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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Livro é companheiro de 95 milhões de brasileiros

O livro é companheiro de estudos, viagens e aventuras para 95 milhões de brasileiros, seja para “evitar espaços vazios na estante”, como disse o poeta Carlos Drummond de Andrade (1902 1987), ou trazer “a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”, como afirmou o escritor Mário Quintana (1906 1994).

O dado, que revela o número de leitores no País, é resultado da recente pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo IBOPE Inteligência.

Mas, neste período do ano em que se celebra a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca (SNLB), a baixa freqüência dos leitores nas bibliotecas desperta a atenção.

A pesquisa revelou que as bibliotecas são a principal forma de acesso aos livros para apenas 26% dos leitores nordestinos. Na região Sul, a porcentagem é de 45%.No Sudeste, chega a 33%.

Em Salvador, as bibliotecas públicas seguem com fraca movimentação nos dias de semana, com exceção da Biblioteca Central, localizada nos Barris. A equipe de A Tarde esteve em cinco grandes bibliotecas e verificou a baixa freqüência. As unidades Anísio Teixeira, na Ladeira de São Bento; Juracy Magalhães Júnior, no Rio Vermelho e Thales de Azevedo, no Costa Azul funcionam durante a semana e abrem aos sábados.

As bibliotecas Monteiro Lobato, em Nazaré e a Central, dos Barris, funcionam também aos domingo, até 17h e 16h, respectivamente.
Na Thales de Azevedo, apenas duas pessoas estavam na sala de consulta. A funcionária Priscila Almeida contou que os freqüentadores buscam livros escolares para vestibular e concursos.
Educação Para a educadora Marlene Oliveira, do Fórum Baiano de Educação Infantil (FBEI),ohábito da leitura está relacionado à educação. “Quando a escola possibilita o acesso ao livro e faz com que o estudante possa ler, interpretar, imaginar, ele se tornar um leitor, mesmo que não tenha referência de pais leitores”.

Na Thalesde Azevedo,entre poucos freqüentadores estavam Tatiana de Jesus Santos, 17, e Lorena Andrade, 16, estudantes do 2º ano do Colégio Estadual Serravalle. “Viemos estudar para o trabalho de física”, disseram elas.

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