Salvatore Carrozzo - Os nomes para designá-lo são múltiplos, uma vez que o próprio instrumento tem um forte elemento camaleônico. A sanfona de oito baixos (ou pé de bode, como também é conhecida no interior nordestino) é a grande estrela do Encontro de Sanfoneiros de Oito Baixos, que acontece entre a quinta-feira e o domingo, no Largo Pedro Arcanjo (Pelourinho), com entrada franca.
A cada noite, serão quatro horas de shows (das 20 horas à meia-noite). Os artistas, grandes mestres“ das antigas”,serão os mesmos (os baianos Landinho Pé de Bode e Rato Branco e os irmãos paraibanos Luizinho e Zé Calixto), o que não significa que as apresentações serão idênticas.
O público terá oportunidade de ver diversos estilos. Fiel à escola de Luiz Gonzaga, Rato Branco (nascido Deusdete Esiquiel) fará uma apresentação mais tradicional. “Vai ser um forró autêntico,pé de serra mesmo”, antecipa.
Já o paraibano Luizinho Calixto mostrará uma vertente mais aberta a outros estilos.
“Toco bossa nova, tango, valsa, bolero, samba,frevo...”, elenca, lembrando que busca aperfeiçoar as músicas tradicionais do sertão baiano, mas mantendo a energia com a qual o pai passava a madrugada inteira animando festas, sob a luz de candeeiros.
“É uma alegria ver que a arte de meu pai está viva em mim”, afirma Luizinho.
A multiplicidade de influências e ritmos que vem da sanfona de Luizinho também demonstra o quanto este instrumento é rico e eclético.
Origem A sanfona ou acordeão, apesar de profundamente inserido na cultura popular nordestina, tem sua origem (incerta) muito longe daqui. Ele chegou ao Brasil ainda no século XIX, vindo da Europa – mas há relatos que localizam seu surgimento na distante China. Seja qual for o local de seu surgimento, a sanfona encontrou terreno fértil em países como Áustria, Alemanha e Itália.
A diferença entre a sanfona e a sanfona de oito baixos é que a primeira tem botões apenas do lado esquerdo, enquanto a segunda tem botões dos dois lados – além de não ter o teclado.
Outra diferença primordial é que, ao contrário da versão “com teclado”, na de oito baixos, ao abrir o fole, cada botão corresponde a uma nota; ao fechar, a uma nota diferente. E, por não ter teclado, fica ainda mais difícil produzir sonoridades no instrumento.
No Brasil, a sanfona de oito baixos ganhou vários apelidos.
No Nordeste, além de pé de bode, também é conhecida como realejo, concertina ou harmônica.
Em Minas Gerais, ela atende pelo nome de cabeça de égua. Na região Sul, o instrumento é comumente chamado
A Tarde
A cada noite, serão quatro horas de shows (das 20 horas à meia-noite). Os artistas, grandes mestres“ das antigas”,serão os mesmos (os baianos Landinho Pé de Bode e Rato Branco e os irmãos paraibanos Luizinho e Zé Calixto), o que não significa que as apresentações serão idênticas.
O público terá oportunidade de ver diversos estilos. Fiel à escola de Luiz Gonzaga, Rato Branco (nascido Deusdete Esiquiel) fará uma apresentação mais tradicional. “Vai ser um forró autêntico,pé de serra mesmo”, antecipa.
Já o paraibano Luizinho Calixto mostrará uma vertente mais aberta a outros estilos.
“Toco bossa nova, tango, valsa, bolero, samba,frevo...”, elenca, lembrando que busca aperfeiçoar as músicas tradicionais do sertão baiano, mas mantendo a energia com a qual o pai passava a madrugada inteira animando festas, sob a luz de candeeiros.
“É uma alegria ver que a arte de meu pai está viva em mim”, afirma Luizinho.
A multiplicidade de influências e ritmos que vem da sanfona de Luizinho também demonstra o quanto este instrumento é rico e eclético.
Origem A sanfona ou acordeão, apesar de profundamente inserido na cultura popular nordestina, tem sua origem (incerta) muito longe daqui. Ele chegou ao Brasil ainda no século XIX, vindo da Europa – mas há relatos que localizam seu surgimento na distante China. Seja qual for o local de seu surgimento, a sanfona encontrou terreno fértil em países como Áustria, Alemanha e Itália.
A diferença entre a sanfona e a sanfona de oito baixos é que a primeira tem botões apenas do lado esquerdo, enquanto a segunda tem botões dos dois lados – além de não ter o teclado.
Outra diferença primordial é que, ao contrário da versão “com teclado”, na de oito baixos, ao abrir o fole, cada botão corresponde a uma nota; ao fechar, a uma nota diferente. E, por não ter teclado, fica ainda mais difícil produzir sonoridades no instrumento.
No Brasil, a sanfona de oito baixos ganhou vários apelidos.
No Nordeste, além de pé de bode, também é conhecida como realejo, concertina ou harmônica.
Em Minas Gerais, ela atende pelo nome de cabeça de égua. Na região Sul, o instrumento é comumente chamado
Nenhum comentário:
Postar um comentário