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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Espetáculo de rua marca abertura do Fiac


A curiosidade e a surpresa estavam estampadas no olhar do público que passeava pela praça do Campo Grande na tarde do último sábado. As pessoas acompanhavam a movimentação de oito viajantes com malas e roupas antigas que apresentavam a peça Kamchàtka. Era a abertura do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (Fiac),quesegueatéodia31em vários espaços da cidade. Kamchàtkatem última apresentação hoje, às 11 horas, na Liberdade (Praça Nelson Mandela).

A companhia espanhola cativou o público baiano com uma proposta simples e provocativa, baseada em uma linguagem de firmes movimentos, olhares expressivos e nenhuma fala. O espetáculo, que já percorreu 13 países, conduziu os expectadores a uma reflexão sobre o universo simbólico a ser revelado nos espaços públicos.

Os viajantes traziam no semblante o olhar vago de quem não sabe onde está e nem de onde vem. Estavam ali para descobrir em cada detalhe um pouco da essência daquele lugar.Na base do improviso, os atores se relacionavam com objetos e o público. Assim, o gradil da praça, o carrinho de pipoca, os transeuntes, os trabalhadores – todo o universo que compõe o lugar era mote para a performance lúdica e engajada.

A estranheza no semblante dos atores e do público revelava que aqueles objetos aparentemente simples podem ganhar outros sentidos a partir de um novo olhar. A caminhada terminou naquele que é o principal palco da cidade. O Teatro Castro Alves abriu as portas do seu foyer para receber atores e público, em uma alegoria sobre a proposta do festival:um convite à descoberta do teatro, em suas múltiplas linguagens.

Olhar curioso Dos ônibus e carros bloqueados pelo andar dos atores, ou dos cantos e bancos da praça, o público acompanhava aqueles viajantes.

Aos poucos, chegavam perto para tentar desvendar aquele mistério. “Eles viajaram do passado, e por isso se surpreendem com as coisas que não existiam na época deles”, arriscou um dos expectadores.

Mas o público não se limitava à observação silenciosa. Em todo o momento, algum dos expectadores era convidado a integrar a cena. “É muito maravilhoso uma peça aqui no Campo Grande. Foi uma surpresa, uma coisa de repente, mas foi muito bom participar”, comentou Pedro José, o pipoqueiro que viu seu instrumento de trabalho ser utilizado em um contexto artístico.

Para Nélia Cardoso, que assistiu ao espetáculo, foi uma experiência inovadora. “E também uma oportunidade para pessoas verem o teatro, pessoas que acham que é inacessível.

A peça apresentada no Campo Grande também percorreu, no domingo, praças nos bairros de Plataforma e Ribeira. Às 11 horas de hoje, na Liberdade (Praça Nelson Mandela), encerra sua participação no festival.

Valorização O percurso do espetáculo Kamchàtka começou no Teatro Icba (Corredor da Vitória), após um almoço pelo início do festival.

Entre os presentes, artistas, produtores e apoiadores do Fiac.

Nhele Franke, uma das coordenadoras do evento, comentou a proposta do Fiac, que está na terceira edição. “Queremos valorizar a experiência do teatro, seja no palco ou na rua, com liberdade de criação, que é da natureza do teatro”. Também presente no evento, o secretário estadual de Cultura,Márcio Meirelles, destacou que “a Bahia tem grande força teatral, e um festival deste porte valoriza nossa produção

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