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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Copa de despesas - EDITORIAL

O Brasil prepara-se para armar o circo da Copa do Mundo de 2014. E ainda terá, dois anos depois, o compromisso de sediar a Olimpíada. A África do Sul, por não ser potência futebolística, teve de construir cinco estádios novos, refazer totalmente o Soccer City e reformar quatro arenas, das quais as da Cidade do Cabo, Durban e Joanesburgo são referências mundiais.
As obras custaram dez vezes mais que o previsto em 2004. No total, os estádios ficaram por R$ 4 bilhões, em sua maior parte elefantes-brancos, porque foi impossível dar-lhes destinação futura. Dinheiro sonegado a prementes necessidades públicas. O orgulho nacional de sediar a Copa de 2010 teria valido tanto esforço e desperdício? O Brasil terá 12 sedes para o mundial de 2014 – uma delas, Salvador. Ainda se ignora se a São Paulo caberá a honra do jogo de abertura, pois o estádio previsto para o evento, o do Corinthians, em Itaquera, ainda não saiu do papel. Está calculado em R$ 600 milhões, com empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES. A direção do clube já disse que não porá um centavo na obra – o que apontaria socorro da União.
A Fifa é uma empresa lucrativa: quer dinheiro e prestígio. Para isso, faz exigências quanto à beleza, conforto, adequação ambiental e segurança dos estádios, mais uma rede eficiente de transportes e recepção turística. Ou seja, infra estrutura perfeita.
A África do Sul tinha vantagem em estradas, segurança e aeroportos. Nenhum terminal aéreo brasileiro se iguala ao de Joanesburgo.
Gastos monumentais se avizinham.
Quem os bancará? Sem dúvida o erário, com os habituais sobre preços. Talvez em transportes públicos e segurança o esforço deixe boa herança à população. No mais, uma vitrine em que exibir a suposta pujança econômica brasileira, com os custos atirados ao colo da presidente Dilma Rousseff.
Tudo poderá acontecer, até mesmo Salvador promover a estreia da Copa na nova Fonte Nova, de orçamento reforçado para cumprir mais exigências da Fifa.
“Se houvesse mais adiamentos, os trens daqui iriam para o final da fila de todas as encomendas de várias partes do mundo” 
MARIA DEL CARMEN, ex-presidente da Conder

A Tarde

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