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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Governo da Bahia criará conselho de comunicação

O governo baiano pretende encaminhar à Assembléia Legislativa ainda neste ano um projeto para a criação de um Conselho de Comunicação, órgão que ficará vinculado à Assessoria Geral de Comunicação do Estado (Agecom). O conselho serviria para auxiliar o governo “na elaboração de políticas públicas de comunicação social”, de acordo com o secretário de Comunicação, Robinson Almeida.

O secretário nega que o órgão possa funcionar como instrumento de censura aos meios de comunicação, atribuição que não estaria nas suas competências. "O conselho é livre para discutir qualquer tema, mas a competência dele é auxiliar na elaboração das políticas públicas. Não há poder de intervenção na mídia", disse Almeida.

O anteprojeto de sua criação está sob análise da Casa Civil e da Procuradoria Geral do Estado, que darão o formato final do texto a ser enviado ao Legislativo.

A minuta foi feita por um grupo de trabalho instituído em novembro do ano passado, que funcionou até maio, do qual participaram representantes do governo e da mídia.

O tema é polêmico por si só e sua menção já foi suficiente para causar resistência dentro da própria Assembléia Legislativa e na imprensa. O deputado João Carlos Bacelar (PTN), vice-líder da oposição, rechaça qualquer projeto de censura. “Se for um conselho para opinar nas diretrizes das políticas do setor, tudo bem.

Mas é preciso examinar a proposta, essa é uma ideia que acompanha um ranço autoritário grande”, afirmou. O presidente da Associação Baiana de Imprensa (ABI), Samuel Celestino, ponderou ser "inaceitável"qualquer cerceamento à liberdade de imprensa.

"O secretário Robinson me garantiu que o conselho não teria mordaça. Muito bem.Agora, se houver qualquer pequena sombra de dúvida sobre isso, terei que condenar veementemente", ressaltou.

Constituição O conselho seria composto por representantes da sociedade civil e do governo do Estado.O secretário de comunicação ressalta que sua criação já estava prevista na Constituição Estadualde1989. "Assim como temos conselhos nas áreas de educação e cultura, por exemplo, essa é mais uma modalidade de estender a participação popular nas esferas de governo", explicou.

Como exemplo de políticas públicas no setor, Almeida cita o apoio à produção regional de conteúdos de comunicação e a expansão dos centros públicos de informática. "É possível apoiar uma política de editais para a produção de conteúdos regionais, locais", frisou o secretário.

É bobagem controlar o incontrolável, afirma Wagner

Em entrevista ao programa de TV Roda Viva, na noite de ontem, o governador Jaques Wagner rechaçou qualquer possibilidade de censura. “O PT já nasceu como DNA contestador, de liberdade, portanto, isso está muito longe dos nossos ideais. Está muito longe de mim, de fazer a bobagem de controlar o incontrolável.

Tenho uma imprensa livre na Bahia”, disse.

Especialistas garantem que um conselho estadual não pode ter a competência de interferir no conteúdo produzido pela mídia.

Para o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, a criação de conselhos estaduais de comunicação para monitorar e fiscalizar a atuação da mídia é inconstitucional.

Essa é a mesma avaliação do diretor-executivo da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira, que acrescenta que a concessão de autorização para emissoras de rádio e de televisão compete ao governo federal.

O advogado da ABI,João Daniel Jacobina, ressalta que os conselhos já existentes do governo da Bahia servem somente para discussões e para emitir recomendações. “Se o Conselho de Comunicação for nos mesmos moldes,não terá qualquer poder de intervenção”, ressaltou.

Participação social Uma das que participaram do grupo de trabalho para desenvolver o projeto do conselho, a jornalista Daniella Rocha, coordenadora da ONG Cipó – Comunicação Interativa, considera positiva a iniciativa.

“A sociedade vai ter o poder de discutir as políticas públicas para o setor. O conselho não tem o objetivo de controlar a imprensa nem tem poder de polícia”, disse.

Daniella pondera que não haverá um acompanhamento de cada veículo de comunicação, mas que poderá ocorrer o monitoramento do se torno que se refere a alguns temas específicas. “Em relação ao respeito aos Direitos Humanos, por exemplo, ou à distribuição da verba publicitária, tudo isso pode ser avaliado pelo conselho, dentro do leque de políticas públicas”, afirmou a jornalista.

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