O Carnaval é uma das manifestações mais vitais da cultura baiana. Ele expressa o jeito de ser dos baianos, a alegria e a criatividade de nosso povo. O Carnaval, com todos os seus sabores e também dissabores, conforma parte da imagem pública deste Estado chamado Bahia.
Ele mobiliza multidões de foliões, baianos e turistas, que pulam o Carnaval, e de trabalhadores que fazem a festa, gerando emprego e renda para muitos, ainda que sua distribuição nem sempre seja a mais justa.
Assim, ele tem enorme significado não apenas para aqueles que brincam o Carnaval, mas para toda a Bahia.
Nesta perspectiva, a festa merece um tratamento muito especial como expressão cultural viva e lúdica de nossa população.
O Conselho Estadual de Cultura sugeriu recentemente a criação de um Museu do Carnaval.
Em uma interpretação livre desta interessante proposta, pode-se imaginar uma casa, espaço, usina. Um ambiente pulsante que acolha de modo permanente, mas em constante movimento como um trio elétrico, toda sua constelação de estrelas, sonoridades, imagens e personalidades.
Um lugar vital da memória e de justa homenagem a toda criatividade, criaturas e criações que animam o Carnaval. Um território presencial para que baianos, turistas, pesquisadores conheçam mais a festa.
Um espaço virtual, conectado em rede e tecnologicamente avançado, como nosso Carnaval, para levar, outra vez mais, ao mundo esta mensagem de festa, paz e alegria.
Mas este sonho só pode se tornar realidade como construção coletiva, que reúna muitos corações e mentes, como no Carnaval, e mobilize Estado, sociedade civil e todo o povo da festa.
Outro componente pede passagem neste bloco de Carnaval. Paulo Miguez, pesquisador da festa, vem propondo a realização de seminários internacionais dos carnavais da América ou do mundo, que possibilitem um diálogo intercultural com a diversidade de modos de organizar e brincar a festa. Os carnavais são muitos. Assumem diferentes modos de se realizar e estão em variados lugares das Américas e do mundo. A Bahia pode ser um polo para acolher, aglutinar e discutir esta diversidade da festa. A dimensão de nosso Carnaval permite propor Salvador como ponto de encontro dos carnavais das Américas e do mundo. A cultura se desenvolve sempre e necessariamente através do intercâmbio de estoques e fluxos culturais. Os seminários podem projetar ainda mais nossa festa e reforçar a promoção da diversidade cultural, parâmetro contemporâneo para pensar a riqueza das nações.
O bloco pode ter sua apoteose com a imaginação de uma nova governança para a intervenção do governo do Estado no apoio ao Carnaval. Hoje o governo baiano é o principal responsável pelo financiamento de nosso Carnaval. Segurança, saúde, cobertura midiática e inúmeras manifestações culturais, dentre outras iniciativas, são assumidas pelo governo estadual. Entretanto esta vigorosa atuação acontece de modo fragmentado e disperso.
Inspirado no programa Carnaval Ouro Negro, existente desde 2008 e imaginado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, poderia ser criado um fundo específico para financiar a festa com aporte de todos os órgãos estaduais que já apóiam o Carnaval e de outras instâncias estimuladas a fazer o mesmo. Um fundo de funcionamento republicano, transparente, gerido de modo democrático e participativo pelo conjunto de entes institucionais, públicos e da sociedade civil, envolvidos com o Carnaval. Um fundo envolto por uma política de estimulo à diversidade e à criatividade, como uma governança que estimulasse o planejamento e a melhor organização de uma das maiores festas do mundo contemporâneo.
Este conjunto de intervenções - usina, seminários, fundo de apoio e governança - por certo irá dar potência à nossa grande festa. Os serviços necessários serão aprimorados, as entidades carnavalescas terão mais tempo para se preparar e o apoio do poder público estadual será mais adequado e justo. Tudo para ampliar a criatividade, a espontaneidade e a animação da nossa maravilhosa festa.
