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quinta-feira, 26 de maio de 2011

G1 .globo.com Personalidades baianas comentam morte de Abdias Nascimento

Líder do movimento negro é tido como principal nome da luta antirracismo.
Abdias morreu na noite de segunda-feira (23), no Rio de Janeiro.
Tatiana Maria Dourado Do G1 BA

“Os jovens baianos começaram a se conscientizar de que o racismo existia em 1978, depois de uma palestra de Abdias Nascimento sobre os 90 anos da abolição”, relata a primeira reitora negra da Bahia pela Uneb, Ivete Sacramento. A gestão de Ivete começou em 1998, mesmo ano em que o militante negro Abdias do Nascimento, que morreu na noite de segunda-feira (23), recebeu o título de cidadão baiano. “Ele pode ser considerado o grande líder contemporâneo do Brasil. As políticas públicas para diminuir o racismo e de promoção da igualdade social foram bandeiras hasteadas por ele”, complementa Sacramento.
O eco da morte de Abdias Nascimento entoa nas lembranças dos integrantes do movimento da Bahia. “Nós encaramos Abdias como maior símbolo da resistência e coerência, que não era apenas discurso, estava na prática cultural e política. Ele é o ídolo insubstituível da comunidade negra. Agora passou para outro plano, mas será sempre Abdias: aquele que não morre”, afirma o Phd em História da Cultura Negra, o professor Jaime Sodré.

A ialorixá Mãe Stella de Oxóssi foi surpreendida pela notícia. “Ele mobilizou a mocidade negra, é um exemplo de esforço e de resistência. É a figura essencial do movimento”, afirma. Para Antônio Carlos dos Santos Vovô, presidente do Ilê Aiyê, a comunidade negra está de luto. “Morreu o nosso grande professor, liderança, referência. Ficamos muito mais fortalecidos quando o conhecemos”, conta.

A relação entre a construção da identidade negra com a linguagem teatral também é marco na Bahia por conta de Abdias Nascimento, fundador do Teatro Experimental do Negro (TEN) em 1944, no Rio de Janeiro. Para o diretor teatral Marcio Meirelles, o TEN é a referência seminal do teatro negro, a semente de uma árvore que hoje já está enorme. Engajado no teatro negro, Meirelles lembra a responsabilidade da reconstrução diária da herança simbólica deixado por Abdias. “Sabemos que é como perder uma biblioteca, um monumento, uma catedral, um terreiro. Ele é o farol que guia a gente e temos a responsabilidade de levar tudo adiante”, reflete.
O ator baiano Lázaro Ramos que iniciou carreira no Bando de Teatro Olodum, sendo dirigido por Márcio Meirelles durante sua residência no grupo, também manifestou sentimentos com a morte de Abdias. "Ele era inspiração para todos nós. Guerreiro que tem um legado político cultural e educacional inestimável", disse.

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