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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O meu sonho é construir um filme de amor sobre a Bahia


Normalmente quem o descreve sempre faz alusão a uma certa pressa, ao ritmo quase esquizofrênico, ao estilo “turco esbaforido".

E assim é, realmente, o argentino Carlos Pronzato, homem de mil movimentos e pulsões, capaz de flertar ao mesmo tempo com o passado, o presente e, certamente, projetar o futuro, atitude típica dos inquietos de alma.

Para melhor compreender o Cuate, como o designou o escritor mexicano Ajejandro Reyes, radicado na Cidade da Bahia, referindo-se ao espírito camarada do argentino, fundamental se faz transportar a sua Buenos Aires querida, cidade na qual nasceu e a partir de onde lançou-se para a América Latina e, depois, para o mundo.

Importante, também, se faz registar que os seus saudosos genitores eram filhos da arte. O pai, Victor Pronzato, era músico, compositor, ator e roteirista, enquanto a mãe, Irma Haidêe, era fotógrafa.

Prisão "O universo deles certamente me influenciou", confessa o filho, que fez a sua primeira grande viagem aos 21 anos, percorrendo o México e muitos outros países centro e sul-americanos, percurso repleto de descobertas e aventuras, como ser preso perto de Tijuana, no mesmocárcere no qual ficaram Fidel Castro e Che Guevara.

Por fim, depois de uma viagem de navio cargueiro à Itália, terra de seu pai, e do retorno à Buenos Aires, a Cidade da Bahia materializou-se para Carlos Pronzatoem1989,onde passou a cursar a Escola de Teatro, tornando se bacharel. A partir daí, explodiu a veia de ativista de Pronzato.

"Foi a Bahia que me deu régua e compasso", diz o argentino, lembrando que,apesar das incursões em tantos tema se países, "continua um solitário", tempero que segundo ele lhe garante o devido distanciamento para alimentar a sua alma de poeta e de homem de imagens.

Independência Para Alejandro Reyes, autor de A rainha do Cine Roma,Pronzato é um ativista com a câmera na mão, alguém que conseguiu difundir temas importantes e que normalmente não são abordados pela mídia.

"Ele sempre vai aonde não vão", diz o escritor, palavras confirmadas pela historiadora carioca Marisa Paranhos, que desenvolve junto com o argentino um projeto de documentário sobre João Goulart: "Ele é sinônimo de independência e sabe onde as cobras dormem".

Romântico Sim, Pronzato carrega o espírito da marginalidade, a sua marca, aliás, mas no fundo é um romântico: "O meu sonho é construir um grande documentário polifônico, um filme de amor sobre a Bahia".

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