A dimensão de nosso Carnaval permite propor Salvador como ponto de encontro dos carnavais das Américas e do mundo.
A cultura se desenvolve através do intercâmbio
Antonio Albino Canelas Rubim Secretário de Cultura do Estado da Bahia rubim@ufba.br
Assim, ele tem enorme significado não apenas para aqueles que brincam o Carnaval, mas para toda a Bahia.
Nesta perspectiva, a festa merece um tratamento muito especial como expressão cultural viva e lúdica de nossa população.
O Conselho Estadual de Cultura sugeriu recentemente a criação de um Museu do Carnaval.
Em uma interpretação livre desta interessante proposta, pode-se imaginar uma casa, espaço, usina. Um ambiente pulsante que acolha de modo permanente, mas em constante movimento como um trio elétrico, toda sua constelação de estrelas, sonoridades, imagens e personalidades.
Um lugar vital da memória e de justa homenagem a toda criatividade, criaturas e criações que animam o Carnaval. Um território presencial para que baianos, turistas, pesquisadores conheçam mais a festa.
Um espaço virtual, conectado em rede e tecnologicamente avançado, como nosso Carnaval, para levar, outra vez mais, ao mundo esta mensagem de festa, paz e alegria.
Mas este sonho só pode se tornar realidade como construção coletiva, que reúna muitos corações e mentes, como no Carnaval, e mobilize Estado, sociedade civil e todo o povo da festa.
Outro componente pede passagem neste bloco de Carnaval. Paulo Miguez, pesquisador da festa, vem propondo a realização de seminários internacionais dos carnavais da América ou do mundo, que possibilitem um diálogo intercultural com a diversidade de modos de organizar e brincar a festa. Os carnavais são muitos. Assumem diferentes modos de se realizar e estão em variados lugares das Américas e do mundo. A Bahia pode ser um polo para acolher, aglutinar e discutir esta diversidade da festa. A dimensão de nosso Carnaval permite propor Salvador como ponto de encontro dos carnavais das Américas e do mundo. A cultura se desenvolve sempre e necessariamente através do intercâmbio de estoques e fluxos culturais. Os seminários podem projetar ainda mais nossa festa e reforçar a promoção da diversidade cultural, parâmetro contemporâneo para pensar a riqueza das nações.
O bloco pode ter sua apoteose com a imaginação de uma nova governança para a intervenção do governo do Estado no apoio ao Carnaval. Hoje o governo baiano é o principal responsável pelo financiamento de nosso Carnaval. Segurança, saúde, cobertura midiática e inúmeras manifestações culturais, dentre outras iniciativas, são assumidas pelo governo estadual. Entretanto esta vigorosa atuação acontece de modo fragmentado e disperso.
Inspirado no programa Carnaval Ouro Negro, existente desde 2008 e imaginado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, poderia ser criado um fundo específico para financiar a festa com aporte de todos os órgãos estaduais que já apóiam o Carnaval e de outras instâncias estimuladas a fazer o mesmo. Um fundo de funcionamento republicano, transparente, gerido de modo democrático e participativo pelo conjunto de entes institucionais, públicos e da sociedade civil, envolvidos com o Carnaval. Um fundo envolto por uma política de estimulo à diversidade e à criatividade, como uma governança que estimulasse o planejamento e a melhor organização de uma das maiores festas do mundo contemporâneo.
Este conjunto de intervenções - usina, seminários, fundo de apoio e governança - por certo irá dar potência à nossa grande festa. Os serviços necessários serão aprimorados, as entidades carnavalescas terão mais tempo para se preparar e o apoio do poder público estadual será mais adequado e justo. Tudo para ampliar a criatividade, a espontaneidade e a animação da nossa maravilhosa festa.
A dimensão de nosso Carnaval permite propor Salvador como ponto de encontro dos carnavais das Américas e do mundo.
A cultura se desenvolve através do intercâmbio
Antonio Albino Canelas Rubim Secretário de Cultura do Estado da Bahia rubim@ufba.br
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