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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Texto 3 da videoconferência de 22/11

Diversidade Cultural
Leandro Colling
Leandro Colling – professor adjunto do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (IHAC) e professor permanente do Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade, ambos da Universidade Federal da Bahia. É coordenador do grupo de pesquisa em Cultura e Sexualidade.
O objetivo central da minha exposição será o de tratar sobre as relações entre a diversidade e a discriminação cultural. Para fazer isso, inicialmente irei problematizar rapidamente a ideia de diversidade cultural. Afinal, o que é diversidade cultural? Em geral, naturalizamos ou não a nossa diversidade cultural? Em nome da luta em respeito à diversidade, quais os riscos de naturalizá-la? Falar em diversidade implica em falar na ausência de conflitos?
Em seguida, tratarei sobre algumas das causas do desrespeito à diversidade, ou seja, das causas da discriminação cultural. Irei me deter mais nas discriminações ligadas com a diversidade de gêneros e sexualidades. No entanto, proponho que o mesmo marco teórico possa ser utilizado para pensar outros marcadores sociais das diferenças, tais como classe, etnia/”raça”, região/territorialidade, geração, religião etc.
Nesse sentido, cabe perguntar: Como essas diferentes identidades culturais são produzidas? Como elas são diferenciadas e hierarquizadas pela sociedade? Quem tem esse poder de hierarquizar e classificar essas identidades? Que poderes são acionados nesses processos? E qual é o papel das representações culturais no combate à discriminação cultural? As representações que nós produzimos reforçam ou problematizam as normas que hierarquizam a diversidade cultural?
Através dessas perguntas, pretendo evidenciar que diversidade cultural não pode ser entendida como sinônimo de equilíbrio, pois em nossa diversidade há imensas desigualdades. E como combater essas desigualdades? Como pensar em políticas de combate à discriminação cultural? Quais os aspectos fundamentais que essas políticas precisam adotar? Não pretendo oferecer um manual de orientação ao tentar responder essas complexas questões. O objetivo é o de levantar questionamentos e apontar para algumas direções que parecem parcial e provisoriamente significativas para que artistas, gestores, professores e ativistas possam pensar sobre o assunto e enfrentar a discriminação cultural.

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