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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Texto 1 da viideoconferência de 22/11

Quilombos da Bahia
Antonio Olavo
Resultado de quatro de pesquisa e trabalho de campo, o filme documentário Quilombos da Bahia, lançado em 2004, é uma produção da PORTFOLIUM e tem a direção de Antonio Olavo, que juntamente com uma equipe de 6 pessoas, durante 90 dias, percorreu mais de 12 mil km, filmando em 69 comunidades negras do estado da Bahia. Com este trabalho, Olavo acredita ter trazido um pouco mais de informações sobre as desconhecidas comunidades remanescentes dos quilombos. "Na Bahia existem centenas de comunidades negras, muitas delas seculares, espalhadas por todo o estado. Nosso trabalho foi a partir de uma abordagem etnográfica do tema, buscar recolher os fragmentos de uma ancestralidade ainda presente nas pessoas mais idosas das comunidades, ao mesmo tempo em que registramos as histórias, o cotidiano, a cultura e as estratégias de sobrevivência de cada lugar."
A Bahia é o estado de maior presença negra do Brasil, com mais de 75% de sua população afrodescendente e isto evidencia a implantação de uma consistente rede de dominação escravista, que perdurou por mais de 350 anos. Por outro lado, foi também na Bahia onde a resistência negra contra a escravidão, aflorou com mais densidade, pois além das insurreições urbanas como Búzios, Malês, etc., destacou-se o surgimento de quilombos, que se constituíram em verdadeiros símbolos da resistência e luta pela liberdade.
Trabalho pioneiro no Brasil, uma das coisas que marcou a trajetória do filme, foi a sua distribuição, junto com um Mapa dos Quilombos da Bahia e um Manual Pedagógico, como doação para 4.333 escolas públicas do Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) e Médio da Bahia, atingindo em um primeiro momento mais de 2 milhões estudantes.
Para Antonio Olavo: “No geral, o conhecimento que se tem sobre Quilombos é basicamente histórico, havendo ainda poucos estudos com caráter antropológico e etnográfico. Diante da grande carência de informações atuais sobre o tema, este documentário surge como um instrumento que busca contribuir com a valorização da memória negra da Bahia. Ao todo recolhemos 112 depoimentos de pessoas, a maioria com idade acima de 80 anos, em que contam suas histórias de vida e a vida das comunidades onde moram".
Antonio Olavo, baiano, 54 anos, é cineasta com 35 anos de experiência profissional, diretor de três filmes longas metragem, os documentários Paixão e Guerra no Sertão de Canudos (1993), Quilombos da Bahia (2004) e Abdias Nascimento Memória Negra (2008). Em 1992 fundou a PORTFOLIUM Laboratório de Imagens, e desde então vem trabalhando prioritariamente com temas relacionados à história social, buscando contribuir para a valorização da memória popular, produzindo filmes documentários, edições de livros, sites, calendários de parede etc. Atualmente está dirigindo outro longa, o filme documentário Revolta dos Búzios, sobre o movimento republicando de 1798 também conhecido como a Revolução dos Alfaiates e Sedição Baiana

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