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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Salvador pode sediar abertura da Copa


Adriano Villela
"Salvador tem todas as condições de realizar a abertura da Copa de 2014”. A avaliação é do ministro do Esporte, o baiano Orlando Silva, que visitou ontem o canteiro de obras da Fonte Nova. Segundo o gestor, a capital baiana tem como vantagens ter postulado o evento, demonstrar uma unidade poder público-iniciativa privada e tem seu estádio um destacado estágio de realização. O representante do governo Federal estava acompanhado do governador Jaques Wagner, dirigente da Fonte Nova Participações, secretários e parlamentares.
Para Orlando Silva, Salvador nada tem a dever, em termos de estádio, para qualquer outra subsede. “Salvador está na linha de frente dos estádios da Copa”, disse. Em coletiva à imprensa, o ministro avaliou que Salvador está em condições plenas para abrir a Copa. A seu ver, há desafios - como a necessidade de ampliar o Aeroporto Internacional -, que estão sendo enfrentados. Ontem à tarde, Silva se reuniu com a cúpula do governo do estado, da prefeitra e de órgãos federais para debater o andamento das ações na Bahia.
Ao tratar da abertura do evento futebolístico, Jaques Wagner destacou que o projeto da Fonte Nova permite a ampliação por meio de instalações provisórias no espaço da abertura da ferradura. A alternativa é endossada pelos responsáveis por construir o novo estádio. “O objetivo é que ali comporte os acentos adicionais e eventuais outros lugares que sejam necessários pra se fazer a abertura da Copa”, confirmou o presidente da Fonte Nova Negócios e Participações, Dênio Cidreira.
Antes da coletiva, Dênio Cidreira presenteou Orlando Silva e Jaques Wagner com um quadro mostrando o atual estágio da obra e levando a assinatura dos operários que atuam nos trabalhos. O ministro recebeu também a cópia da carta que o Convention Bureau enviou à Federação Internacional de Futebol.
Jaques Wagner ressaltou um argumento político em favor de Salvador. De acordo com o governador baiano, tanto as gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a atual presidente, Dilma Rousseff, priorizam o equilíbrio do crescimento entre as regiões. “Se o encerramento vai ser no Sul-Sudeste, nada mais equilibrado do que a abertura ser no Norte-Nordeste”, disse Wagner. “Nada mais simbólico do que a Copa sair da África (o último Mundial ocorreu na África do Sul, em 2010) para as terras da Bahia”.
Contingenciamento - O gestor da Bahia assegurou que nem eventuais dúvidas do Tribunal de Contas da União – que vem sendo informado dos projetos – nem o contingenciamento anunciado pelo governo federal vão atrapalhar. Na Bahia, os cerca de R$ 500 milhões previstos para mobilidade urbana já estão contratados. Wagner, inclusive, teve uma audiência com a presidente Dilma Rousseff anteontem, onde tratou desta questão e do metrô de Salvador.
Jaques Wagner considerou normal, de primeiro ano de governo. Exemplificou com o próprio exemplo – pretende contingenciar R$ 1,1 bilhão, mesmo inicando a segunda gestão seguinte.  Orlando Silva, por sua vez, relatou que, em um evento realizado em São Paulo, ouviu a própria presidente classificar a Copa do Mundo como uma de suas prioridades. O ministro do Esporte negou qualquer problema político ligado à prefeitura que venha a atrapalhar a Copa do Mundo na capital baiana.

Oportunidade para fornecedores baianos

As estacas utilizadas na primeira etapa da fundação da Arena Fonte Nova foram fornecidas por uma empresa de Feira de Santana. Esta é apenas a primeira oportunidade aproveitada por empreendedores do estado. Segundo o governador Jaques Wagner, o projeto do novo estádio foi articulado com a iniciativa privada no sentido de que 70% do material utilizado seja fornecido por empresas baianas. Quando não houver fornecedor baiano, a matéria-prima será adquirida fora.
O modelo, que objetiva adensar as cadeias produtivas do estado, já vem sendo implementado no Turismo – fornecimento para hotéis e similares. Outro nicho que surge para a economia baiana são as construções da Ferrovia Oeste-Leste e do Porto Sul, conforme noticiado na edição da última quinta-feira por esta Tribuna.
Wagner disse que o projeto da Fonte Nova buscou ainda contribuir para a valorização do Centro Antigo, unindo a área do Dique do Tororó ao Pelourinho, Terreiro de Jesus e circunvizinhos.

Além da Fonte Nova, o entorno da arena contará com uma casa de shows e um empreendimento que pode ser um shopping ou um centro de escritórios comerciais. “Atrair e manter eventos será o mais importante”, disse.
O governador baiano defendeu o valor da obra da arena (R$ 591 milhões) – o TCU questiona o montante dos recursos destinados a estádios em outros estádios, a exemplo do Maracanã, cuja reforma está orçada em R$ 700 milhões. Wagner argumenta que a Fonte Nova Negócios e Participações fez a demolição do equipamento antigo, construirá a nova arena e vai gerir o equipamento. 
“Trazendo os valores para o presente, buscou-se o formato mais inteligente”, assinala Wagner. Trazer para o presente é um conceito básico na área de gestão financeira e significa, em síntese, descontar a inflação projetada para os próximos anos com o fim de obter o poder de compra no futuro de um pagamento acertado hoje. Por exemplo: em 2014, os R$ 590 milhões aplicados na Fonte Nova vai equivaler a este montante em valores atuais menos a inflação entre fevereiro 2011-2014. O mesmo ocorre com as parcelas que o governo estadual pagará à FNNP num intervalo de 15 anos e após a finalização da obra.

Arquibancadas à vista

As arquibancadas da Nova Fonte serão erguidas a partir de maio deste ano. A previsão é do presidente da Fonte Nova Negócios e Participações, Dênio Cidreira. Desde o mês passado, a obra da Fonte Nova entrou na fase de testes de cargas e cravação de estacas pré-moldadas e passará agora para a fase de concretagem da fundação. “Quem circula por fora já consegue ver as estacas (da estrutura)”, destacou Cidreira.
 “Já podemos notar até a demarcação de onde vai ficar o campo” O presidente da FNNP acredita que a visita técnica de ontem deixou uma boa impressão às autoridades, ao mostrar o atual estágio da obra. A partir do próximo mês, serão iniciados  os trabalhos de pilares externos e montagem dos pré-moldados. Trabalham na construção do estádio da Copa 208 operários e 140 pessoas de administrativo. Em dezembro, quando a obra atinge a fase de pico, serão 1.400 trabalhadores, sendo 1.200 diretamente na obra.
A atual etapa da obra envolve 26 caminhões-caçamba, seis bate-estacas e seis escavadeiras.  Entre outubro e dezembro deste ano, quando serão executados a estrutura de concreto, intstalações e início da fase de acabamento, o projeto contará com 61 máquinas, como escavadeiras, central de concreto, guindastes, grua, caminhões betoneira, entre outras.
A Nova Fonte Nova (nome provisório) ocupará um terreno de 116 mil metros quadrados, 90 mil metros quadrados dedicados à arena multiuso e 26 mil metros quadrados para área de hospitalidade da Fifa e edifício-garagem. Terá capacidade inicial para 50 mil lugares cobertos e vagas para 2 mil carros. Em termos arquitetônicos, preservará o formato de ferradura do antigo estádio – inaugurado em 1951 e implodido em agosto de 2010 -, com abertura para o Dique do Tororó.

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