João Pedro Pitombo, do A TARDE
Timidamente serelepe, ele abre um sorriso e solta a voz para conclamar à plateia: “Isso aqui foi feito para a gente ficar à vontade. Vamos todos ser crianças hoje”. E o ator Lázaro Ramos estava mais do que à vontade: recebeu homenagens, sentou no chão do palco, fez piada e até pediu palmas pela ascensão do Bahia – comumente um martírio para qualquer rubro-negro convicto como ele. No seu dia de criança, o erê de Lázaro falou mais alto.
Pudera. Finalmente o ator estava concretizando um projeto que demorou sete anos para ser concluído: o seu primeiro livro infantil “A velha sentada”, cujo lançamento nacional foi realizado neste domingo, 14, no Teatro Vila Velha, dentro da programação do festival “A Cena Tá Preta”. Para ele foi como estar em casa, reencontrando os amigos, para dividir as aventuras da menina Edith, protagonista da história. Sua mulher, a atriz Taís Araújo, também estava lá.
Diversidade - A história de “A velha sentada” começou a ser concebida em 2003, pensada para ser um roteiro de peça infantil. Da imaginação de Lázaro surgiu a ideia de contar uma história que tivesse como ponto de partida uma viagem da protagonista por dentro de si mesma.
O mote para esta viagem parte de um comentário esdrúxulo da vizinha Dona Dulce, uma fofoqueira de plantão. Ela havia dito que, de tão desanimada, Edith parecia uma velha sentada. E questionou: “Será que esta menina tem uma velha sentada dentro da cabeça”? E no pensamento ao pé da letra de qualquer criança de nove anos, lá foi Edith em busca de si mesma.
Mesmo tendo como foco o entretenimento da criança, diz Lázaro, o livro também busca trazer uma preocupação didática, de aprendizado. “Escrevi este livro pensando na criança que fui. Não me identificava com as histórias que lia na infância”, explica o ator e escritor. Lançado pela editora Uirapuru e ilustrado pela Quitanda Design, o livro deve chegar em dezembro às livrarias de todo o País.
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