homens olham com receio, pois sabem que temos o conhecimento musical e sabemos tocar.
Estamos chegando no patamar do respeito”, explicou a maestrina da Didá.
Geralmente, as agremiações formadas por mulheres são criadas com o intuito de dar destaque a quem costumava ser colocada em funções sem visibilidade e não tinha oportunidade de curtir a festa. “Ficávamos sempre em segundo plano. Fazendo fantasia e produzindo a festa.
Mas era necessário ir pra rua e trazer nossa mensagem, do nosso jeito e para o nosso povo”, contou Adriana.
Para Mônica Kalile a forma de tocar é mais um diferencial que destaca a inserção feminina na percussão. “O homem bate o tambor e a mulher tira o som do instrumento.
Utilizamos mais charme do que força”. As dificuldades são encaradas como desafios a superar. “Querer fazer é o que nos faz aguentar o peso dos instrumentos. Mas utilizamos objetos de proteção”, completou.
Sonho No ano em que o Carnaval será encerrado no Dia Internacional da Mulher, dia 8 de março, Mônica Kalile aposta na comemoração em grande estilo.
“Meu sonho é reunir mulheres de grupos de percussão de vários bairros na terçafeira. Ainda somos minoria nos grandes blocos de percussão, mas temos que mostrar nossa capacidade e o lugar que merecemos ficar”.
A presidente da banda A Mulherada, Mônica Kalile e a maestrina da Didá, Adriana Portela, afirmaram, ontem, durante o seminário Chame Gente, organizado pelo Grupo A TARDE, que o caminho para a igualdade ainda é longo, masa vontade da conquista é maior. “Rompemos barreiras com um toque especial e mudamos a forma de fazer percussão”, disse Mônica.
Quando pediu ao mestre Neguinho do Samba para aprender a tocar repique, a hoje maestrina Adriana teve que convencê-lo. “Ele dizia que já tinha tentado fazerum grupo de mulheres, mas não deu certo. Mas pedi tanto que ele resolveu deixar, juntou mais algumas meninas e, quando se deu conta, já estávamos formando a Didá”, contou.
O início da Mulherada como banda também não foi intencional. “Fomos convidadas para integrar o projeto Tambores da Liberdade na abertura do Carnaval e não paramos mais”, contou Mônica.
Os motivos para desistir não foram poucos. “Ouvimos muito que lugar de mulher era em casa, cuidando de limpeza, roupa e filhos”, contou a presidente da Mulherada.
No entanto, a postura masculina vem mudando. “Hoje sinto que muitos homens olham com receio, pois sabem que temos o conhecimento musical e sabemos tocar.
Estamos chegando no patamar do respeito”, explicou a maestrina da Didá.
Geralmente, as agremiações formadas por mulheres são criadas com o intuito de dar destaque a quem costumava ser colocada em funções sem visibilidade e não tinha oportunidade de curtir a festa. “Ficávamos sempre em segundo plano. Fazendo fantasia e produzindo a festa.
Mas era necessário ir pra rua e trazer nossa mensagem, do nosso jeito e para o nosso povo”, contou Adriana.
Para Mônica Kalile a forma de tocar é mais um diferencial que destaca a inserção feminina na percussão. “O homem bate o tambor e a mulher tira o som do instrumento.
Utilizamos mais charme do que força”. As dificuldades são encaradas como desafios a superar. “Querer fazer é o que nos faz aguentar o peso dos instrumentos. Mas utilizamos objetos de proteção”, completou.
Sonho No ano em que o Carnaval será encerrado no Dia Internacional da Mulher, dia 8 de março, Mônica Kalile aposta na comemoração em grande estilo.
“Meu sonho é reunir mulheres de grupos de percussão de vários bairros na terçafeira. Ainda somos minoria nos grandes blocos de percussão, mas temos que mostrar nossa capacidade e o lugar que merecemos ficar”.
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